quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Na multidão

Estive no centro da cidade. Fui comprar tecidos e linhas para costurar um Salsicha e um vilão. O meu pequeno bípede quer fazer marionetes. Tem de fazer para uma atividade da escola. Eu como uma convicta bípede materna, coloco minhas habilidades para trabalhar. A noite vai ser engraçada. Vamos recortar e costurar até ficar bom, porque o meu bipedezinho é exigente; tem refinado senso estético para tão pouco tamanho e fica horrorizado diante do enigma do complexo da garota de Ipanema. Nem ele, nem eu compreendemos o que move montanhas de mulheres e silicones pela cidade. De vez em quando, ele grita: mãe, vi uma vovó fantasiada de Barbie. Gosto e critica herdados de mim. Um viva para nós! E um viva para o centro da cidade. Não é limpo. É bagunçado. Tem ambulante gritando corre, corre, polícia! E tem, também, ambulante gritando pega, pega, ladrão. Tanta gente, tantas etnias. Na Dr. Flores, caminhavam quatro homens vestidos a La Bin Laden. Na porta do táxi lotação, um rapaz falava o quanto quer ser despedido e não consegue. Eu só observando, registrando os rostos e os cheiros irresistíveis de tão cheios de verdades.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Todo amor que houver nessa vida

Uma das músicas favoritas da bípede, talvez a preferida, é Todo Amor que Houver nessa Vida. Se há um deus, dois, nenhum, era isso o que ela lhe pedia: a sorte de um amor tranqüilo. O desejo não foi aceito. Nada é aceito. Como o mordomo Santiago, a bípede apenas suspeitava de que na vida nada faz sentido. Demorou para aprender que o Alienista do Machado é que estava certo, de que o padrão do homem moderno não é a saúde mental e sim a neurose. Melhor se nos internassemos todos juntos em um grande sanatório. Como escreveu Modesto Carone, no posfácio do incomparável livro A Fera Na Selva (que todos deveriam ler para aprender a viver), a tragédia moderna do autoconhecimento é que ele pode chegar tarde demais. Uma pena, mas uma verdade.

Segue a letra da música. Com certeza, existem os que podem ouvi-la mesmo sem o som.

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a sua fonte escondida
Te alcance em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão, e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Aplausos

A soberania dos donos é inquestionável. O seu bom gosto e bom senso também. São eles os chefes da nação, o exemplo da ética e os justos. Eles usam óculos e diferenciam o joio do trigo sem pestanejar. Fazem leis e plebiscitos. Gritam vivas à democracia. Os seus ânimos sempre tão belicosos prezam a paz mesmo que antes promovam a guerra. Não sendo soldados não entendem as perdas. Olhando do horizonte, não vêem o sangue. Não gostam de sangue. Não gostam de voz. Querem silêncio em meio aos aplausos ainda que, para tanto, transformem, o mundo que os cerca em um circo de palhaços.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Mais ou menos assim

Com a devida licença poética e contando com o bom humor do insuperável Drummond, lá vai:

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J.Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história porque não tinha Internet.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O caráter íntimo da dor

Penetrar na verdade.
Sair da desvantagem para um recanto onde não existe nada.
Abandonar o baralho imperfeito, mesmo sentindo uma nítida pontada.
Esconder a vaidade ferida em sua memória de longo alcance, protegendo a raiz de meu mundo.
Longe da sensação de violência iminente, deslocar a consciência súbita do divertimento insensível.
De modo reservado e descolorido, invisível ao bote inevitável e aos buracos de olhos tingidos, descobrir o que me salva e sobre o que há escolha.
Não me acostumar com o perigo. Não habitar a proximidade, nem perder a noção de alguma linha sagrada.
Preservar o desejo de não ser um humano logrado.
Em uma ilha de repouso, não me afastar da essência.
Ao som dos temores nunca mencionados, diminuir a distância dos passos movediços, das reedições e suas conseqüências.
Sem a intenção de ser justa, esmagar o mal e não desligar a bondade.
Bater de porta em porta à procura do amor extraviado, da marca da diferença e da circunferência de meu deserto.
Como em uma linha de apoio e de identidade, antídoto da anestesia que lateja a dor refinada em vermelho, registrar a devastação e a hemorragia, congelando o horror de ser atacada em casa e não na selva por alguma fera.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Pedras e mais pedras

A humanidade sempre há de se deparar com pedras. Às vezes, com rochedos e até Himalaias. Raramente, diamantes puros estarão em seu caminho. Uns terão a sorte ou o bom olho de diferenciar, entre tantos pedaços brutos, aqueles que jamais poderão ser lapidados. Outros, feito a bípede, precisarão ter as pernas e o coração esfolados para aprender. Agarrados a expressão nunca é tarde, darão a volta no mineral que os machuca, sangrarão pelos poros, pelo cérebro e pelas células até a última gota, mas sairão vivos porque em seus corpos circula o que os sem vida jamais conseguirão ter.

Sempre em frente

Depois do décimo dia de caminhadas, finalmente, um quilômetro a mais foi introduzido. O tempo, levando-se em conta que cada passo dói dentro da perna, foi ótimo. O que, no início, rendia três mil metros agora rende quatro. Não foi fácil. Veias e músculos estão aprendendo o que sempre lhes pareceu óbvio. Em alguns momentos, a bípede parece que vai fraquejar. As fisgadas aumentam. Um pingo de humilhação vem à tona, e o parque parece uma roda turca. Mas a criatura não se rende. Aumenta, então, o tamanho da passada e o ritmo. Quase ouve os tambores das galés e sente o peso das correntes. Lembra de Ben Hur vencendo o corpo e a injustiça de estar entre os condenados e segue, segue, segue porque em algum outro lugar ela há, também, de chegar.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Sobre a dor

A dor tem cor.
Pode ser pálida por falta de vida.
Vermelha e líquida por rebelião.
Pode ser escura e fatal como um final infeliz.
A dor pode viver escondida,
roendo a existência e as relações.
Mas pode ser leal a seu dono
e gritar e emergir para protegê-lo.
Pode ignorar os clichês
e andar de mãos dadas com os dias
feito um cubo mágico do amor.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Líquida e vermelha

A bípede esteve no médico e foi, de novo, verificar a protrombina. Como nas duas últimas semanas ela subiu e desceu feito uma montanha russa, o cerco teve de ser apertado. Apertado, também, foi o braço direito. As mãos que deram o nó na borracha, além de frias, eram pesadas e incompetentes. Mãos de carrasco para quem tem de lidar com a dor alheia, às vezes, líquida e vermelha como a da bípede. Mas ela não pareceu zangada. Talvez, um pouco perdida, quem sabe alucinada pelos chás-verdes, promessa de longa vida, que toma por conta própria. A bípede deseja viver muitos anos. Ficar velhinha e enrugada e sábia será o mais doce presente de sua história. É claro que outros privilégios a contentarão em quase igual medida. Na verdade, qualquer coisa desde que mantenha-se intacta a sua indispensável harmonia.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Inacabado pessoal

Quando não há rosto nem essência, resta a caricatura, a maquiagem de um quase humano forjada sem tinta e traço. Escutam-se os passos e a respiração, mas não a vida. A existência se reduz a forma plástica das aparências. As exigências sociais de quem pouco se preserva limitam-se ao pseudo-cumprimento de normas próprias. Narcisistas sem princípios, os caricatas contentam-se em nutrir o seu recalque de ser a cópia. Um borrão de carne, por vezes, ingênuo a ponto de pensar-se original. Cruéis pela falha moral, pelo inacabado pessoal não constroem o incomensurável. Habitam a solidão entristecida de ser uma variável evolutiva, presa entre o mito e a realidade e alheia ao significado do afeto, do respeito e do que deveria ser, simplesmente, rotina.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Medos

No corredor dos meus medos tem: lenço, velho do saco e soldado; altura, enjoo e prof. Mirtes; Guncho, sapatilha de ponta e palco; não amar, amar e ser esquecida; não confiar, confiar e perder a confiança; não ser mãe, ser mãe e perder um filho; morrer viva, morrer morta de morte matada e não morrida; morrer antes de envelhecer; viver sem saber; saber sem sentir. E no seu o que tem?

domingo, 2 de setembro de 2007

Vai e vem

Ter paciência e mais paciência e paciência. Ajeitar a bagunça e a nova bagunça e mais uma vez outra bagunça. Renunciar, renunciar, renunciar. Domingo não é domingo. Sábado não é sábado. A semana começa, vai e vem e não muda. Vive-se a vida de um e de outro e sabe-se lá quando vive-se a que se tem de direito. Faz parte do show, do pacote, da idade e das escolhas. Segue-se tendo paciência e mais paciência e pedindo, por favor, por mais e mais bem aventurada tolerância. Um pouco para mim, para ele, para o outro ele e para nós todos feito uma oração cristã esquecida de palavras caladas no teclado ou pouco ditas.

Nada de mais

A divina comédia de não estar no meio do caminho. De não ser poeta, nem esperta e de ter de reeducar outra vez uma das pernas. Os ouvidos fartos de tantos sons. A boca cansada de tantas palavras. Ei, alô, o que é isso? Gente dizendo eu te amo e não te amo e perguntando você me ama e não me ama e o bem-me-quer, mal-me-quer de flores que nunca são colhidas. Você querendo apenas concentrar-se um pouco em si. Nada de mais. Mas também nem de menos. Um pouco de ar ou de infância. Um copo de leite fresco na ausência de um colo sólido. Um tapete mágico e macio nos tombos. Sentir-se menos exigida, entrando em férias de quem quer que habite em si. Talvez, uma imersão em uma sala escura de já demolido cinema. Da época em que, nas ruas, caminhavam feito irmãs a realidade e a harmonia.

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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