segunda-feira, 31 de maio de 2010

Oh, my bípede!

Meu pequeno bípede está de volta. Arrendou a fazendinha feliz para uma turma de heróis e de Simpsons.  Como mudança exige mudança, trocou também o nome. De mistérios da Fazenda, passou a ser
Oh, my Blog, sugestão que ele tinha enviado  na época em que um nome estava sendo escolhido para o Mínimo Ajuste. Como eu sou uma bípede mãe coruja e zonguinha, aviso ao passaredo: voem  lá!

sábado, 29 de maio de 2010

Dum Amor Morto

De Sophia de Mello Andresen

Dum amor morto fica
Um pesado tempo quotidiano
Onde os gestos se esbarram
Ao longo do ano

Dum amor morto não fica
Nenhuma memória
O passo se rende
O presente o devora
E os navios do tempo
Agudos e lentos
O levam embora


Pois um amor morto não deixa
Em nós o seu retrato
Da infinita demora
É apenas um facto
Que a eternidade ignora

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dobrou na esquina errada, ignorou a sinalização e acabou em um posto sem gasolina. Não estava de carro. Preferiu ir a pé. Passo por passo, foi alisando o chão e jogando beijos para o vento, não ao vento. De vez em quando, uma poeira límpida aparecia em ondas e a convidava para brincar de mar. Ela aceitava e sorria. Sorria água e encantamento e em profunda paz.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Geografia

O espaço de terra não cabe em sua parca geografia. Desprendido da ilha, desconhece as margens de um outro continente. Não navega porque terra; tampouco afunda porque terra. Feito corda sobre um poço, resgata a água morna que dispensa o balde. Por conta do zelo que ronda,  não arde a natureza em chamas, e transforma-se em  puro ar dentro de um jarro de cerâmica.

Porque sou uma criatura de quarto

Porque sou uma criatura de quarto, porque não há lugar em qualquer casa que eu entenda como minha que me abrigue como ele, um pouco de Sophia de Mello Breyner Andresen:

No Quarto
No quarto roemos o sabor da fome
A nossa imaginação divaga entre as paredes brancas
Abertas como grandes páginas lisas.
O nosso pensamento erra sem descanso pelos mapas
A nossa vida é como um vestido que não cresceu
conosco

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Bipedices

Então, tá. Para desanuviar o mal-estar, a criatura escolheu um esmalte vermelho. Pintou um dedo e credo, que coisa mais feia!  Aí, voltou para o renda, um tipo de bege, e bege é bege. Depois, folheou a Vogue estacionada no revisteiro. Não se interessou por nada, exceto por uma cozinha e de revista, ora bolas. Uma cozinha feita de panelas. Se não tem panelas, não tem mestre cuca, talvez, um desmiolado  de nome Remy e um bando de ratos sem nome à espera de um rango qualquer, não um Rambo qualquer. A criatura viu o Rambo, em Roma,  a comer um hamburguer. Muito melhor do que ver o rato roído de raiva roendo a roupa do rei. O Rambo deu um sorriso. Ela chamou o bípede marido filmador e falou: ei, dá um close no sorriso do Stallone, que ele está rindo e é para mim. O marido bípede fingiu não ouvir. Seguiu em frente e calado, roído de raiva e de ciúmes, roendo uma unha. Oh, vida! 

All of me

domingo, 23 de maio de 2010

Fêmea

Na cabeça, o nó sufoca o resto do corpo e bate no cérebro feito um martelo sobre a carne de um bife. O bife fêmea, de tumor ainda que benigno na mama esquerda, e que, assim como as pernas e as ideias, não liberta a presa e a mantém sob custódia, exigindo, outra vez, da junta médica, as eventuais certidões de que há vida em Marta, em Marte e antes da morte.
Quando ele menos esperava, ela se ofereceu. Assim, puf, do  nada. Aproveitou  o pouco de álcool no corpo e deu a acelerada óbvia de quem quer por um amigo a perder

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Romance ideal


De um lado, a voz de um rato falante divagando sobre a música e o queijo prometidos. De outro, a boca faminta de rata, mergulhada desde o nascimento em um balde de corações gordos e vermelhos, à procura de um príncipe proprietário, que tranforme, logo, o seu eu, criaturinha de saias e laços sobre as orelhas, em uma cabeça tão cor-de-rosa quanto de vento.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vontade

A garota quase não tinha seios, magra e de baixa estatura, de longe, parecia uma criança. Uma criança de salto alto e rebolado brejeiro, isso sem falar na cabeleira lisa de indía albina  enrolada sob um céu estrelado, um céu acordado feito a sua vontade de trocar o trabalho noturno por uma casa com porta e um pouco de alma lavada, mas a garota  era magra e de baixa estatura, de longe, parecia uma criança, e  ainda por cima quase não tinha seios.

terça-feira, 18 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Porque ando muito Vani

E não seria um Caravaggio?


         De personalidade barroca, a criatura descansa sobre a escuridão. Mistura-se, discreta, com o pincel e com a luz de sua carne bípede de rua, carne de natureza viva e dramática, colada  à superfície rasa de alguns dias vazios.

domingo, 16 de maio de 2010

Cabeça dura

Cabeça dura funciona assim: a criatura nada até a praia mesmo que o desejo seja estar no topo de um arranha-ceú. Não abre mão do projeto enquanto não o realiza, e pouco importa o resultado. Cabeça dura gosta mesmo é do processo, da viagem. Sendo dura, funciona como nave de um único passageiro. Não cabem dois, muito menos um oitavo. Por outro lado, as vagas para a organização de sua parafernália apresentam-se infinitas. Feito o desodorante vagaba de  uma antiga publicidade, sempre arruma espaço para mais um devaneio com começo, meio e fim. O fim de uma chateação ou de uma alegria, porque cabeça dura transita com facilidade por muitas estradas, com ou sem sinalização, asfaltadas ou de chão batido. Cabeça dura bate contra a parede e não se arrebenta, ainda que quase amoleça diante da arrebentação colorida de algum livro impresso por mãos  de escrita alucinante.

Vertente

De repente, dá-se conta de que, em meio as palavras preciosas, derrama-se a raiva, de décadas, escondida. Gestada feito o rei dos elefantes de boa memória, vai a criatura tomando conta da mente e dos dedos, sequestrando o cerébro em troca de nada,  por um mero capricho. Capricho de a quem não cabe exigir mais do que oferece em imprevistos rompantes, com sorte, benignos,  do mal-estar que incorpora-se a sua formação capenga e pesada de ser resistente, embora sensível. Mal-estar extravagante que tanto captura quanto acelera o incansável zelo para não ter nem o afeto e nem a coragem, de algum modo, abatidos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ciscos

O branco do monitor segue indiferente à inquietação dos dedos. E ela pouco se esforça para compensar a ausência de palavras dos últimos dias. Seu par de olhos escuros anda seco, sem vista para o mar. Intolerante, rejeita o carinho dos óculos e embaça-lhes as lentes. Não há camaradagem. Há uma leve relação plástica conduzindo o embrulho que traz o presente. A caixa não está mais lacrada. Desapareceram as inscrições de frágil na mesma proporção em que romperam-se os buracos por onde antes entrava ar. Agora ventam  bolhas, ciscos e pensamentos tumultuados de raiva, dor e apodrecimentos.

terça-feira, 11 de maio de 2010

No meio do caminho

No meio do caminho estava a Euro, ali, entre Rodin, Napoleão e  Maria Antonieta sem cabeça, exibindo um papai Walt Disney de braços abertos sobre a França, um pai para os despapados, e pouco importa se existe ou não esta palavra, filhos do papai Karamazov. A criatura sendo do interior do interior,  parricida e tonta, entre outros adjetivos, sentiu-se atraída. Nada como um par de orelhas de rato para aquietar o par de orelhas de jumento, herança de família, presente atávico e popular em meio aos  raros exemplares de seu sangue. Então, pegou o trem, pagou a entrada e deixou-se levar pela esteira até o castelo encantado de uma princesa blonde, quase bond, candidata vencedora no desafio inimaginável de montar o dificílimo cubo mágico rosa. Algo impensável para sua essência rústica de visitante, pois, não fez-se semelhante à luz, fez-se apenas  sobrevivente da enchente, sem olhos azuis, comedora de bolachas Maria, magrela ainda que não desnutrida, candidata bola preta do grupo manda chuva, as Diabas Loucas, de sua polegar cidade natal, aceita, com sorte, a ser uma prima distante da  Pocahontas, mas esta é uma outra pobre nativa que, além de não ter azul nos olhos e nem no sangue, também não combina com a história e, por isso, fica para depois.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O segredo de seus ouvidos


Para o meu querido irmão, um grande companheiro de Argentina, con mucho amor y nostalgia, um segredo para os seus ouvidos.

domingo, 9 de maio de 2010

Não diga nada

Você dirá que não teve escolha. Todos dirão o mesmo. Ficarei com minha cara pálida sem vista para nada a olhar um quadro, fingindo e interpretando o papel humano, exibindo o leve sorriso esperado nos dias santos, os dias honrados pelos mandamentos prepotentes de injustiças e de dor, de honrar a torto e a direita os desenganos e os desafetos. E você seguirá protegida, vítima da má sorte ou da genética por demais falível da família egocêntrica, etnocêntrica e complexada por um soberbo manto de incoerências.

Bloqueio

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lista

Não demore. O elevador mal espera. Arrume o cabelo depois. Não, o perfume, não. Esse dá enjoo. Cuidado com o capacho. Eu avisei. Não gire a chave duas vezes. A fechadura anda cansada. Lá embaixo, confira a lista de compras e a de compromissos. Pensando bem, mate os compromissos. Vá comprar comida. A geladeira está triste. O cachorro também. Providencie logo um osso e um senhor Wilson. Se for da mesma raça, melhor. Quanto mais parecido melhor. Quanto mais quente, mais quente e só. Quando passar perto do shopping, vá a loja de brinquedos. Não, não tem banco nem osso. Tem lego. É, e daí? Eu gosto de lego. Mas passe antes na praça de alimentação e tome um suco, qualquer suco para hidratar. O mais vendido é o de laranja. Dizem que melancia também agrada. Melancia não combina com leite. Juntos devem descambar em algum tom de rosa. Rosa não combina com azul. Você está tão Rosa. Rosa combina com verde ou marrom. E tem de ser na mesma proporção. Por quê? Coisa de encaixe. Sei lá! Vá você saber.

Vem dançar comigo

Essência

O convite foi feito. As janelas ficaram abertas. Entraram ar e neve. Durante horas, a casa aceitou o frio, e a lareira esforçou-se para manter o ninho de fogo aquecido. Cestas de lenha subiram do coração.  Xícaras de chá esvaziaram o ar. E nada, nem um único movimento fez com que ele desistisse de viver como um distante passarinho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Datilografando II

Dobra a esquina, segue para casa, como sempre, a olhar as fachadas de outros lares, pensando como será lá dentro. Vai sem pressa. Discretamente, fica para trás das colegas. Embora seja falante feito uma catorrita, em silêncio, gosta de sentir o ar frio sobre a pele e sobre as ideias ainda inexperientes de menina. Quando consegue entrever, por uma porta ou por uma cortina aberta, a cor de uma parede ou de uma chaleira fervendo, a curiosidade cresce. Ela tem olhos de janela, indiscretos e também transparentes. Olhos falantes como todo o seu corpo magrelo, lavado em uma água que ela imagina doce e pura, de cidade pequena, semelhante à inocência de seu interior já desproporcional à fragilidade de sua aparência. 

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cercou-me feito
uma ilha
sem ancoradouro.

Datilografando

Está tarde, ela sabe. E, além de tarde, faz frio. Nada glacial. Mas os pés pedem por meias. Ela não gosta de usar meias. Prefere luvas, de lã, para não ter de dar tapas de pelica. O ideal seriam as de boxe, combinariam com o capuz do roupão que pega emprestado do marido sem ele saber. Mas com o roupão o jogo é rápido, usa só para sair do banho e chegar no armário em busca de um abrigo, apeluciado de preferência, macio e quente feito um bichinho de criança, feito um corpo que quase respira, como aqueles que tinha sobre a penteadeira de seu quarto de menina, caixinha de música perdida em uma grande casa gelada, aquecida à lenha, a livros e a uma pequena máquina de escrever.

sábado, 1 de maio de 2010

Frio

Mesmo fazendo frio, ele não sai da porta. Está lá, mãos nos bolso, à espera. Ela segue no trânsito. Vai devagar, ouvindo música, cantando com o carro uma canção antiga, como aquelas que cantava em seu tempo de menina, quando havia serenata sob a sua janela alta e rosas jogadas sobre o jardim desestruturado de pegadas jovens, de vozes risonhas e conflitadas de excessos e de ausências pressentidas. Ele conta um, dois, três, finge contar as moléculas de um clima invisível e indizível de memórias alquebradas sobre a lona da rotina sem escape de uma história escrita às avessas, em que o fim e o começo desaparecem sem dizer adeus. Ela acelera no semáforo para dobrar na próxima esquina. Confunde o amarelo com os raios de sol que brilharam na piscina do pequeno clube da pequena cidade com o calor que escapa do ar-condicionado que envolve suas mãos como uma luva, feito as mãos grandes, agora, acostumadas a bolsos de casacos e relutantes em aceitar o seu outro rumo.

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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