domingo, 31 de janeiro de 2010

Burra burrinha burralda


Oh, dor! Fui remover do Outros Bípedes um blog que saiu do ar e removi todos. E agora tenho de terminar a mala, que de tão pequena tem de ficar smart :(

Você já foi à Bahia?


Eu não. Mas vou em breve, logo. Amanhã! No voo das 10. E passo a semana com o pequeno e o grande bípede sem lenço, alguns documentos e, é claro, com o computador . Uma noite a gente fica em Salvador; as restantes, na Praia do Forte. Diz o senhor bípede que a temporada há de clarear as ideias, melhorar o meu gingado. Diz um amigo que não volto, e, se volto, volto Caymi, pensando na jangada perdida no mar. Enquanto esse sol não acontece, fico esperando o clarão de outros blogs. Depois também, que a minha chama só é eterna enquanto dura. Eu sigo inclinada ao Mínimo Ajuste para o novo blog. Bom no nome e na natureza. Talvez, porque além de sonoro, me agrade o fato de não precisar girar chaves de fenda, coisa que quase não tenho e nem sei como usar.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Sugestões da família Bípede

Meu pequeno nos manda:
Oh, My Blog!

E o senhor bípede, depois de ter colocado pimenta nos olhos junto com as lentes de contato, manda:
Pimenta nos Olhos.

Mais nomes para o blog

Mais sugestões:

Pepino Desbocado
Santa Estupidez
Cacoete Mágico
Bafo de Colibri
Bochechas Ousadas

Vieram todas da mesma pessoa e admito que ri muito com elas.

Mais nomes para o blog

Mais sugestões chegaram. Dessa lista, gosto bastante do Expresso do Ocidente. Vão olhando e opinando. Os nomes da anterior continuam valendo. Também, sigo gostando muito do Mínimo Ajuste.

Blog Esfera
Passageiro da chuva
Passaporte húngaro
Passaporte Livre
Código 46
Código Aberto
Trem Noturno
Trem pra Lisboa
Acesso Irrestrito
Expresso do Ocidente
Trilhas Urbanas
Sem Fronteiras
Além das Fronteiras
Sem Destino
Sem Fuso Horário
Transatlântico

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Nomes para o blog

Primeiras sugestões:

Just in Time
Porta Aberta
Blog Adentro
Polegar Opositor
Mínimo Ajuste
Mínimo de Ajuste
Pergunte ao Blog

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

J.D. Salinger

Que sorte não ser apanhado em um campo aberto e morrer aos 91 anos de causas naturais.

Frases

Do filme que o pequeno bípede está assistindo na TV: "A resposta sempre será sim a não ser que seja não."
" Vou com um pique de menina e um sorriso no rosto." " Sou velha demais para morrer." " Achou água? Não, só diamantes e ouro." " E vai funcionar? Não. Sim. Quer dizer: meio a meio."

Cão sem pulgas


O presidente tem bronquite e fuma cigarrilhas. Os caminhões e as escavadeiras na praia eram para o enterro de uma baleia, dezessete metros, morta de morte natural. A associação presidente baleia não tem explicação. A não ser que a gente pense em mar e em excesso de peso. A gente pensa no mar e nos excessos de peso. A gente caminha, quem pode corre, para manter a forma. Como cada macaco tem suas manias, a minha é de contar os passos no calçadão, tipo assim, cento e sessenta e seis, cento e sessenta e sete, cento e sessenta e oito. A meta é chegar a oito mil por dia. Número lido em um livro japonês. Eis a razão de tão longa vida. Quantos dou, não faço ideia. A mania é uma mania preguiçosa e, quando chego lá pelos trezentos, a conta se perde. Podia comprar um relógio contador para saber o número certo, mas aí a minha neurose, pufff, ia embora e que graça caminhar teria?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pensando em voz alta


Pensando com o meu teclado, que escreve torto por linhas certas, fui lá conferir a dica do Maia. O blog é feito de editores independentes. Cada um escreve o que quer, embora exista uma linha editorial. Eu não gosto de linhas que limitam. Aí, me revolto e viro o próprio Edward mãos de tesouras. Então, se é para criar um blog coletivo, ele não pode estar cercado por esse ou aquele assunto. Mas como dizem na minha terra, também, não pode estar solto a campo para o acampamento fazer fogo e fogueira. O jeito é ter bom senso e distribuir as senhas, sugestão do Cheguei tarde (antes tarde do que nunca) e deixar a terra rodar. Como medida de segurança, que Inês é morta, uma exigência, só as recebe quem for dono de um tasco. Anônimos ou perdidos na relva, sorry, mas acho que não se encaixam. Sobre a língua portuguesa, tenho minhas dúvidas. Conheço bons blogs falantes de outras línguas e, ao contrário do Caetano, não acho que minha língua é minha pátria. Sobre que nome dar, as sugestões estão abertas. Podia abrir um concurso, organizado pelo Sacana, que é bom em matar touros e chamar a Jacklyn, que já venceu um, mas aí a busca pelo ponto de partida acabaria demorando mais que a encomenda. Pressa não há. Sei lá. Há?

Em busca do ponto de partida


E eu, aqui, no meio do dia, fingindo que hoje é sábado e que nenhum concurso me espera. Eu, aqui, colocando a cachola para funcionar porque a coçeira não passa, e, agora, feito criança pequena, quero porque quero um blog para todos sobre o tudo ou o nada, família Benetton, Silva ou Seinfeld, de gente normal e a-normal, pintado e escrito a quatro, oito, sessenta e quatro mãos. E eu, aqui, em busca do ponto de partida, ouvindo samba, esperando a hora de gritar terra à vista, de abrir o champagne e ouvir os tim tins da blogosfera vindos de outras coloridas mãos.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Fértil


A lista está crescendo. Feito guarda noturno tem de fazer a ronda, caminhar por outros blogues, soar o apito. A lista, na contramão do tempo, ultrapassa os desencontros, vislumbra os semelhantes, toca os dedos finos da esperança. A esperança já não tão magra ganha novos contornos, aprende a voar com borboletas, pousa em solo seco de gente fértil. A lista está grávida, terna, deixando crescer no peito e na mente novas pulsações e expectativas de humanidade e da humanidade que podemos ter. A lista passa pelos meus dedos, seus dedos, e oferece uma nova família, novos posts, um novo ter. A lista reúne os bons sacanas e o efeito de suas borboletas. A lista não perde a devida comédia, não esqueçe de perguntar por que você faz ou não faz, mesmo sendo terráqueo, mesmo não tendo mais cerimônias, sendo dono de um pé de meia, um aeronauta com vida além de marte, da morte,e em Marta. A lista é para quem não dispensa a conversa, o papo, a crítica. A lista é para aqueles que seguem adiante na cara e na coragem, em rosa ou azul, mesmo quando o aviso diz: não leia.

Interrogações


E a minha lagarta que nunca se transforma em borboleta, que segue preguiçosa e muda em sua metamorfose desumana, morosa em sua bondade primitiva, em suas lágrimas passageiras, inútil sem ser obra de arte? E a minha lagarta que se contorce para escapar das memórias da morte e do tecido áspero do luto, o parceiro de dedos agressivos e escorregadios feito as garras da natureza e de seu próprio desamor?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Trama


E este acordo mal feito e secreto entre a cabeça e o corpo que adia o descanso e ordena ao sono que fique calado em um canto, acuado e em dúvida a quem se dirigir para pedir licença, que a hora é sua e é agora, porque amanhã, ele não sabe em que horário estará disponível nem se será bem-vindo, porque, além de irregular, ele também sofre de absoluta falta de senso de adequação e, quando pensa que está agradando, recebe na face uma xícara e depois um balde de chá fervendo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Tagarelices


O tempo na doce praia está cooperando com os estudos. Está perfeitamente viável passar quatro horas, ou um pouco mais, sentadinha de caneta na mão. Eu sou uma criatura que escreve enquanto aprende. Por experiência própria, recomeçei o desafio colocando bandaids nos dedos. O ringue e o adversário estouraram minha mão direita na última luta. Então, agora, venho arrumada a caráter. No mais, today, perdi a vontade de cozinhar. Na verdade, o pequeno bípede e eu não fomos ao supermercado, e sem igredientes, a missão é impossível. Fomos jogar minigolfe, outra missão quase sem chances. Se a motricidade dele não é o bicho, não preciso nem perguntar de onde vem. Se bem que ambos temos boa mão para desenhar. Vá explicar essas incoerência da natureza. Agora, vamos dar uma volta no clube. Estou no meu intervalo prolongado. Volto para as leis à noite, onde todos os gatos são pardos, e os meus olhos de morcega não precisam ver para crer.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Nas estrelas


Eu não queria me exibir. Sou uma criaturinha modesta. Tenho horror a gente show off. Mas eu estou vendo estrelinhas. Ontem, fiz um frango desfiado com molho de tomate tão bom quanto os que o senhor bípede faz, e, hoje, fiz uma picanha assada no forno, do cristo comer de joelhos, agradecendo aos céus por ser carnívoro. Viva!!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Bípede, myself and I


Não faço parte de um reino. Meu maior título é de caipira vinda do interior. Tenho um pouquinho de estudo, com direito a pós-graduação e blablablás. Voto sempre. Estudei em escola pública, e, pasmem, fui mais do que feliz. Defendo-me bem em english, please. Não casei virgem como papai e mamãe queriam. Desastradamente, nasci sob o signo de câncer, o que me faz ser assim este ser sentimental. Maternal. Fraternal. Infernal. Sou organizada. Na verdade, obssessiva. Faço análise há uma década. Tenho um filho. Poderia ter dois. O que há de se fazer? Tenho um marido quatro estações. Começamos pelo inverno. Houve chuvas e trovoadas. Depois, o outono tratou de varrer as águas contaminadas. Tudo indica que lá vem o sol, ou quem sabe as flores. Meu nariz alérgico vem farejando alegrias, o nome das rosas. Qualquer hora, começo a colhê-las, de olho nos espinhos, que Inês já está morta, bem longe, lá em Portugal.

De novo

Ainda não recomeçou o zum zum zum do meu concurso, e, mesmo assim, decidi me encarnar. Recomeçei, ontem, junto com o pessoal que se prepara para o TRF, a estudar mais que três horas. Eles lá, eu aqui na praia, sentada com vista para o mar. Quem me conhece de outros carnavais, sabe que o meu foco é o TRE e que estudo melhor by myself, não importa em que lugar esteja. Quem me conhece sabe também que não tenho vocação para política, porém, tenho gosto pelo processo que a envolve, tenho gosto e esperança, fé, sei lá como se chama de que um dia a maré há de mudar, transformando o que hoje é areia em ética. As minhas chances, como sempre, são limitadas. Limitadas pelos meus pobre neurônios e, infelizmente, pelas fraudes. Quem me conhece um pouco sabe que já fiz esse concurso, que me classifiquei nem que fosse para ir para Itaqui, e que ele foi anulado devido as costumeiras falcatruas dessa terra abençoada, dizem que por deus. Na época, chorei. Não sou chorosa. Na verdade, irritam-me lágrimas sem dor. As de crocodilo, então, dispensam comentários. Mas tenho de admitir: as minhas foram tão sinceras.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Amélia é que era mulher de verdade

No terceiro andar, veraneia uma médica alta e loira, dona de um corpo escultural. No terceiro andar houve uma repentina separação. A doméstica da família assumiu o controle da casa, demitindo a patroa. A demissão foi sumária. O patrão foi promovido e, devido a seu bom comportamento, pode, a partir deste verão, usufruir dos benefícios de cama, mesa e banho da substituta e de graça. O zelador do prédio está encarregado de divulgar a notícia. Todos os outros onze andares do prédio têm algum comentário a fazer. Para o veranista do quinta andar, a demissão pode estar relacionada a falha da médica. Diz ele: a culpa é dela, devia ser uma mulher muito chata. Já o zelador, do alto de seu um metro e sessenta, vai direto ao ponto: isso estava previsto, ela não sabe fazer nada, nem cozinha ou esfrega o chão.
De bicicletas, meus dois bípedes estão a dar voltas pela cidade nublada. Eu não tenho bicicleta. Tive uma única, presente do senhor bípede, e por um único verão. Depois, da garagem, ela foi roubada. Não senti muito o prejuízo embora tenha ficado bastante contrariada com o fato. O zelador do prédio, grande xereta, que sabe mais da vida da gente que a gente, não ouviu nenhum barulho. Estava a ver os navios que por aqui nunca passam quando o ladrão entrou. Ou as sereias, ou as vizinhas, a do terceiro andar, eu imagino. O zelador do prédio é um homem quasimodo, nascido em outras paragens, casado com uma mulher sem espelhos, que, em outros tempos, leia-se quando tinha a chave da minha casa, adorava mexer nas minhas coisas. Eu não gosto dessa mulher. E também não gosto dele.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Mulherzinha, eu?


O amor é o lugar onde os fracos não têm vez.

Areias da inveja


Na fila do caixa, mãe e filha conversam animadas. Sem pressa, colocam as compras sobre a esteira. Caixas de leite, panetones, geleias de uva, um monte de delícias a serem compartilhadas enquanto veraneiam. A filha se parece comigo. A mãe se parece com a que eu tinha, até mesmo as unhas estão pintadas de vermelho. Minha primeira impressão é de prazer. A segunda derrama sobre a minha solidão de filha um balde de raiva. Sinto raiva por não ter mãe.
Na barraca ao lado, um avô brinca com um menino. Animados, constroem uma muralha de areia para quando a água chegar. A maré está nervosa. Aos poucos, vem roubando os chinelos dos banhistas distraídos. O pequeno não se parece com o meu filho, mas é um menino. O avô se parece com o pai que eu conhecia, um pai inimigo de outras vozes e brincadeiras, um pai e avô diferente desse outro velho também magro e grisalho, sem músculos, mas que é espumado feito as ondas e que exibe, no sorriso, um calor que nunca recebi na infância.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Personagem coadjuvante


O senhor bípede não gosta de ser coadjuvante. Ele tem de ser protagonista, nem que seja o cavaleiro da triste figura, se bem que ele está mais para Sancho Pança.

Avatar, o filme


Porque o senhor bípede, de braços na cintura, enrolado na toalha azul, balançando o corpo para lá e para cá, reclama que nem comentei nada sobre o filme Avatar, aqui vai o comentário: perfeito para 12 anos, idade sugerida nos cinemas brazucas. Tá bom?

Clube Samovar


Porque eu estou em um estado de nervos a la Almodovar, porque o senhor bípede do alto do seu sorriso está a rir de mim e de si mesmo, porque ele se ri a toa e acha que eu sou uma "tadinha" enjoada e enjoiada, que adora coisas inúteis, como o Bono, o bono cão que não serve para nada, uma obra de arte na minha vida, e porque a minha Maricota acaba de se descobrir uma criatura dos chás, bem-vinda ao mundo samovar, este post "bem legaus" for two e quem mais gostar.

Muda


Antes, eu estava sem voz; agora, estou sem palavras.

Porque o Haiti somos nós


" Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.

John Donne

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Na bolha


De dentro da bolha, vê a paisagem passar e passar em uma repetição línear embora redonda. De dentro da bolha, quase enxerga o plástico da embalagem, os limites do pacote, o bisbilhoteiro atrás da porta, funcionário privado do show de Truman. De dentro da bolha, tenta transformar o beco sem saída em um ponto de partida, move os pés e as mãos e se debate na água, no ar, acordada, dormindo. De dentro da bolha, a criatura não escapa. O giro invariavelmente completa os 360 graus. Pode acelerar o passo. Retardar o ritmo. Estacionar. Estancar. Emburrecer. Endurecer. E nada. A bolha não é uma placenta. A bolha não faz parte de um corpo. A bolha nao tem instinto, nem o assassino.

Vaga de calor


A vaga de calor me abafa. Fecha o humor do mesmo modo que bloqueia a minha garganta ferida. Tenho e não tenho vontade de falar. Tenho e não tenha ideias. Percorre o corpo, um sangue coagulado em um pesadelo banho maria, daqueles que vai machucando os sentimentos sem pressa, resgatando, com as bolhas, as desastradas memórias que deveriam estar perdidas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Depois da praia


Estou de volta a Porto Alegre 40 graus. O detalhe relevante é que estou afônica. Muda. Completamente. Quando abro a boca, sai um guincho suíno que me faz parecer uma leitoa cor de rosa. Então, tenho de calar a minha bipedice à força e ouvir disparates sem poder dar um pitaco, e eu gosto de opinar. E ontem na praia, sob a sombra, porque o sol poderia piorar a minha garganta, as pessoas falavam sobre quem seria o Uraguai, porque tinha caído na prova de literatura da UFRGS e a filha de alguém tinha errado a questão, e uns diziam que era um escritor moderníssimo, do Uruguai e blablablás, e eu tinha vontade de me rasgar de raiva e gritar para todos que ele não era um autor e, sim, um poema, um épico, em versos decassílabos brancos, sem rima, escrito pelo Basílio, não o primo da Luísa, o da Gama, que, pelo que eu saiba também não tinha nenhum parentesco com o Vasco, e que o tema era a batalha travada entre os portugueses e os índios da região da minha bisa, aquela caçada a cachorro e cavalo, de nome indígena desconhecido, mas que poderia muito bem ser Ra. Porque se a gente minha realmente vem do sangue dela, algum santo padre jesuísta pode, perfeitamente, ter dito, bah, como essa Ra buzina.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Saravá

Porque eu estou em um momento saravá, queimando a pele e incendiando as ideias, vem bem uma samba da benção.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Lá fora está chovendo


E eu ando a ver a novela porque o dvd segue no tal ponto eletrônico à espera de uma solução, e a novela é chata, e a Helena, um porre, e nem as belas casas são mais belas, a casa da tal personagem só não é rosa porque é movida a lilás, até o pinheirinho de Natal é lilás, e eu não gosto de lilás, e bem pouco de rosa, porque a minha mãe do alto de sua beleza, meteu na minha cachola que rosa é para loiras, e eu não serei blonde nem quando ficar velha, que, macacos me mordam se eu ficar feito a Hebe Camargo ou passar a achar rosa lindo. E estou vendo a novela porque nesse edifício não tem antena coletiva, e a gente não tem sky, nem net, nem nada que passe um filmizinho, porque se a Globo é a Globo e adora uma novela, na concorrência, uma apresentadora bem Hebe, sem ser a Hebe, fazia três casais humildes revelarem sua falta de auto-estima e brigarem diante de uma platéia sanguínea. E eu prefiro ficção de má qualidade a uma suposta realidade sendo desqualificada e destruída por uma manipuladora qualquer. Que se tem um tipo de gente que me irrita, é o tipo manipulador e chantagista, e eu tenho pós-doutorado nesse tipo, e não tem mais quem me pegue, que meu radar aciona bip bip bip já na primeira frase. E eu estou vendo novela porque, durante o dia, sigo lendo revistas, jornais e internet, e, é claro, um livro, e, no momento, leio o presente que ganhei do Paulo, Os limites do Impossível, e o livro é incrivelmente bem escrito, mas incrivelmente irritante, e se desenvolve em torno das possívei mulheres que cercaram o nascimento de Carlos Gardel lá em Tacuarembó e em torno de um homem filho de uma putana com todas as estrelinhas da galáxia, um tipo safado, danado, podre, que faz o Herivelto da Dalva até parecer um anjinho, e essa história de machos fodedores não cola mais, e, se eu tivesse de cometer um assassinato, o meu, certamente, seria bem básico, nada russo, que eu trataria é de envenenar com muitos sorrisos e depois um chá o primeiro maridinho metido a bacana que encontrasse enquanto cuido o pequeno bípede no mar e ainda iria no velório vestida de preto, que para matar já não seria mais necessário. Se bem que um azul clarinho realça mais a minha pele, e a Iemanjá iria gostar, não iria?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Durante o jantar


Mãe, a Dalva e o Herivelto existiram?
Sim. Claro, eram artistas, respondo.
E eles eram mesmo assim?
Não, são atores, caracterizados para parecerem com eles.
Não, mãe, na personalidade. O Herivelto era danado, né?
É...
Mãe, não gostei da comida, quer dizer, o franguinho tá uma delicia.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010





Sei lá

Do pequeno bípede:
- Mãe, você tá vendo a novela por que ama viver a vida?


Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
Niguém nunca sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, eu só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão. Sei lá. Sei lá. Sei lá. Sei não.

Pobrezinho

O pequeno bípede e eu estamos na praia. O senhor bípede pegou a estrada e foi trabalhar. Depois de amanhã, minha amiga de berçário vem com seus bipedezinhos passar o final de semana conosco. Na segunda-feira, voltamos todos para a cidade. Como aqui em casa quem cozinha e muito bem é o meu prezado marido quatro estações, forno e fogão, hoje, preparei o jantar. E me esforçei. Não é necessário dizer que a culinária estancou no macarrão al sugo. Quem me dera preparar um bom feijão com arroz. O pequeno comeu. De novo, quis me agradar. No ano passado, com o mesmo sorrisinho amarelo, enfrentou o verão dessa mama ruim de avental sem uma única reclamação. Estóico, suportou a falta de sabor. Ele sabe que faço com carinho, mas, sinceramente, vendo o pobrezinho, dá até dó.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mais Imre Kertész


" O moderno não é estilo da juventude, mas da velhice. Não é, pois, um início, mas uma concretização. "

" Nunca pude identificar-me com a minha situação, com a minha vida real - e, aqui, uma vez mais, podemos acrescentar um grande ponto de interrogação depois da palavra real, porquanto o fato de me considerar outro, logo, a minha imaginação, e também a minha criatividade, tudo isso era real, mais real do que o real, pois, afinal, igualmente criava uma realidade."

" Ela foi-se embora, e levou consigo a maior parte da minha vida, o tempo em que a minha obra se inaugurou e acabou, e esse em que, vivendo um casamento tão infeliz, nos amámos tanto. O nosso amor era como uma criança surda-muda que corre, rosto risonho e braços estendidos, mas rosto que se torce lentamente num soluço, porque ninguém a compreende, e porque não desencanta uma finalidade para a sua corrida. Apercebo-me, e esta certeza quase me dá vertigens, de que, num só instante, o passado pode, efetivamente, tornar-se o que lhe chamam: passado, receptáculo de velhas coisas, impressões, vozes e imagens que abandonaram por completo as fontes vivas da vida que lhes deu o ser e as manteve intactas durante um tempo. A minha história soltou-se de mim, de súbito, perco o equilíbrio, como alguém que se sente perdido, e, entre o passado e o futuro, desliza para fora do tempo."

No blog Não Leia, do escritor Mayrant Gallo, há um post para ajudar essa humilde bipedezinha em sua aventura húngara. O post é uma aula breve, porém intensa, sobre os incríveis escritores húngaros. Recomendo com muitas estrelinhas!!!

E o Egito continua

Porque nem todas as notícias vêm com cara de sexta-feira 13, hoje, encontrei esta sobre o Egito. E eu adoro o Egito, apesar de ter sido, razoavelmente, mal tratada por lá. Do site do terra:

"Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu dois túmulo construídos há 2.500 anos, os mais antigos encontrados até o momento no sítio arqueológico de Saqara, a 25 quilômetros ao sul do Cairo.
Os mausoléus estão enterrados e têm gravuras em vários de seus muros, segundo detalha uma nota do Conselho Supremo de Antiguidades (CSA), divulgada hoje. Uma das duas construções é a de maior dimensão encontrada na região e inclui inúmeros corredores, quartos e salas, explicou Zahi Hawas, secretário-geral do CSA.
Este túmulo é precedido por duas grandes fachadas, parte em deterioração e outra de tijolo, conforme o comunicado. Dois dos quartos que estão lotados de material de construção e de terra conduzem a uma sala em que no interior foram localizadas diversas ossadas e vasilhas de cerâmica.
Em outra sala pequena foi descoberto um poço com uma profundidade de sete metros. Na parte norte do túmulo também foram encontradas várias múmias de falcões que estão em um bom estado de conservação. Conforme Hawas, o túmulo foi utilizado em mais de uma ocasião e provavelmente depredado no século V depois de Cristo.
Na segunda sepultura, de menores dimensões, embora também composta por várias salas, foram encontradas inúmeras vasilhas de cerâmica. O especialista em arqueologia revelou sua satisfação com as descobertas, uma prova que a região de Saqara, onde fica a pirâmide escalonada de Zoser, ainda guarda muitos segredos. "

sábado, 2 de janeiro de 2010

Ao entardecer

Finalmente, resolveu oxigenar, ou seja, na linguagem do senhor bípede, dormir. Dormiu pouco e mal, deitada na rede, coisa que nem o sangue índio ensina. O sono não deve ter durado mais que uns quarenta minutos, mas, feito o cristo do Rio, mostrou-se redentor. Depois de ter corrido sob um sol de assar pizza e de ter ficado com os amigos na praia até as três da tarde, era o que merecia. Não sem antes lavar a louça do almoço e dar uma ajeitada na casa, que a pobrezinha é obssessiva, criada com complexo de faxineira, o que, apesar dos pesares, acabou se revelando melhor do que se fosse de Branca de Neve. Tinha tudo e mais um tanto para se espelhar no espelho vaidoso da rainha mãe, não má, equivocada. Ela, sim, respirava estética. Talvez, tenha morrido ainda bela para não ter de enfrentar a metamorfose do corpo; é claro, que outras razões também contam. A gente é que prefere ficar em silêncio, reservando alguns segredos para os ouvidos de concha desse atlântico mar.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Primeiro dia


No primeiro dia do ano, um som nordeste avisa na janela para eu não me afastar do edifício dos ventos uivantes. Com algumas nuvens, disputa o cargo de chato maior. O mar está azul. Há dias em que se apresenta cinza ou marrom feito o meu humor. O senhor bípede está lá fora correndo. É um homem quatro estações. Tem o dom de encantar-se com todas as variáveis da natureza. Eu estou com o corpo um pouco dolorido. Além de acompanhá-lo na corrida de ontem, há uma ressaquinha. Nada de mais que não sou dada a exageros, mas contam também as poucas horas de sono. Fora isso, aceitei o desafio dos meninos em um campeonato de Wii. Ganhei no tênis de mesa. Mas levei um banho em todos os outros esportes, principalmente, na disputa de bicicleta em que a gente pedala com os braços, uma coisa de enlouquecer e de doer. Meu ombro direito que o diga. Na hora, quem fala mais alto é o orgulho e, quando escuto a frase: eu é que não vou perder para uma velha bem moça, dou tudo de mim. Perco, mas com dignidade, que ninguém precisa perder sentindo-se ruim.

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


visited 21 states (9.33%)
Create your own visited map of The World