domingo, 31 de outubro de 2010

Xeque-viva

Não tenho culpa de jogar sobre ti o manto do meu ofício e de te perseguir feito um faminto, eu que não tenho  forma e flutuo e  que faço do teu corpo um nada, que tirá-lo não me sacia ou ilude, que as ilusões são tuas, e elas são tão frágeis quanto o teu esconderijo, porque, se quero, te vejo e, se quero, te levo e te bebo e te martirizo ou poupo ou poderia, mas tu aguças a minha admiração, e a minha admiração acorda a minha inveja, que me consome com sua gosma e me ordena que te massacre, que ela é impetuosa e conta os nós em um rosário de ódios e te quer, oh, moça, e te quer do avesso, amputada, podre e com vida.

sábado, 30 de outubro de 2010

Seven Seconds


Nesse super mundo, cheio de gente que não se conhece e se conhece, estamos todos tão longe e tão perto, que, às vezes, é como se fossemos nos encontrar na próxima esquina.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Porto Alegre


A situação é a seguinte: eu moro aqui. Porto Alegre. Happy Harbor, na gozação. E a cidade não é a cidade, mas, editada, até parece ser. Não que não seja. É um pouquinho. E eu gosto dela muito mais do que eu gostava da cidade em que nasci e vivi gélidos invernos. Seria melhor se ela fosse mais para cima, geograficamente falando, que estar no sul é estar no sul, o que pode ser traduzido de diversas maneiras, inclusive na bem chata de ter de pegar um avião para São Paulo ou para o Rio de Janeiro cada vez que  a gente quer se auto-exportar por uns dias e que implica ter de ficar zanzando dentro de um aeroporto o dia inteiro até a hora de levantar voo para o resto do mundo. Ruim não é, mas bom...

p.s. Vídeo roubado do blog do meu irmão Terráqueo, que já saiu daqui faz tempo.

Pássaro

Pousa o seu pássaro sobre o voo da minha inquietação; une com a sua umidade as partes birfucadas pela lâmina das dúvidas e assombradas pela ausência das suas cores; deseja-me, cobiça-me, enche-me de açúcar para que a minha respiração se transforme em um verbo e conjugue, em suspiros, os espinhos e os tormentos que se escondem sob o meu corpo ainda sem jardim.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Who drove the red sport car?

Porque depois de percorrer todo o trajeto, percebeu que ele não foi cumprido, chora a moça que passa naquele carro vermelho. Porque depois de ter desejado que o trajeto se resumisse a uma casa quentinha com vozes que carregassem carinhos, chora a moça que passa no carro vermelho. Porque depois de ter se debatido contra as próprias memórias e visto que nada pode ser destruído, chora a moça que passa naquele carro vermelho. Porque o passado está sempre a acelerar o presente e o futuro e a exigir a sua continuidade, chora a moça que passa no carro vermelho. Porque usa, a moça, óculos de sol e o dia está claro e ela não sabe uma oração, nem mesmo a de São Bento,  ninguém repara, nem mesmo ela, o quanto chora quem passa naquele carro vermelho.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Black Mamba

Não adianta tossir que ela não sai, fica lá na garganta arranhando o bom humor e  acionando a caixa de raivas, que o volume faz uma carga pesada e precisa de rodinhas, talvez, um caminhão, para poder dar o fora e quem sabe cair sobre a víbora que agora caminha de lá para cá na  rua, fazendo do meu predinho hospitaleiro o seu pseudoponto de prostituição, que a criatura rodou a bolsinha lá pelas bandas da casa de meu pai, aquele senhor tão distinto de aparência meiga e espírito russo que amava tanto a minha mãe e colocou em seu lugar uma criatura maligna em um piscar de olhos, ele, o legítimo Karamazov morto de morte morrida depois do abandono da serpente, que ela fez questão de deixá-lo um pouco antes da anunciada partida para que ele sentisse sabe-se lá que gosto e destilasse sobre os filhos sabe-se lá que veneno, que eu anotei na minha caderneta todas as delicadezas paternas, palavra por palavra e só não as coloco aqui,  porque todos vão achar que são  mentiras,  que ninguém quer acreditar, mas a  realidade é mil vezes mais impressionante que a fantasia.

sábado, 23 de outubro de 2010

A marcha do pijama

Ah, chateação que me persegue em forma de espirro e me faz tossir o sábado à noite e me deixa com o rosto pálido e um tanto febril e sem força dentro de um pijaminha de pinguins e sem saber se tomo mais um antiflamatório ou abro a caixa do antibiótico, que o tal antibiótico aciona uma dor maior no estômago e eu já carrego as da cabeça e de suas memórias, e sigo sem usar pantufas, que a teimosia não cede nesse império do contra ataque de um vírus fora de hora, que o inverno foi calmo e vacinado, e não tem quem me faça gostar de meias, que quem inventou as meias deve ter sido também um opressor quase tão mau quanto o que inventou as meias elásticas, tortura moderna disfarçada de medicina ainda que exista quem jure que a sensação é a mesma da água de uma piscina, o que é a  maior das mentiras e que me faz sentir vontade de usar as minhas para amarrar o falante no fundo de um riacho nada doce, bem diferente da receita antitosse, sei lá se com hífen ou sem hífen que eu abomino a reforma ortográfica, de um doutor entendido de bitacaias e nem perguntem nada que esse assunto rende e é outra história, e que, para mim, a dona da casa sem açúcar, é difícil de digerir porque o meu açúcar é o que se esconde nas frutas ou que vem em mimos, que eu gosto de ser mimada para compensar a minha infância de noites brancas repleta de recordações da casa Karamazov, sempre cheia  de idiotas e de demônios e outras criaturas imunes tanto aos seus crimes quanto aos seus castigos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bonecas

Por alguma razão, dividiram-se e desapareceram diante das palavras. Invisíveis, desagregaram-se da alma e, frente a frente com a própria matéria, perceberam o quanto se pareciam mesmo sendo uma de  plástico e outra de carne e osso.

Cães

Eles chegam em matilhas. Uns passam por mim tão rápido que mal sinto seus cheiros. Vão direto até ela e o seu par de sapatos de cetim azul-céu; outros, não. Sinto seus olhos farejando minhas pernas, meu sangue e esse casaco arco-íris florido. A princípio, um bem-estar me alegra, mas o momento não é para a festas; ela segue silenciosa no caixão, quase a me convecer de que não há entre nós uma relação feita de ossos. E, por isso, comemoro minha parcial vitória distribuindo sorrisos. Que desfrutem, os cães, de meus lábios e de meus dentes brancos antes que eu me entregue a criatura de personalidade sintética e anti-alérgica que, devagar, já me devora.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Caixa preta

Na cabeça, vive uma caixa preta. Vive e esconde-se lá no fundo como se fossem os  neurônios um grande oceano. A caixa preta, às vezes, emite sinais, e as ideias decodificam-se com clareza. Outras vezes, no entanto, ela desaparece e não há sonda ou submarino que a alcançe. A caixa preta pesa ou flutua e não funciona no piloto automático. Tem e não tem manual de instruções, guarda cores ou borrões e só parece sólida quando escapam, por entre as ferrugens,  inesperados tons de azul.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Labirinto

Não. Não se deite ainda sobre o assoalho das minhas palavras. Deixe os seus pés afagarem-se  com o toque dos meus humores e da interrogação dilatada que me percorre e desce à procura do meu ventre e verbo concebidos para arder em um labirinto de esperas enquanto você não me alcança.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Água boa

Ycatu ( de Olga Savary)

"E assim vou
com a fremente mão do mar em minhas coxas.
Minha paixão? Uma armadilha de água,
rápida como peixes
lenta como medusas,
muda como ostras."

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Caligrafia

Minha caligrafia adormecida escapa por entre as frestas da madeira que me molda. Misteriosa, nega-se a ser instrumento e esculpe-me os desejos como se fossem eles farpas necessárias. Farpas angulosas amarradas no desequilíbrio tinto de meu sangue abundante e impaciente para se inscrever em linhas que não estão em mim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Da série ouvindo no carro - I'm yours





E lá ia a bípede na sua caranga vermelha quando  o Im yours, que ela adora, começou a tocar no cd e, então, ela com a sua bipedice eterna à espera da volta de um parafuso, lembrou que o Bom Sacana, o  estimado Pulha Garcia, tinha colocado  versões lá no Mínimo Ajuste. A oficial e  a do Ukelele, que a bípede é louca, muito louca, por esse bipedezinho!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os outros e ela

Os outros e ela.
Os outros não sabem.
Nem ela.
Os outros acham graça quando ela ri.
Não ela.
Os outros perguntam olá, como vai?
Aí dela.
Os outros se matam.
Cuidado com ela.
Os outros querem ser mortos.
Talvez, ela.
Os outros amam e sofrem.
Por que ela?
Os outros vivem.
E ela?

Gotas de ar e som

Horas a fio, as palavras traçam linhas rumo a um desconhecido ponto. Escapam do lápis para riscar no céu o vislumbre de uma criatura pintada de dor. Não importa se lá fora é a primavera ou o outono quem desenha o tempo, o tempo está estacionado em uma berma que separa a morte de uma vida desossada de ilusão. O tempo refaz o infinito com gotas de ar e som. E não é  preciso chegar muito perto para escutar os seus ruídos. Quando não há barulho, há o diálogo e o silêncio de um sopro  preso à emoção.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Porque

Porque a criatura guarda um coração que cai dentro do corpo e atropela o sangue, falta oxigênio nas palavras e morrem as orações. Porque o coração guarda um corpo dentro das orações e atropela o seu afeto, falta oxigênio nas palavras e morre o sangue. Porque o sangue guarda afeto  e atropela as orações, faltam partes das palavras e morrem o coração e a criatura.

Versão em poema montada por Tânia Contreiras. Obrigada!

PORQUE

Porque a criatura
guarda um coração
que cai dentro do corpo
e atropela o sangue
falta oxigênio nas palavras
e morrem as orações.
Porque o coração
guarda um corpo dentro das orações
e atropela o seu afeto,
falta oxigênio nas palavras
e morre o sangue.
Porque o sangue guarda afeto
e atropela as orações,
faltam partes das palavras
e morrem o coração e a criatura.

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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