quarta-feira, 30 de maio de 2007

Gota d'água

Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Pro desfecho da festa
Por favor

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água.

Chico Buarque (1975)

terça-feira, 29 de maio de 2007

Longe de um hotel cinco estrelas

A bípede colocou as pernas para que te quero de fora, esqueceu o desastre de manca e está se transformando em uma tigrinha. Primeiro, ela comprou um cinto, depois um sapatinho e uma fita de cabelo e daí para frente não conseguiu mais parar de virar bicho. No seu guarda-roupa clássico e básico, há uma invasão selvagem. Fora de controle, ela ainda usa uma meia elástica quarta-idade de doer, toma o santo remédio da recuperação e fala na analista sobre o episódio onde esteve enjaulada. O mundo animal impõe regras desconhecidas. Carnívoros rondam possíveis vítimas. A bípede quase virou carniça. Urubus voaram sobre seu território, atacaram os machos do bando e por pouco não destruíram a sua toca. A noite escureceu tanto que o vento apagou os caminhos de fuga e alterou o seu faro. Haja safári longe de um hotel cinco estrelas. A bípede pensou a África não é aqui. Hienas disseram é sim. E a bípede ouviu os seus risos. Ah, não. A bípede pode não ser um Bambam, mas sabe muito bem como ser Pedrita.

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domingo, 27 de maio de 2007

Outros bens

Duas horas depois ela acorda exausta. O puff já não é mais o mesmo. As bolinhas de isopor perderam-se com os dias, e ele agora está murcho. É hora de comprar um novo, mas outras prioridades adiam a idéia. Há anos, ela senta para contar histórias para o filho. Ele não sabe dormir sozinho. Ela não soube ensiná-lo. Queria tanto ler e estar perto que o viciou em leitura. Depois dos livrinhos, sim, ele dá um abraço e dorme. Antes não. Às vezes, conversa um pouco, e ela espera e espera até o momento de acordar exausta. Ela, então, pensa no marido, mas ele está no andar de cima. O apartamento é grande. Ele nunca está no quarto. A cama está sempre vazia. Ela sente vontade de gritar venha para cá. Mas, se gritar, desperta a criança, e o corpo se sente pesado para subir as escadas. O sono interrompido machuca os músculos. Ela deita no escuro. O marido não vem. Os olhos fecham. Ela não sonha: no computador, há outras mulheres a quem ele chama de bem.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Poema sem título e sem compaixão por uma amiga em dificuldades

A bípede tem bons amigos. A bípede gosta de escrever. A bípede gosta mais ainda de ler. E um de seus amigos, Paulo bípede falante e escritor, lhe enviou um precioso poema. Obrigada, Paulo.
Beijo da bípede!

Foi coberta por uma
Invisível poeira ao longo do tempo,
Partículas de angústias,
fragmentos de injustiças,
coágulos indissolúveis de
uma solidão sem fim.
E floresceu na menina,
Como quem floresce de
Fora para dentro, a absurda
Flor das entranhas.
Não uma flor orgânica,
inválida e retorcida.
Nasceu ali uma flor,
assim Lelena.
Por razões imprecisas,
Não pode ser tocada,
Não pode ser colhida,
Límpida flor que arde
Sozinha.
É dela que surge o soluço fora
De hora, o choro ácido,
O poema corrosivo.
Ninguém vai vestir a sua pele,
A página onde escreve
versos brutais.
Escreve na carne
o poema áspero de
uma queixa profunda,
de uma dor.
Assim Lelena.
Não de modo adequado,
quando cospe na
mão suspeita e caridosa,
e brinca com
a lógica dos malucos.
Se a poesia sangra,
é porque tem
Horror da palavra gasta,
um nojo Antigo.
de não dizer o indizível.
Da flor brota
a sensualidade esquisita
de não ser amor pungente.
Brota a tortura,
uma chuva de cinzas,
ou de comoventes pétalas
de paixão.
Um desejo febril de
vida jorra e conspira
contra a mecânica ancestral da
perversidade.
De uma flor exaurida,
assim Lelena, já vai
surgir uma nova, como
as cobras que se
livram da casca.
Uma assim Lelena,
Que respira e avança,
Determinada.

Porto Alegre 23 de maio de 2007.
Paulo Tiaraju

terça-feira, 22 de maio de 2007

Meu pequeno bípede e as gurias

Meu pequeno bípede tem um metro e vinte e alguma coisa. Não tem dinheiro, nem quer. Tem sorrisos, balas e abraços. Ele abraça uma, duas, três, quatro vezes. De madrugada, ela acorda e grita mãe, eu tou tendo um pesadelo. E lá vou eu sem chinelos e sem freio. O meu pequeno bípede fez sete anos e aprende na escola fórmulas matemáticas. Me dá respostas feito um filósofo, segura a minha mão apertado e diz baixinho no meu ouvido que tem um segredo. Eu fico torcendo que ele me conte. Mas o segredo é surpresa. E ele revela que a Nati escreveu que o ama. Eu me derreto. O que é isso mulher?, ele pergunta. Eu dou gargalhadas. E ele, aborrecido, fala que ela escreve que ama para todo mundo. Eu digo que, então, ela ainda não ama ninguém, e ele respira aliviado. O meu querido pequeno bípede gosta da Nati, mas ama mesmo é a Fefe.

Pro dia nascer feliz

Começa o dia com uma picada no braço. O furo dói, a pele escurece. Ela volta para casa, ajuda o filho com os temas da escola, lê e almoça. O pai do menino chega atrasado, cheio de fome e boa vontade. Ela observa as palavras enquanto pensa: quero ver. E se sente diferente. A meia elástica protege a perna, mas aperta. As botas novas não. São as lembranças que machucam. Ela vai até a analista. Fala dele, fala de si, fala do que não entende. Se sente estranha. A situação é estranha. Nenhuma dor lhe é familiar. Nenhuma vem com aviso. O dia nubla. Ela pega o carro. Está na hora da saída. O filho dispara quando a vê no pátio. Ele guardou para ela um sorriso. O coração bate forte, o corpo relaxa e ela redescobre o quanto ainda é feliz.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

A gente não ama o tempo inteiro

A bípede, em sua ignorância falante, não sabia que existem por aí corações tecnológicos. O dela, pré-histórico, é só um músculo pulsante, capaz de bombear sangue e guardar afetos. Longe dos tempos modernos, ela não sabia que os modelos com caixa de on e off circulavam pelas mesmas calçadas que ela antes andava. Então, resolveu consultar o manual de instruções do competente órgão. Talvez, fosse o caso de marcar um transplante com algum cirurgião de uma ilha da fantasia. O manual revelou-se bem simples. Energize o seu coração com um carregador de celular ou um cabo USB. Depois, ligue o on quando desejar amar. E passe para o off quando estiver farto do monótono sentimento. Como garantia do produto, constava a falta total de culpa ou remorso e a autorização para brincar com quem fosse old fashion, romântico ou qualquer uma dessas imbecilidades um dia inventada por outros homens. A bípede ficou um pouca surpresa. Não sabia que além de manca, era também obsoleta.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

O direito de comprar sapatos

Dentro da sapateira, há uma razoável quantidade de sapatos. E a bípede teve autorização do vascular para voltar a caminhar. Devagar e sempre. A bípede ficou contentíssima. Não agüentava mais ficar deitada e se arrastar em chinelos e rasteirinhas. Como está frio, ela foi direto se divertir com os de inverno. Botas de salto, botas de cano comprido, curto e sem salto algum. A preta eterna e folgada estava lá. Vem você, amigona, pensou a ex-quase-paralítica. Mas, já que a fase não é das melhores, a bota entrou na onda e arrebentou o zíper. A bípede, outra vez, ficou descalça. Não se dando por vencida, apostou em uma mais novinha porque queria ir dar um jeito nos cabelos, e a novinha não teve a lealdade necessária e lhe apertou o pé direito quebrado e a perna esquerda doente. Vai se benzer, bípede. Não! A criatura arrebentou os rosários. Saiu do salão decidida. Deu uma volta pelas redondezas atrás de uma um número maior. Passar a perna na perna e no pé não seria má idéia. Não seria se a bípede tivesse encontrado um par 37 sem salto e com bico largo. Era para ter as centenas, mas, engraçado, nenhuma loja tinha.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Reconstrução

Silêncio nas palavras que ardem. Portas sem chaves. O sangue grosso ou fino, protrombina desconhecida de um exame que não chega. A dúvida da meia apertada, do esparadrapo reduzido e da vontade de andar. As histórias caladas, sonolentas de exaustão e suspeitas. O peito manso diante da dor. A vontade feroz perante as horas. A morte dos simulacros. Retirada do ar a propaganda de margarina. O real é um caos. Não existe nada fora da realidade da vida. Nietzsche não é louco de acreditar em utopias, e o humanismo é por demais cristão. A bípede arrebentou os rosários, e a filosofia veio costurar-lhe os coágulos sem ferir-lhe as mãos.

Minha querida Mariana

Está fazendo frio lá fora, e a bípede não sabia. De tão aquecida em seus cobertores, esqueceu que o inverno tem de dar as caras assim como o lado A da vida. Chega de lado B, de fatos B, de gente B. B só se for de Bacana. B de Bom e Bonito e do Bem. Bem, como a minha querida Mariana, a guerreira mais sólida e doce que há. O que não é fácil porque lutar gera amargura e angústia, e a minha querida Mariana sempre consegue vencer os seus desafios sem perder o sorriso e a ternura e o passo. Porque a minha querida Mariana transformou-se em uma moça graciosa de cintura fina. Muito mais que a dança dos sete véus. Como diria Guy de Maupassant, Mariana não caminha, flutua. E, quando a gente a vê assim, não precisa nem ter pernas para se sentir feliz. Basta ter olhos, Boa vontade e um Bom coração.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Recordações da casa dos vivos

A bípede nasceu e cresceu em um campo aberto. Dias feitos de pasto e linhas de silêncio e horizonte. Assim não dá, ela pensou, e decidida a ter contornos, cercou-se de livros. Os livros do pai. Entre eles não viviam os russos. E a bípede não sabe explicar o porquê, mas ela ama os russos e seus chás servidos em samovar. Então, ela lia e lia e lia e sempre faltava um ser que a gelasse de tão aquecida. Até que um dia Dostoievski chegou. E ela, que tanto ansiava, não pensou duas vezes antes de entregar-se a ele. E leu e leu e leu tudo o que encontrou. Todas as edições traduzidas do russo para o português e quanto mais desvendou a Rússia, mais desvendou a si. Mas nunca desvendou a mais ninguém. E, por isso, a bípede, sem querer querendo, deixou-se perder no labirinto de Raskólnikov e daí para frente ofuscaram-se diante de seus olhos tanto os crimes quanto os castigos. E a bípede foi vivendo em um perdão cego. E o perdão cego convencido de sua absolvição passou a maltratá-la. Quando ela deu por si já estava correndo ao lado dos ofendidos e humilhados, sendo destruída feito uma velha agiota. A bípede quase sentiu-se uma gente pobre, quase acreditou na teoria de que talvez fosse apenas mais um piolho da manada humana. Esteve por pouco. Quebrou-se de cansaço e, agora, está em casa, sobrevivendo em um repouso sem fim...

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Mas existe o homem?

A bípede que mancava, agora, já não anda. E, como não anda, mal consegue pensar. Então, pediu ajuda a Drummond. E ele, com a generosidade de suas palavras, lhe ofereceu o seguinte trecho:

" Como vive o homem,
se é certo que vive?
Que oculta na fronte?

E por que não conta
seu todo segredo
mesmo em tom esconso?

Por que mente o homem?
mente mente mente
desesperadamente?

Por que não se cala,
se a mentira fala
em tudo que sente?

Por que chora o homem?
Que choro compensa
o mal de ser homem?

Mas que dor é homem?
Homem como pode
descobrir que dói?

Há alma no homem?
E quem pôs na alma
algo que destrói?

Como sabe o homem
o que é a sua alma
e o que é a alma anônima?

Para que serve o homem?
Para estrumar flores,
para tecer contos?

Para servir o homem?
Para criar Deus?
Sabe Deus do homem?

E sabe o demônio?
Como quer o homem
ser destino, fonte?

Que milagre é o homem?
Que sonho, que sombra?
Mas existe o homem?"

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Uma dor

No meio do caminho tinha uma dor
uma dor sem fala, verso e
solitária.
Havia uma promessa
e a anti-festa.
Dançavam os soluços
em busca de novas células.
No meio do caminho tinha uma dor
absoluta
e de tão grande e séria
ela ardeu
ali, quieta, viva e
alerta.

Tão cibernético quanto patético

A bípede, aquela criatura que havia tido um problema no pé, agora ganhou um na perna e esse exílio forçado a levou a se aproximar do mundo tão cibernético quanto patético. Como nesse mundo não há muito a fazer, ela decidiu escrever sobre a invasão dos robôs. E, como eles eram muitos, teve de pensar em um exemplar, aquele que materializasse toda a engenhoca e o egoísmo de ser uma máquina. Do gênero que faz o que faz ou porque esse é o software que colocaram para rodar em seu sistema ou porque está com defeito. Sim, os robôs são seres com enorme potencial para falhas. Primeiro, porque sendo máquinas não sentem e não sentindo ficam sem autocrítica e ficando sem autocrítica perdem também a capacidade de se relacionar. Segundo, porque sendo máquinas acreditam poder se reprogramar a qualquer instante. O que eles não sabem é que o destino de todo robô é ser superado por um modelo novinho em folha a preços tentadores divididos em 12 parcelas sem juros. Ou seja, é fácil ter um robô, tão fácil quanto cansativo. Difícil é ter uma pessoa. Um robô, mesmo que seja de alto design e apresente múltiplas funções, sempre será substituído e depois relegado a uma gaveta ou ao lixão. Não há saída. A fada azul do Pinóquio não vem com sua varinha de condão e diz: ei, acorda que você agora virou gente. O que vem é a mídia ou um vendedor com um lindo sorriso mostrar uma nova tentação tecnológica à prova de peças usadas. Não há reciclagem ainda que o planeta se empenhe em livrar-se de tralhas inconvenientes. Ninguém quer um casco, nem os museus. Robôs não se enquadram na categoria de objetos admiráveis. Se enquadram na de descartáveis...

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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