segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Chance para os puritanos se retirarem do bípede blog

Drummond em O Amor Natural. Vários Drummonds, que o livro têm vários poemas, mesmo que tenha quem ache que os poemas  não passam de mera pornografia. Se forem, acabo de me decretar pornográfica, a bípede pornográfica.

AS MULHERES GULOSAS

As mulheres gulosas
que chupam picolé
-- diz um sábio que sabe --
são mulheres carentes
e o chupam lentamente
qual se vara chupassem,
e ao chupá-lo já sabem
que presto se desfaz
na falácia do gozo
o picolé fuginte
como se esfaz na mente
o imaginário pênis.

O CHÃO É CAMA

O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a úmida trama.

E para repousar do amor, vamos à cama.

SOB O CHUVEIRO AMAR

Sob o chuveiro amar, sabão e beijos,
ou na banheira amar, de água vestidos.
amor escorregante, foge, prende-se,
torna a fugir, águas no olhos, bocas.
dança, navegação, mergulho, chuva,
essa espuma nos ventres, a brancura
triangular do sexo -- é água, esperma,
é amor se esvaindo, ou nos tornando fonte?

TENHO SAUDADES DE UMA DAMA

Tenho saudades de uma dama
como jamais houve na cama
outra igual, e mais terna amante.

Não era sequer provocante.
Provocada, como reagia!
São palavras só: quente, fria.

No banheiro nos enroscávamos.
Eram flamas no preto favo,
um guiar, um mata-morrer.

Tenho saudades de uma dama
que me passeava na medula
e atomizava os pés da cama.

VOCÊ MEU MUNDO MEU RELÓGIO DE NÃO MARCAR HORAS

Você meu mundo meu relógio de não marcar horas; de esquecê-las. Você meu andar meu ar meu comer meu descomer. Minha paz de espadas acesas. Meu sono festival meu acordar entre girândolas. Meu banho quente morno frio quente pelando. Minha pele total. Minhas unhas afiadas aceradas aciduladas. Meu sabor de veneno. Minhas cartas marcadas que se desmarcam e voam. Meu suplício. Minha mansa onça pintada pulando. Minha saliva minha língua passeadeira possessiva meu esfregar de barriga em barriga. Meu perder-se entre pelos algas águas ardências. Meu pênis submerso. Túnel cova cova cova cada vez mais funda estreita mais mais. Meus gemidos gritos uivos guais guinchos miados ofegos ah oh ai ui nhem ahaha minha evaporação meu suicídio gozoso glorioso.

44 comentários:

  1. Ah, Bípede, amo o Drummond erótico (ou pornográfico, como queiram)! Li todinho o Amor Natural, há tempos, reli, dei de presente...e enfim, serei pornográfica? :-) Tem alguns preferidos que não estão aqui, mas gosto de todos.
    Beijos,

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  2. Tania, eu tenho esse livro desde 93. Gosto tanto tanto tanto que nem sei direito qual é o meu poema preferido. Talvez, seja o EU SOFRIA QUANDO ELA ME DIZIA, mas ele é muito grande para colocar aqui junto com os outros. Qualquer hora, ele vem sozinho. Desses que coloquei adoro o VOCÊ MEU MUNDO MEU RELÓGIO DE NÃO MARCAR HORAS.
    Beijos

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  3. Tania, coloco aqui o final: " ... Assim o amor ganha o impacto dos fonemas certos no momento certo, entre uivos e gritos litúrgicos, quando a língua é falo, e verbo a vulva, e as aberturas do corpo, abismos lexicais onde se restaura a face intemporal de Eros, na exaltação de erecta divindade em seus templos cavernames de desde o começo das eras quando cinza e vergonha ainda não haviam corroído a inocência de viver."
    Não é maravilhoso??? :)

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  4. Por aqui em Portugal está frio e em alguns sítios neva, mas depois deste post tenho a certeza que vai derreter tudo!
    Quanto à foto só posso dizer que não tive tempo de ver o museu do Rodinhas em Paris... mas na próxima não falho.
    cheers

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  5. Ora, mas é tudo tão natural! Não acho o melhor Drummond, mas ainda assim é Drummond. Um dos exemplos mais curiosos da relação homem/obra, aquele ser reservado e tímido que em nada lembrava a figura "mitificada" de um poeta; e isso não é das coisas que menos aprecio nele.
    Mas você não acha que essa exaltação do amor teria merecido uma corajosa publicação em vida? Adiá-la para depois da morte, não foi, de alguma forma, obedecer ao encobrimento da cinza e da vergonha que corroem a inocência do viver? Temer ser confundido com pornografia não seria uma forma de reconhecer como vaporosas as fronteiras entre ela e o erótico? Sei lá, afinal os tempos eram outros e teve lá ele as suas razões.

    Por falar nele, estava relendo o "Favelário Nacional", contido do livro "Corpo"; talvez em função do momento...

    Beijo.

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  6. "Oh! sejamos pornográficos
    (docemente pornográficos)".

    Só Drummond para falar de Drummond. Poesia boa instaura sentidos, aflora desígnios, faz e refaz os caminhos de amor e amantes,



    beijo

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  7. Aos puritanos não basta que se retirem do Bípede Blog, a vida é, para eles, um pecado. Todos nós nascemos de um momento erótico e só nele podemos frutificar.

    *Nunca li Drummond erótico, mas parece ser muito bom. Gostei muito do “O Chão é Cama”.

    Forte abraço, Bípede.

    ##

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  8. Marco, aproveite o calor e não deixe a era do gelo tomar conta :)
    beijos

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  9. Diego, esse livro é primoroso. Não tinha como não ser :)
    Vou trazer todos para o blog aos poucos, que alguns são mais longos, mas não muito!
    beijos

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  10. Assis, poesia boa invoca, instaura, aproveita os sentidos! :)
    beijos

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  11. Marcantonio, teria sido incrível se ele tivesse tido essa ousadia, mas se não teve, não teve. Digamos que ele, nesse sentido, foi um homem de infantaria. O importante é que nos deixou inspiração e desejo, duas bem aventuradas companhias :)
    Sobre o Corpo, não tenho esse livro. Não tenho a obra completa do Drummond e deveria. Vou providenciar que esse crime está se estendendo por tempo demais!
    beijos

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  12. Drummond é simplesmente um poeta completo, ele praticamente abordou todos os temas que povoam o nosso imaginário. Pornográfico? Erótico? Telúrico? Religioso? Conservador? Revolucionário? Ele não quis(?) publicá-los enquanto vivo por razões que só ele sabia, da
    mesma forma como mantinha uma relação amorosa
    às escondidas. Mas quem não possui alguma coisa
    secreta, seja de que natureza for? Todos nós
    temos as nossas contradições, é da natureza humana...! Ou não?

    Beijo

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  13. bravo! bravo!
    eróticamente delicioso Drummond (o deliciosamente erótico?)

    beijo*

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  14. Eu amo o Drummond pornográfico. Eu sou pornográfica? Bom demais sempre passar por aqui. Bjs

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  15. Confesso que não conhecia este Drummond, delicioso, diga-se, mas também aqui ele se revela como em tudo que conheço dele: grande!
    Pois é, Bípede, a partilha blogosférica funciona mesmo, e eu agradeço a dádiva. Ainda que seja uma dádiva pornográfica. :)

    Beijo :)

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  16. Eu fico, Bip-bip, e digo mais: quem não sabe distinguir o erótico do pornografico tem mais é que abandonar este precioso recinto. Um beijo (casto).

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  17. Dario, quem não souber que se vá e não volte :)
    Que bom que você fica. Eu não tinha a menor dúvida!
    beijo (casto também) :)

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  18. AC, nada como uma dádiva pornográfica para encher o corpo e mente de ideias! Esse livro do Drummond é bárbaro. Não sei se não está esgotado. Vou fazer uma pesquisa e aviso para vocês.
    beijos :)

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  19. M. Não sejamos imperialistas. Sejamos pornográficos!!! :)
    beijos

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  20. Rafael, se é pelo bem geral e particular, fique, que não tá morto quem está vivo :)
    beijos

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  21. Rayuela, eu tinha dado esse livro como perdido. O encontrei e agora estou em bravos e vivas mesmo, que ele é incrível, libertador e cheio de boa pornografia ahahaha :)
    besos*

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  22. Ci, sabe que eu sempre me impressiono com o seu grau de informação, que como você é erutida, guria :) E como gosto da sua percepção da vida!
    beijos

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  23. Depois de tanto picolé, tanto sabão nos olhos e noutras zonas mais recatadas, coisas boas, escorregadias, gostosas, umas tão doces, outras nem tanto, mas todas tão apetecíveis…
    Lendo os comentários… E, o que me chama a atenção!
    A imagem (foto) de uma árvore muito grande, muito verde, de “África”… O que é que eu vejo!!!
    Algo trepando a qualquer coisa… Será o Ulk e a sua Ulkadama? Estará ele gritando? De raiva ou prazer? Que se passa comigo? Serei um depravado! Ou um pudico? Deus queira que não, caso contrário ainda correm comigo do blog… Vou parar de ler estes versos de Drummond. Vou ler antes algo de um gentleman, mais suave, menos erótico e cáustico, com mais decoro, menos húmido, ou talvez mais, mas, com menos água e sabão, Bocage!
    Quem é que não gosta de umas malandrices… de vez em quando… mesmo que em verso!

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  24. Deliciosos poemas. Gostei imensamente. Bjs.

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  25. Adorei AS MULHERES GULOSAS e SOB O CHUVEIRO AMAR!
    Inspirada poesía para quando ficamos sem fólego!

    O corpo,as partes do corpo, a vida sexual existem; algumo diría que o Dicionário é pornográfico?

    Há uma antología de poesía erótica em tradução, de José Paulo Paes onde vc podrá ler umos sonetos de Pietro Aretino e depois Drummond vai te parecer Heidi.

    Acho que vc é capaz de escrever no mesmo registro; hasta sentí desilusão quando entendí que eram poemas de Drummond-(quando cheguei a Meu pênis submerso fiz clic,rsrs)-mas por um segundo pensei:"nossa,a Bípede escreve cada día melhor!"

    Beijo tímido...

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  26. Bípede, tive pena dele quando descobriu-se sobre seu amor secreto e os poemas pornográficos. Talvez a pena fosse desnecessária, e ele tenha vivido seu amor em toda sua glória dentro do possível.

    Os poemas são lindos e mostram um liberdade de viver e sentir muito grande. Ele foi muito elegante em não ter publicado em vida.

    bjs

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  27. Assim o amor ganha o impacto dos fonemas certos no momento certo, entre uivos e gritos litúrgicos, quando a língua é falo, e verbo a vulva, e as aberturas do corpo, abismos lexicais onde se restaura a face intemporal de Eros, na exaltação de erecta divindade em seus templos cavernames de desde o começo das eras quando cinza e vergonha ainda não haviam corroído a inocência de viver."

    Maravilhoso, sim. Bípede... Drummond era escorpiniano, nasceu no mesmo dia que eu, 31 de outubro...Essa coisa um tanto secreta, um tanto guardada, excesso de resguardo à intimidade, a algumas de suas facetas...faz parte da natureza escorpiniana. Eu acho Drummond o máximo em todas as suas facetas, inclusive essa, quer seja pornográfica, quer seja erótica, enfim...
    Beijos,

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  28. Terráqueo, na próxima vez que você vier para cá, você tem de ler esse livro. Você vai adorar :)
    beijos

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  29. Tania, eu gosto de naturezas intimistas, extrovertidamente tímidas, e também acho o Drummond o máximo em suas tantas facetas. Decidi ontem dar-me de Natal a obra completa. Se der tempo, vou hoje falar com o tal Papai Noel :)
    beijos

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  30. Patrícia, sabe que não sinta pena porque eu não consigo imaginar o que passava na cabeça dele, que cada um sabe, como cantou o Caetano, a dor e a delícia de ser o que é, então, não sei se ele sofria ou se não. Seria incrível se a gente pudesse saber.
    Beijos.

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  31. Lisarda, não conheço esse autor. Vou procurar, ainda mais se ele faz o Drummond parecer a Heide :) Sobre escrever, quem me dera ser como ele, mas estou escrevendo um livro, um livro que, no início, pensei ser sobre o amorm mas que a medida que avança, percebo que é também sobre o desejo.
    beijos

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  32. FMN, e quem serão o Ulk e Ulkadama que nunca ouvir falar em tais coisas, criaturas, seja lá o que forem? São criaturas que gostam de árvores, como a grande África que se enraizou no meu blog, que por aqui eu rego com gosto a natureza, todas as naturezas :) E para que ir ter com os gentlemen? Junte-se aos homens do povo, que os homens do povo são bons homens, bons homens!!! :)
    beijo

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  33. Não conhecia esse livro dele, e agora o admiro ainda mais.
    Depois disso, vou pedir a Papai Noel.

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  34. Olá, nem é bom pedir para os puritanos se retirarem, "eles" são curiosos, ficam à espreita, só espiando, querendo se deliciar, mas algo maior os impedem de se entregar ao prazer de um Drummond maravilhosamente delicioso! Abraço, prazer em conhecer este blog!

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  35. Eu tive a mesma sensação da Lisarda. Quando eu li: VOCÊ MEU MUNDO MEU RELÓGIO DE NÃO MARCAR HORAS.
    A diferença foi que eu sabia da autoria. Porém, à medida que as letras desfilavam em meus olhos, foi inevitável a sensação de semelhança entre os seus textos e este daqui. Suas narrativas escondem alguns significados inesperados, e parece que eles saltam do texto nos intrigando, nos apaixonando por ele. E o sentido? Ele deixa de ser. E é sentir apenas. Beijos

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  36. Ivonete, vi na livraria Cultura há dois dias. Tem edição nova. Compre, sim, que tem poemas muito bonitos e provocantes em todos os sentidos :)
    beijos

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  37. Sem-se--ver, bem-vinda ao blog. Eu também tenho preferência pela último. Foi amor à primeira lida. Acho que comprei o livro por causa dele, que costumo dar uma folheada nos livros antes de comprá-los e o relógio foi mesmo a extraordinária isca :)
    beijo

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  38. Pedra do sertão, que lindo o seu nome :) Seja bem-vinda. Quem sabe os puritanos escapam um pouco de suas geleiras e se derretem com as palavras do Drummond?! :)
    beijo

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  39. Djabal, assim fico feito um ponteiro maluco sem esquerda ou direita e velocidade desmedida :) beijos

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  40. eu, elle, declaro-me pornográfica!
    (amo Drummond)

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  41. Elle, seja bem-vinda ao clube dos felizes pornográficos :)

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Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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