segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Chance para os puritanos se retirarem do bípede blog

Drummond em O Amor Natural. Vários Drummonds, que o livro têm vários poemas, mesmo que tenha quem ache que os poemas  não passam de mera pornografia. Se forem, acabo de me decretar pornográfica, a bípede pornográfica.

AS MULHERES GULOSAS

As mulheres gulosas
que chupam picolé
-- diz um sábio que sabe --
são mulheres carentes
e o chupam lentamente
qual se vara chupassem,
e ao chupá-lo já sabem
que presto se desfaz
na falácia do gozo
o picolé fuginte
como se esfaz na mente
o imaginário pênis.

O CHÃO É CAMA

O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a úmida trama.

E para repousar do amor, vamos à cama.

SOB O CHUVEIRO AMAR

Sob o chuveiro amar, sabão e beijos,
ou na banheira amar, de água vestidos.
amor escorregante, foge, prende-se,
torna a fugir, águas no olhos, bocas.
dança, navegação, mergulho, chuva,
essa espuma nos ventres, a brancura
triangular do sexo -- é água, esperma,
é amor se esvaindo, ou nos tornando fonte?

TENHO SAUDADES DE UMA DAMA

Tenho saudades de uma dama
como jamais houve na cama
outra igual, e mais terna amante.

Não era sequer provocante.
Provocada, como reagia!
São palavras só: quente, fria.

No banheiro nos enroscávamos.
Eram flamas no preto favo,
um guiar, um mata-morrer.

Tenho saudades de uma dama
que me passeava na medula
e atomizava os pés da cama.

VOCÊ MEU MUNDO MEU RELÓGIO DE NÃO MARCAR HORAS

Você meu mundo meu relógio de não marcar horas; de esquecê-las. Você meu andar meu ar meu comer meu descomer. Minha paz de espadas acesas. Meu sono festival meu acordar entre girândolas. Meu banho quente morno frio quente pelando. Minha pele total. Minhas unhas afiadas aceradas aciduladas. Meu sabor de veneno. Minhas cartas marcadas que se desmarcam e voam. Meu suplício. Minha mansa onça pintada pulando. Minha saliva minha língua passeadeira possessiva meu esfregar de barriga em barriga. Meu perder-se entre pelos algas águas ardências. Meu pênis submerso. Túnel cova cova cova cada vez mais funda estreita mais mais. Meus gemidos gritos uivos guais guinchos miados ofegos ah oh ai ui nhem ahaha minha evaporação meu suicídio gozoso glorioso.

domingo, 28 de novembro de 2010

Pablo Neruda - Soneto LXIX

Talvez não ser é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando o meio-dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e os ladrilhos,

sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem rubra da rosa

sem que sejas, enfim, sem que viesses
brucas, incitante, conhecer minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,

e desde então sou porque tu és,
e desde então és, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cartas Exemplares

 De Gustave Flaubert:

Que coisa desgraçada que é a prosa! Não termina nunca; tem-se que refazer sempre. Eu acredito no entanto que podemos dar-lhe a consistência do verso. Uma boa frase de prosa deve ser como um bom verso, imutável, tão ritmado quanto sonoro.

Mas não são as pérolas que fazem o colar; é o fio.

Sim, a tolice consiste em querer concluir. Nós somos um fio e queremos saber a trama.

Eu só acredito na eternidade de uma coisa, é na da ilusão, que é a verdadeira verdade. Todas as outras são apenas relativas.

A febre esvazia o espírito; a cólera não é força, é um colosso cujos joelhos vacilam e que fere mais a si próprio do que aos outros.

Todo o talento consiste em fazer que ele tome o jeito que se quer.

É perder tempo ler críticas. Eu faço questão de sustentar uma tese de que não há uma só que seja boa, que isto não serve para nada a não ser para imbecilizar os autores e para embrutecer o público, e, enfim, que se faz crítica quando não se pode fazer arte, assim como quem não pode ser soldado torna-se informante.

Quanto a mim, estou de fato muito bem, depois que aceitei estar sempre mal.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pra não dizer que não falei de amor...

Uma conversa imaginária:

Você me ama?
Amo.
Você me ama mesmo quando me odeia?
Amo.
Você vai fazer alguma coisa por mim?
Vou.
O quê?
Vou te dar uma tunda!

Pilantra

Afloram sobre a pilantra, as gotas ácidas do sentimento enxaguado à força por uma máquina de lavar palavras e sujar a boca,  boca cheia de opinião e perguntas, boca capaz de perfurar a redoma mal defendida da gaiola desparafusada do arisco bicho, animal de plumas contorcidas, protegido por asas implantadas, asas de plástico desproporcionais a sua forma de vida, e a pilantra vai com tudo e derrama a sua substância e faz dela a sua navalha e empanturra-se de ódios em murmúrios densos de ossos, que o tecido da pilantra é liso, é puro e sem gorduras como  são os seus ágeis demônios postos nas alturas, estrelas voadoras de um céu que despenca e enrola sua cauda no dorso titubeante do que ela entende por destino.

Moça de frente para o mar

De frente para o mar, areia estrangeira na própria matéria, sem marcas, delineia, a moça, o contorno da espuma que circula em seu corpo teimoso e distante. De frente para o mar, flagela, a moça, o retrato imóvel da água que nutre os seus pés tão imóveis comos caules em um vaso não perfumado. De frente para o mar, deixa, a moça, desidratar-se em uma linha imaginária, ponto perdido em um sonho de  infértil realidade.

Na cadência sem música, perdida entre ondas, tenta em vão segurar a alma desafinada. Na cadência sem música, oferece ao peito um relógio e deixa que ele o corte com  palavras e  ponteiros de aço. Na cadência sem música, escuta outras frases movidas por outras dramas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Correnteza

E por que não deixar os olhos dessas palavras acenderem-se sob o dia que se exibe no céu e se pinta de azul e branco como em um ritual de ternura, paciente e aberto como o voo de um desejo, de um instante descalço e aninhado em outra pele, tramado, embriagado, consumado,  pelos sons que se derramam feito uma correnteza de colorir ouvidos?

domingo, 21 de novembro de 2010

Outro domingo

Domingo, janelas abertas para o parque. O sol escondido a boicotar as piscinas. A bípede de shorts, camiseta e pernas para o ar. O pequeno bípede assistindo, de novo outra vez só mais essa é a última, Harry Potter e a Ordem da Fênix. O Harry  crescido, bastante crescido, e de casaco a reclamar que passou o verão inteiro sem receber notícias. O verão da bípede não é do tipo para inglês ver. Um verão da  bípede é um verão movido à bronze, palavras, água doce e salgada, mais doce, que os mares do sul, talvez, sejam para inglês ver, de preferência, um que use binóculos ou óculos, óculos para leitura feito os da bípede e que não lhe caem bem como os antigos, que as opiniões foram tão unânimes quanto inúteis porque os antigos bateram asas e voaram para algum elo perdido. A bípede  não está em busca de elos perdidos, a bípede está em paz  com o sol e  com as  mensagens que ele há de trazer em seu próximo horizonte azul e aquecido.

Escrevo

Escrevo para me dar contornos, que assim, preto no branco, me vejo melhor que em cores!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Adorável natureza

Depois de chegar ao limite da preguiça e da sujeira, leia-se muito tempo, levou o carro para tomar banho. Ficou dentro com o pequeno bípede, vendo as franjas da máquina colorida se aproximarem. Por um segundo, sentiu um arrepio de mal-estar. Depois feito bitacaia começou a saltitar de lá para cá sobre os estofados como se fosse ela a espuma. No caminho de volta para casa, deram uma leve paradinha embaixo de uma árvore florida. Gostam, os dois, de  árvores floridas e, de novo, foram, os dois, batizados por uma pombinha branca da paz. Dessa vez,  no meio do capô. Ela, indignada, desejou ter um estilingue, mas o pequeno, aos risos, disse logo um  deixa disso, mãe e, com detalhes,  lembrou da vez em que ela, de vestidinho e perfumada,  foi atingida no corpo, nos braços e na cabeça por  um bando de doces passarinhos enquanto explicava a ele o quanto essa adorável natureza pode ser idílica.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Diário Bípede

No paralelo 30 do hemisfério sul, região habitada por criaturas tradicionalmente conhecidas como gaúchos, uma bípede amanheceu com as pernas doloridas, as duas, não só a esquerda sempre tão insistente em incomodar, e com os dedos das mãos doendo de tanto limparem livros e organizarem um novo velho escritório. De acordo com outros moradores do paralelo 30 do hemisfério sul, região habitada por criaturas tradicionalmente conhecidas como gaúchos,  a tal bípede amanheceu  também enjoada e segue enjoada por causa do forte cheiro de mata cupins borrifado às toneladas nos novos velhos móveis do agora novo velho escritório. " Ainda bem que está fazendo calor e as janelas podem ficar abertas",  disse um  bípede após testemunhar uma sessão de espirros. Os velhos novos móveis, depois de um ano abandonados à própria sorte, faziam parte da mobília do famoso doutor Karamázov dos campos de cima da serra, aquele senhor encarregado de inocular comportamentos russos em quem nasceu mais tropical, e agoram suportam, destituídos de qualquer fidalguia ou neve, todo o aparato de uma bípede essencialmente exagerada, colorida e brazuca.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Enquanto a proclamação não vem!

Não parece apropriado, mas a criatura está a se rir sem nem saber ao certo o porquê, talvez, por estar a montar uma coleção Mia Couto e outra Agualusa, ainda que tímida, que por hora, desse bípede, possui apenas dois livros, mas, como dizem  por aqui: dois é bom, pelo menos por um tempo! Então, a proclamação da bipedice segue alienada e esquecida dentro de uma sacola ou de uma caixa de all star, que a criatura despótica tem também uma veia pop tal qual uma Maria Antonieta à moda Sofia, mas só isso, nada mais, que, em tempos de era pós urnas, encontra-se até animada com a Dona Dilma, agora, dona presidente, que ninguém mais é obrigada a sonhar com uma ilha feita de Barbies, e a criatura, que não votou na Dilma, de repente, simpatiza com ela, muito, muito, e vai ver simpatiza porque é verão e, no verão, o chapéu de palha aperta ou a cabeça cresce, e a da criatura está em larga expansão, ampliando-se macia,   ainda que digam que ela tem a cabeça dura. E tem. Tem para colidir quando há impacto, que a tal cachola um dia despencou com sua dona morro abaixo e de bicicleta e fez bum BUM  em um rua ladrilhada de brutos e acordou deitada em um travesseiro de plumas e em cama esplêndida e na casa de um príncipe desencantado,  oh,  príncipe, querendo apenas saber qual  dia estava escrito no céu? E, se ninguém respondeu, como é que a atarantada há de saber?! Se você sabe, por favor, diga!
Olhos abertos para o mar. A imaginação descansando no silêncio, na água morna, sendo ninada em uma rede azul, pedaço de céu e água tecido com zelo enquanto as palavras não vêm.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Proclamação da Bipedice

O blog Bípede Falante, no momento apenas bípede, volta a falar, com algumas alterações, no próximo dia 15. Por hora, encontra-se massacrado pela sua autora despótica em regime quase monárquico e escravagista e torcendo para que chegue logo o dia da proclamação da República. Oh, blog. Pobre, blog!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Fechado pra balanço


Blog fechado pra balanço. Comentários também fechados para evitar dilemas. Beijo pra todos. BF

Chuva

água da chuva para lavar o carro
água da chuva para lavar o prédio
água para levar a água
água amarela nas paredes,
cinza e florida no chão.
água  enxame de abelha contra as vidraças.
água e John Lennon
and his woman and his hardly express.
água gelada na garrafa.
água fervendo no copo.
água no corpo.
água nos olhos,
nos olhos escuros
feito água
sem água
sem céu
e
sem chuva.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A bípede day

Um bípede day não acontece todos os dias. E, em um bípede day, a bípede chora de felicidade em meio a 50  mil pessoas. E quem é que chora de felicidade e pelo quê? A bípede, pelo Paul McCartney. E pouco importam as três horas de espera pelo show debaixo de um sol de 33 graus, porque a bípede queria um lugar feliz para cantar e dançar e, se o ingresso era no gramado pista livre, a missão não era assim tão simples. E a bípede tem uma boa altura, mas tem gente que tem muito mais e, se ela não usa salto alto nem para ir jantar, não seria para um evento desses que colocaria um par. Então, ela foi com o nike rosa e verde, que a bípede tem um tênis a la Mangueira, chegou cedo, pegou um lugar junto à grade depois da área vip, que a bípede é do povo,  e ainda deu sorte de ter ali, no chão, uma plataforma de borracha preta de uns 10 cm de altura e, bah, tri legal, como falou o Paul brincando com as nossas gírias sulistas, ela pode sentir-se no céu, ainda que algumas nuvens tenham tentando roubar-lhe o azul, mas a bípede é de Vacaria, e ser de Vacaria aqui no sul tem um significado, que dizem que as meninas de Vacaria têm facas nas botas, ou seja, estão sempre prontas para uma peleia de morte e de vida mesmo que seja contra um ginete, o que, às vezes, pode parecer um mau feitio, o que não é verdade, porque elas são também muito delicadas, florzinhas do campo, perfumadas, coloridas e com alguns, só alguns, discretos espinhos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De onde eu venho II

De onde eu venho, trago  livros que aqueciam as mãos da família e a uniam em um altar  de separações e de palavras quase não ditas. De onde eu venho, havia uma grande árvore em que o frio sombreava os sonhos e mutilava os pássaros em nome de uma raiz e de muitas vaidades. De onde eu venho, a casa era um ventre derramado sobre o assoalho em que as peças faziam das criaturas um jogo e ignoravam o quanto o amor implica vigília.  

De onde eu venho

" De onde eu venho o medo
  já foi a própria casa " (Paula Tavares)
 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Silly girl


Porque a silly girl vai viajar e precisa de um pouco de encanto, lá vai a Martha, my dear.
Porque roça a minha pele, o  abandono, e  estanca, com seu ruído, a chave que move os meus sonhos, batem-se, sem demonstrar cansaço, as portas fechadas dos percursos que guardam percursos. Porque cambaleiam em minha pele  os passos que não escuto, ficam marcadas as pegadas de uma outra direção. Porque não consigo transformar em palavras as minhas lágrimas, cedo ao silêncio e  a chuva com que rego a solidão.


Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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