sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Férias


A bípede está arrumando as malas. Volta no ano em que seremos mais amigos. Até lá pensa, pensa e pensa, também, em vocês. Leva o notebook para recomeçar a escrever. Depois, volta com energia e vontade redobrada. Um ano-novo de verdade para vocês!

Para os meus bloguistas

Porque nós não somos o Wall-e nem a Eva, com a memória da época em que eu era uma menina, desejo um 2009 diferente: mais honesto, mais amoroso, mais solidário e mais humano.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Para os amigos


Minha mestra me enviou. Repasso para vocês.

DEZEMBROS


Os dezembros possuem uma suave mistura de saudade com esperança...
Dezembro é encruzilhada, princípio e fim, encontro de passado e futuro; hora de reflexão e de desejos, de enxugar as lágrimas do que não volta mais e de expectativa pelo que ainda virá.
É hora de repensar os erros e de reforçar os acertos.
Mês de sermos mais humanos e estarmos mais sensíveis.
É quando eu tomo mais consciência de minha impermanência diante do eterno e do infinito. E do quanto certas coisas às quais costumo dar importância são irrelevantes. E de como às vezes descuido de outras que são essenciais.
Dezembro é extremo, é decisivo.
É o mês em que nos tornamos melhores.
Dezembro é festa. É promessa de mudança, é chama acesa!
Dezembro é exceção, mas deveria ser rotina.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Buraco


Perdeu a voz e os movimentos. Estancou em uma terça-feira de sol. Ninguém presente. Um dezembro de gente apressada demais para olhar além das sacolas. Ela e o menino desenhando corações rasgados, jogando os pedaços no lata de lixo. Não era para doer. Foram iludidos. Algumas pessoas erram, outras enganam, ou se enganam. Ela não tem respostas. Encontrou perguntas, uma parte percorrida por livre e espontânea vontade. Vontade não basta. O saco é sem fundo. O saco é imortal.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Itaqui

Para os amigos que me acompanham, independente do meu grau de dramaticidade, que não costuma ser pouco, o esclarecimento de que, apesar dos pesares, a criatura se classificou, o que diante do acontecido, serve como consolo, só não serve ser chamada para ir trabalhar em Itaqui.

Mais gavinhas



Jantaram na cobertura, ouvindo Guilherme Arantes cantar no Parcão. O senhor bípede esmerando-se com uma comida mexicana para amenizar o domingo, o pequeno de 1.25 e 24 quilos, magrinho, estendo braços fofos de amor sobre a mãe, a essas alturas, também, um tanto magrinha. Uma manhã turbulenta, uma tarde de alguns risos diante do 86 e de sua 99, um final de dia regado a Machado de Assis, permeado pelo trágico e pelo cômico das ilusões. A noite, os três ali, comendo sem pressa, aprendendo, juntos, a importância de zelar por suas estimadas gavinhas.

From Marie


" ... há uma magia contundente em ser sobrevivente. Sabe-se que, aconteça o que acontecer, vai-se voltar do mergulho, outra, mil vezes, e ainda ser a mesma. Aquela dura essência que teima em vicejar, sorrir e cantar mesmo na lama, mesmo na pedra. Há almas cujas gavinhas são essencialmente teimosas. "são raras, são poucos, são loucos"..."

Lanterna dos afogados



Não levou o celular conforme sugeria o edital. Na sala, arejada e silenciosa, uma caixa forrada de um contact floral guardava, ensacados e identificados, os aparelhos de quem não conseguira se separar do seu. A moça friorenta de casaquinho parecia calma. Certo contentamento passava por sua caneta. Um texto Clarice Lispector comandava as perguntas da língua mãe e de uma série de outras que traziam respostas à flor da pele. Decidiu colorir a grade de gabarito. Deixar pronto o que estava pronto, para, então, enfrentar umas poucas desconhecidas e umas que outras, em que em uma primeira leitura pairara dúvida entre duas respostas. De repente um trrrrrrumm, trrrrummmm, trrrrummm e um grito de ôpaaaaaa, e o pulo na cadeira e a mão feito uma pedra empurrando a caneta, e a tinta azul, sem perder tempo, a percorrer uma parte do gabarito de lado a lado. Quem está com o telefone, perguntou o fiscal enfurecido? O outro, mais calmo, com os olhos na caixa. Uma gordinha de cabelos enbranquecidos e voz meiguinha levantando a mão para falar deve ser o meu, que não desliguei porque não sabia como. E o silêncio de volta à sala. Aparentemente, ninguém incomodado, a não ser a moça de casaquinho, fazendo enorme esforço para evitar o choro, pedindo ao fiscal que viesse testemunhar o que havia acontecido, que visse as respostas que estavam sendo marcada antes do acidente. Olha, elas estão certas, por favor, faça alguma coisa. E ele, com cara de tédio, indiferente à súplica, apenas sacudindo a cabeça em negativa, preso a um agora é tarde, está rasurada, tente apagar se for possível, sem perceber a água e a dor afogando o cérebro, o ano e a moça.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

18 de setembro de 1965



Data de nascimento: 18 de setembro de 1965.
Profissão: agentes secretos.
Codinome: 86. Nome: Maxwell Smart.
Codinome: 99. Nome: Susan Hilton

As caixas com as duas temporadas estão aqui, elas e o telefone e o pequeno bípede enlouquecido com o sistema de ligação. A mãe bípede também. Quando criança, discava 231-1392 com o indicador, ouvindo os rrrrrrrss do aparelho. Os dois fãs não se aguentam de excitação. Domingo, depois da chuva ou do sol, viva as férias, a TV e o DVD. Get smart!

simples


Ela tem bom equilíbrio. Por favor, não empurre.

bípede sunshine


O programa era de tele-ajuda. Leia: deu de manhã na TV.
A frase veio no meio de um desenho.
"Não interessa o jeito como você cai, interessa o jeito como você levanta."
O pequeno bípede ficou para lá de surpreso.
E a mãe bípede um tanto aliviada.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

raiva

Situação: quinze para as seis. A criatura magra e trêmula passou a noite acordada cuidando do pequeno bípede, a segunda noite de sexta para cá, e hoje não leu quase nada. Os dois não foram mais a piscina. Ele adoeceu e piorou. Ela não adoeceu. Pirou. Está raivosa. Com raiva do seu você sabe quem. E ele sabe o porquê.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Neurose


Lá se vai o ano com curso.
Tudo definido.
Matéria estudada.
Releituras em andamento razoável.
Local da prova, nem perto nem longe.
Sala número 14.
E, de repente, nada mais parece tão importante
ou interessante.

domingo, 7 de dezembro de 2008

O pequeno bípede voltou a adoecer, e a bípede está achando uma chateação reler toda a matéria.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Extreme ways

Ele não é o último James Bond, nem o Sean Connery, mas, francamente, é. E eu não sou uma bond girl, não seria mesmo que fosse a estrada perdida de Mônaco, sou uma Bourne girl, in love wiht his extreme ways. He's my heroe...





Extreme ways are back again
Extreme places I didn't know
I broke everything new again
Everything that I'd owned
I threw it out the windows, came along
Extreme ways I know move apart
The colors of my sea
Perfect color me
Extreme ways that help me
That help me out at night
Extreme places I had gone
But never seen any light
Dirty basements, dirty noise
Dirty places coming through
Extreme worlds alone
Did you ever like it planned
I would stand in line for this
There's always room in life for this
Oh baby, oh baby
Then it fell apart, fell apart
Oh baby, oh baby
Then it fell apart, it fell apart
Oh baby, oh baby
Then it fell apart, it fell apart
Oh baby, oh baby
Like it always does, always does
Extreme songs that told me
They helped me down every night
I didn't have much to say
I didn't get above the light
I closed my eyes and closed myself
And closed my world and never opened
Up to anything
That could get me along
I had to close down everything
I had to close down my mind
Too many things to cover me
Too much can make me blind
I've seen so much in so many places
So many heartaches, so many faces
So many dirty things
You couldn't even believe
I would stand in line for this
It's always good in life for this
Oh baby, oh baby
Then it fell apart, fell apart
Oh baby, oh baby
Then it fell apart, it fell apart
Oh baby, oh baby
Then it fell apart, it fell apart
Oh baby, oh baby
Like it always does, always does

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Do blog Trans-piração



"É o fim
Chega de rimas fáceis
Essas que enganam
Chega de regras
Que prendem demais
Pois é, é o fim
Chega dessa poesia vã
Imunda e vadia
Não basta o corpo nu
Sem sombra
Não basta a brisa leve
Sem o abraço
Por isso decreto o fim
Não mais pensar muito
Por um simples verso
Que morram as estrofes
Que tudo exploda
E que o mundo continue
Assim sem regra
Sem sentido, rima, riso
Um mar, raso, de mentiras
Onde afogamos nossos falsos poetas
Lá, onde esquecemos nossos sonhos
Onde morrem os últimos raios
De desesperança sã "

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Música


Não está com bom aspecto. Olheiras e uma palpitação constante estampam uma cara que não é de verão. Carrega com o estojo de canetas um sono sem fim. Faltam 10 dias; depois, independente do resultado, uma certa liberdade, um pouco de trégua, de tempo para o sol, para mover as pernas no parque e brincar com o filho. Às vezes, chora ou quase. Prende a angústia como pode, mas não sabe usar cadeados. Está precisando distrair-se. Lembra mais do que deveria da frase escrita nas milhares de páginas no Iluminado: só trabalho sem diversão faz do Jack um bobão. Memórias quebradas, inteiras, imaginárias lhe dão um pouco de eixo. Ouve música no carro, no blog, nas andanças por outros blogs. Música, bendito os afinados que inventaram essa alegria!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quebra-nozes


A coleção que você faz para fortalecer a mim e a esse meu coração. A fotografia não está boa. Sabe como é, a fotógrafa não é lá essas coisas... Anyway, obrigada, Marcelinho.

Brincar de alegria

A água risca o céu diante da janela. Vem o cheiro de bolo, o vento fresco, o nó no sangue. Ela coloca Inspiration, ou seja lá como se chama, para tocar. Defende-se de novo e de novo. Não sente tédio. Sente as perdas e as abstrações. O cão fiel deita-se a seus pés. Bem perto está a caixa de fotografias: crianças, adolescentes, adultos, todos a seus postos. Ela já foi uma menina. Ela guarda a menina e guarda a mulher e as memórias e suas melodias. Ela tem um irmão de verdade, um irmão que também já foi um menino e que guarda o menino e o homem e suas memórias e melodias. Eles viveram perdidos na grande casa branca. Cresceram no amparo das mãos negras e sólidas; testemunharam, com os olhos de águas profundas, os vôos rasteiros das aves mesquinhas. Tantas vezes bicados pelo medo e a solidão e, ainda assim, os dois brincaram e bastante de alegria.



Para o Marcelinho, um dos amores da minha vida.

Quem me chamou
Quem vai querer voltar pro ninho
E redescobrir seu lugar
Pra retornar

E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender a sonhar
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação

A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não
Você verá que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
E não esquecer, ninguém é o centro do universo
Que assim é maior o prazer

Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação


E eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho
Como eu sou feliz, eu quero ver feliz
Quem andar comigo
Lá - lá - lá- lá - lá...
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não.

Lá - lá - lá- lá - lá...
Logo ali à direita, um pouco para baixo, entre as frases do Márai, está " não há sábio capaz de dizer por que um homem e uma mulher se juntam e por que depois se separam". Será que há algum sábio capaz de dizer por que um homem e uma mulher não se juntam mesmo quando não se separam?

A força do pensamento

Ela só queria um bom lugar pra ler um livro...

Abismo



Possessão Parabólica

Então ela olha para as unhas pintadas de vermelho, pede o óleo secante e assopra dedo por dedo porque não dá para sair do jeito que está, nem vestir o casaco ou pegar o dinheiro. Fala à manicure que abra sua bolsa e encontre a carteira de couro. No compartimento de moedas, deve haver o suficiente. Se não houver, é tarde. Os cartões ficaram na gaveta. Na próxima semana, acerta o que deve. Volta e meia, outras freguesas utilizam a desculpa. É chegada a sua vez. Caloteira nunca foi. É verdade. Hosana, nas alturas!

A loira vem descendo as escadas, Rapunzel tingida de água oxigenada e vestida de fada madrinha em liquidação. Os seus cabelos são secos e sua pele sem cor. Ela surge do nada, flutuando o corpo carnudo de um metro e setenta feito um fantasma. Mas ela não arrasta correntes, nem fala em idioma desconhecido. O seu português é audível e calmo. Ouvem-se as palavras por favor, alguém marque um horário para mim, com todas as sílabas. Diante do pedido, espalha-se o silêncio. A manicure intervém e diz:

— Está bem, sexta-feira, às dez horas. O seu nome é?
— O nome dela é Aparecida — responde Hosana.
— Aparecida? Você a conhece?
— Não, nunca a vi.

Então ela olha para a janela e vê a descida íngreme. Pessoas sobem a rua com seus cachorros e roupas de caminhada. Carros descem em alta velocidade. O divã é confortável, mais que a cama freudiana de proteção. O analista, o ser quase invisível, a conta alta no final do mês, se bem que há o bigode e o par de pernas grossas parecidas com as do pai. Ela gosta das pernas do pai, a antena humana, o doutor em assuntos do além. Ela pode falar sobre ele, lembrar as noites passadas em claro e resgatar as legiões do mal. Mas ela o esquece e volta a concentrar-se no início do dia, nos pêlos arrepiados de seus próprios braços e no nome Aparecida. E ela sente saudades da mãe e do seu senso de realidade uterino. A mãe desapareceu.

— Pare de gritar — ele ordena.

Então ela chega em casa mais calma e dá de cara com a irmã gêmea, roendo unhas e vendo televisão. A irmã assiste a um filme de vampiros. Dentes pontiagudos, olhos vermelhos e sangue de jugulares confundem-se com a tela. Sobre o DVD, a saga dá sinais que continua, e outros títulos do gênero já esperam em fila. Um CD chama. Nas letras garrafais está escrito Possessão Parabólica: uma história para quem não teme o passado nem o futuro, uma história sobre a morte de quem segue vivo. Ela vira a caixa e olha a figura: a loira etérea. Como esse filme veio parar aqui? Quem é a atriz da foto? A irmã vem à tona e diz Hosana, cale a boca, ela morreu há séculos. E o espírito da morte entra por suas unhas vermelhas e o sangue do passado range em seus dentes O que está acontecendo? O telefone toca. Toca e insiste. Emudece e volta.

— Filha, é o pai, tive maus pressentimentos. Está tudo bem?

Então ela se cobre com o acolchoado e apaga a luz. Está em sua caixinha de veludo particular, esperando que o medo vá embora e que o dia termine. O comprimido para dormir, tomou; o banho quente, esqueceu. Se eu não a conheço, como sei o seu nome? Se está morta, como a vi? O mundo está cheio de coisas esquisitas. Dois mais dois são quatro do mesmo modo que as pessoas de uma família se parecem com as pessoas de outra e as pessoas vivas se parecem com as mortas. E os seus olhos se abrem e fecham e abrem. É a luz do quarto que se acende, é o pânico que adentra; é o pai que exclama:

—Hosana, é o chamado.

Então eles seguem na estrada, no carro espaçoso, em uma viagem por horas e meses e anos luz, e a noite e a estrada não têm fim. As vidas passando pelo retrovisor, desde a infância até o futuro. Entra o título: Possessão Parabólica. Surge a pergunta: onde está a minha mãe? No coração, os registros gritam está morta. E ela chora e repete a palavra Aparecida. Qual era o seu nome? E o pai não suspira, nem a escuta. A velocidade aumenta. O carro roda no asfalto. O horizonte cresce, e a porta lateral se abre. Hosana, nas alturas!

terça-feira

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A vaga de calor ferve rancores capazes de secar santa catarina. A vaga de calor faz pensar que na terra do sol só existe o diabo. A vaga de calor derrete o bom senso e evapora

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Flores a meus pés

Descalços no parque


Não é a estrada perdida. Nem a Jane Fonda com o Redford no Central Park. É o projeto para um fim que é um começo. Algo interminável, logo ali. Falta pouco, mas um pouco secular, preguiçoso, very slowwww, como diz o Maia no post sobre o Bob Wilson. E lá fora, do outro lado da quadra, o sol sem raiva faz a gente ter vontade de tirar os sapatos, deitar na grama e ficar ouvindo as pessoas e os bichos. E eu gosto de bichos e de pessoas, não necessariamente nessa ordem, ainda que ela, de vez em quando, altere bastante os resultados.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Amigo pra trincheira



Companheiro pra trincheira não pode ser qualquer um. Domingo,o melhor amigo do bipedezinho, um Pimentinha, tão loirinho e danado quanto o Denis, decidiu promover um treinamento de guerra para salvar o planeta e para comemorar o seu aniversário. Camuflagem, armas de água e risada, coragem de faz de conta, trincheiras imaginárias, um universo lá. O meu filhote está fascinado com a idéia. Foi na Tropa de Elite comprar apetrechos para incrementar o seu uniforme. Fui junto que não nasci ontem e porque estou mais excitada que os dois e as outras crianças envolvidas. Sendo assim, comprei uma camiseta camuflada (laranja para combinar com minhas idéias transloucadas) e um chapéu. Comprei para o Pimentinha, um tênis camuflado. Queria um para o meu bipedezinho, só tinha um par :( Tinha o meu número. Eu bem que queria, mas fiz um esforço e não levei. A festa vai ser deles, mas eu já me contento com uma lasquinha!

Enquanto dirige, vai ouvindo...

Bono and Sinatra




Ive got you under my skin
Ive got you deep in the heart of me
So deep in my heart, that youre really a part of me
Ive got you under my skin

Ive tried so not to give in
Ive said to myself this affair never will go so well
But why should I try to resist, when baby will I know than well
That Ive got you under my skin

Id sacrifice anything come what might
For the sake of having you near
In spite of a warning voice that comes in the night
And repeats, repeats in my ear

Dont you know you fool, you never can win
Use your mentality, wake up to reality
But each time I do, just the thought of you
Makes me stop before I begin
cause Ive got you under my skin

terça-feira, 25 de novembro de 2008

There is another Bono with me

A fraternidade é vermelha

Another one do mesmo cd

Glory Box



Im so tired, of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play
For Ive been a temptress too long
Just give me a reason to love you
Give me a reason to be ee, a woman
I just wanna be a woman
From this time, unchained
Were all looking at a different picture
Thru this new frame of mind
A thousand flowers could bloom
Move over, and give us some room
Give me a reason to love you
Give me a reason to be ee, a woman
I just wanna be a woman
So dont you stop, being a man
Just take a little look from our side when you can
Sow a little tenderness
No matter if you cry
Give me a reason to love you
Give me a reason to be ee, a woman
Its all I wanna be is all woman
For this is the beginning of forever and ever
Its time to move over

Planos

Voltar a estudar italiano.

La più bella e dolce canzone di Claudio Baglioni

Não tinha nada escrito. Peguei entre tantos e coloquei para tocar no carro. Lá estavam elas, e aqui está uma: Notte di note.

Vai dormir

Ahã, te peguei. Você tá aí, né? Em silêncio, fingindo que trabalha. Tá desesperado para pegar o casaco e dar no pé. Viajar para outro lugar, no tempo, cair em um túnel black and white. Porque, de vez em quando, o banzo levanta um oceano maior que o aquário e deixa a água e o sorvete sem um pingo de azul. E dá um bocado de sono. Porque eu tou com sono, e eu vou dormir. Eu tou avisando. Vai ter cochilo assim do nada, um sono feito um musical em plena sessão da tarde.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Inspiration

O Bono sentado no banco ao lado. O trânsito lento. A bípede indo buscar o pequeno na escola. No rádio, toca Being Boring. Ela aumenta o volume. Bastante. Segunda-feira é dia do senhor bípede fazer o trajeto. Compromisso extraordinários não o deixaram sair de trás da mesa. Então, lá vai a criatura com seu cão, de orelhas em pé, desconfiado de tão alta música. Um intervalo vem bem, quebra, abre espaço, rompe qualquer CADEADO, ela tem certeza. E rompe com melodia e inspiração. E inspiração é a palavra chave e o motor. Porque não se pode perdê-la. Inspiração é mais que fé. Inspiração é a fé posta em prática. E, se você tem inspiração, você não tem idade, você tem qualidade. When you're young you find inspiration... lalalá lalalá...



I came across a cache of old photos
And invitations to teenage parties
"Dress in white" one said, with quotations
From someone's wife, a famous writer
In the nineteen-twenties
When you're young you find inspiration
In anyone who's ever gone
And opened up a closing door
She said: "We were never feeling bored

'Cause we were never being boring
We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought: "Make amends"
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end

When I went I left from the station
With a haversack and some trepidation
Someone said: "If you're not careful
You'll have nothing left and nothing to care for
In the nineteen-seventies"
But I sat back and looking forward
My shoes were high and I had scored
I'd bolted through a closing door
I would never find myself feeling bored

'Cause we were never being boring
We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought: "Make amends"
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end
We were always hoping that, looking back
You could always rely on a friend

Now I sit with different faces
In rented rooms and foreign places
All the people I was kissing
Some are here and some are missing
In the nineteen-nineties
I never dreamt that I would get to be
The creature that I always meant to be
But I thought in spite of dreams
You'd be sitting somewhere here with me

'Cause we were never being boring
We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought: "Make amends"
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end
We were always hoping that, looking back
You could always rely on a friend

And we were never being boring
We were never being bored
'Cause we were never being boring
We were never being bored

Acrobata da Dor


Entre a paranóia e o misticismo, escolho Cruz e Souza, meu simbolista favorito, não só o meu simbolista favorito, but um dos poetas favoritos entre os meus favoritos, e o seu poema que me dilacera tanto quanto me salva.

ACROBATA DA DOR

Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta...

Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço...

E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.

domingo, 23 de novembro de 2008

Amenidades



Falta de energia. Dor no braço e nos dedos. Medo percorrendo o corpo. O descanço desplugado. O pequeno bípede, em casa, doentinho desde quarta. Vai ter de usar tampões na piscina; sua mãe o tempo todo. Não tem lugar onde vá que alguém não conheça alguém que conhece outro alguém disputando uma vaga. Está cansada de ouvir falar e viver na concorrência. Se vive na concorrência. Está cansada também do Natal e suas decorações over the rainbow. Está três quilos mais magra desde a primeira aula de hidro. Os cabelos estão prontos para serem postos à venda. Um chiado e um cheiro esquisito escapam do secador, tão revoltado quando antigo. Nada do verão chegar. Passou o dia de mangas compridas e casaco. Está de pijama cor de rosa e chambre de bicho pintado, como diz o bipedezinho. A casa até que está arrumadinha. Não teve coragem de ir olhar o setor do senhor bípede. O senhor bípede mandou instalar a net digital há dois dias na sala lá de cima e, desde então, mudou-se para muito além do jardim. O senhor bípede é portuga até a última célula embora tenha mais vocação para Júlio Cézar do que para Dom Joãozinho. A irmã mais velha da bípede fez aniversário e o pai das duas, de novo, esqueceu detalhe tão irrelevante. O braço direito do senhor bípede completou 30 anos, tem a cara e o corpo do Gianechini, e a bípede pode comentar bloguisticamente o fato sem ele se importar porque, querendo ou não, ele ouve Ave Cezar, sim, amo, I love you.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

You must remember this



Perto demais foi impossível o recuo. Os olhos nublados feito a tarde respingaram em seu corpo ágil, e ela teve de abrir espaço sob o guarda-chuva. Ele a segurou pelo braço e ordenou: - vá de devagar; e a frase pequena gemeu baixinho no sangue já acelerado. Incapaz de controlá-lo e sem saber o que dizer, ela encarou o brilho cinza, elemento nem tão surpresa de sua rotina, e, sem consciência, abriu a boca para receber a nova língua.
Não tinha a mínima intenção. Sempre sorriu ao dizer olá, tudo bem, boa tarde. Ele, não.
Escolheu, entre a paranóia e o misticismo, a cruz e a espada.

Licor de ovos



Está na hora de dormir. Não consigo mais escrever. O meu pai de todos está à beira de um colapso. Digitar é fácil. A questão é que sou chegada em uma caneta bic. Adoro o azulzinho para estudar. Minha lata de vazias está tão cheia quanto charmosa. Virou uma instalação derivada do espírito estudantil que me abate. Virei o alvo de uma obstinação franco atiradora. Não me imaginava tão competitiva. Sempre achei um porre de licor de ovos esse tipo de gente. O mundo é um grande ovo feito mais de porres do que de licores, e não tem lei seca capaz de evitar os embriagados. Nem garrafa pet é capaz de contê-los. E se fosse não teria graça porque um bêbado chato é um chato, mas, quando não é, até que fica bem engraçado.

Receita:
Para tomar um porre de licor de ovos, consiga:5 gemas de ovo, 250 gramas de açúcar,
½ litro de nata e ½ litro de bom conhaque. Aí, bata as amarelas com o açúcar, depois, junte a nata e a bebida alcoólica e fique mexendo, mexendo, mexendo.
Quando se servir, junte um pouco de canela e depois desmaie. Que fácil!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ela

Do blog do Maia, que beleza...

Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente.

Se eu fosse um peixinho



Ele sentiu um frio na barriga no primeiro dia. Os quarenta e cinco minutos foram de horror, mal conseguiu caminhar. No dia seguinte, ainda no carro, teve certeza de que, outra vez, a sensação o assaltaria quando entrasse na água. A mãe, sem saber o que falar, recorreu a história de que o medo é uma miragem e disse ao menino que, juntos, venceriam qualquer tsunami. Ele aceitou e, pela segunda vez, os quarenta e cinco minutos derramaram tormento. Ela sentiu aquela dor que sobe pelo nariz e se instala no meio da testa. Afogou-se em dó. Persistente, marcou uma aula a mais por semana, conversou um pouco aqui e um pouco ali com os professores e lá foram os dois. O frio na barriga amornou um pouco, e mais um pouco e, puff, escorregou. De movimento em movimento, derreteu, transformando-se em agilidade e alegria. Contentíssima, ela levou a máquina para fotografar o filho, que, agora, além de criança, é também um adorável peixinho.

sábado, 15 de novembro de 2008

Penélope de luxo

Está ou não está parecida com a querida bonequinha?

Barcelonices



Fui ao cinema ontem, uma sexta-feira à noite. Nem eu acredito. Vi o filme do Woody Allen. Sala cheia. Uma moça falante, sentada ao meu lado, dando tapas nas mãos do namorado. Um delícioso saco de pipocas nas minhas. O filme em Barcelona. Não conheço, por enquanto. O Barden, a Penélope e as americanas. Eu não sou muito fã dessa nova geração made in USA. Anyway, duas interessantes americanas. Entre eles, como sempre, as amenidades e os conflitos das relações. Triângulos, como gosta de citar o senhor bípede. Lá pelas tantas, a constatação de que um poeta não se deixa publicar por raiva, vingança. Vingança de quê?, alguém pergunta. Da civilização que em milênios consideráveis de homo sapiens ainda não aprendeu a amar. Sei lá. I love my son. E vale dizer porque nem toda mãe é mãe e ama sua cria coisa nenhuma. De qualquer forma, I love outras pessoas também e não só o digníssimo marido. Amo profundamente minha melhor amiga. Tem sido ela the love of my life porque somos amigas, firmes e fortes e constantes, desde o berçário, e isso não é pouco. Mas, voltando ao filme e aos triângulos, fiquei me perguntando e sigo com a questão se existe amor romântico ou erótico ou ambos fora de tal figura. Mesmo quando não há três criaturas explícitas, raramente estão ali só duas. A gente sempre pensa estar vendo um casal, bonitinho e lovely, como quase todos quando são just two of us. O que a gente não enxerga é o ego, por vezes, enorme, de mãos dadas, persistente e generoso, apenas com seu dono.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Uma morticia


A vida como ela é nem sempre tem charme. Tem calos nos dedos, cabelos desgrenhados e um infalível par de olheiras. E eu ainda tenho o descaramento de achar que a mãe de uma outra criança se parece com a Morticia. Quem se parece, sou eu - embora a outra seja mais alta e elegante e use mais pulseiras - e eu não tenha tantas curvas nem seja assim um uau. De verdade, gostaria de ficar por aqui lendo outros blogs e escrevendo no meu. Não posso. Tenho de ir estudar. Tenho. Tenho. Tenho. Então, lá vou eu!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Em algum lugar do passado


Em 1999, escreveu o Amor em Família. Na época, estava grávida de uma barriga redonda. Houve um estouro, e ela desinflou, perdendo a forma e o filho que nela vivia. A criatura mergulhou em dias difíceis de silêncio e dor. Mas foi salva pelas palavras. Restaram, porém, as memórias, um pouco partidas, como as que carrega da mãe. Uma mãe artista, que lhe viu sob diversas faces e a registrou em muitos retratos, como o da guria e o cão que ao blog ilumina.


Amor em família


Estou aqui sentada há uma meia hora, e a movimentação nas minhas células ainda é intensa. Latejam as paredes que as revestem. Não sei se é meu corpo ou minha cabeça que insistem com a tempestade ou se sou eu que faço um estilo mexicano, mas o fato é que não consigo me dominar, e as lágrimas jorram como se o meu reservatório emocional fosse feito de um plástico furado ou de um útero incapaz. Não te contei que estou grávida, não é? Sim. Estou. Já são vinte e quatro as semanas que crescem em mim. Minha barriga está grande e altiva, como se fosse eu própria o trono de um rei ou uma fada madrinha. No entanto, o que eu ofereço ao meu filho é pouco, beira a miséria. Reinam ao meu redor, a desordem e a solidão. À minha mesa não sentam mais os inocentes e, quando nos reunimos, pai, irmãos e ausência, é a luz do desafeto, a vela que ilumina.

Lá pela metade da década de setenta, eu fiz seis anos. Na época, minha mãe andava esbanjando energia. O meu aniversário foi em julho, em um inverno quente de tão gelado. Ela me convidou para entrar em seu quarto – território proibido -- , me deu um beijo e uma boneca e falou parabéns. Depois, disse que eu podia sair. Obedeci. E com o pacote na mão, desci a escada negra e fui sentar em uma poltrona do gabinete do meu pai. No trajeto, não encontrei ninguém. Foi como se eu fosse única e não houvesse família. Então, fiquei lá, ancorada sobre o couro vinho, somando minhas lembranças, pensando no quanto elas já eram longas e em como eu deveria me comportar. Seis anos eram um bocado de dias.

O meu filho está se movendo. Não para de me dar sinais. Sei que ele quer me dizer algo, talvez pedir ou dar ajuda. Às vezes, nos momentos em que somos apenas nós dois e os gritos do passado não afloram das bocas de nossa família, trocamos segredos, e eu o entendo. Não que eu não saiba decodificar mensagens. Eu sei. Juntos, nós brincamos de telepatia - telepatia umbilical. Um jogo para toda a vida e que, se agora está falhando, é porque a água, com gosto de sangue, já não me sufoca, mas a inquietação insiste. Circula feito um moinho de vento, bombeando cansaço em meu coração e me mandando dormir.

Quando chegaram os anos noventa, minha mãe morreu. Em uma segunda-feira qualquer, recebi o telefonema: venha logo que ela não está bem. Fui. Vim, estancando o medo com raiva e alucinações. Ela estava mesmo mal. A pulsação era de vida, mas o câncer a vencia. Eu entrei em casa, e nós sentamos no gabinete de meu pai. Ela na cadeira de rodas; eu, outra vez, na poltrona. Minha mãe olhou para o meu rosto e para o painel de quadros na parede. Ganhei um beijo, ela entregou-me um novo retrato e disse para eu sair. Saí. Foi como se eu fosse única e não houvesse família.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

My way



Eu gosto do velho e mal Frank. Mas a fria é grande e ninguém melhor que um pingüim para fazer cócegas nos meus ouvidos.

And now, the end is near;
And so I face the final curtain.
My friend, Ill say it clear,
Ill state my case, of which Im certain.

Ive lived a life thats full.
Ive traveled each and evry highway;
And more, much more than this,
I did it my way.

Regrets, Ive had a few;
But then again, too few to mention.
I did what I had to do
And saw it through without exemption.

I planned each charted course;
Each careful step along the byway,
But more, much more than this,
I did it my way.

Yes, there were times, Im sure you knew
When I bit off more than I could chew.
But through it all, when there was doubt,
I ate it up and spit it out.
I faced it all and I stood tall;
And did it my way.

Ive loved, Ive laughed and cried.
Ive had my fill; my share of losing.
And now, as tears subside,
I find it all so amusing.

To think I did all that;
And may I say - not in a shy way,
No, oh no not me,
I did it my way.

For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught.
To say the things he truly feels;
And not the words of one who kneels.
The record shows I took the blows -
And did it my way!

Open the door, please

A mãe morreu muito antes do meu filho nascer. Nunca viu nem sombra da minha barriga. Boa mãe ela não foi. Boa avó estava sendo para as minhas sobrinhas.
O pai nunca morreu de carne e osso. Pode ver a sombra, a barriga e o neto. Não quer. É demais lembrar que alguém faz aniversário; de nomes de atores, diretores, produtores e todos os ores da indústria cinematográfica, é fácil.
A mãe brigava com ele por causa do excesso de filmes e da falta de excessos com os filhos. A Medusa não briga nem vê os filmes, tampouco é mãe. Programas de auditório são suas crias. E depois eu é que sou a macaca? Filme em preto e branco, bah, pílula para dormir. Roncam as cobras de sua maldade. O pai, meu, não dela, não se importa. O importante é como era verde o meu vale e quanto valem as vinhas da ira.
A mãe tinha complexo de Gilda. O pai tem um quê bem quê de Norman Bates. Eu tenho pavor de portas fechadas e de banheiras com cortinas. Prefiro janelas e bonequinhas.



De volta a minha mesa, ao meu teclado e ao meu mouse de bolinha. Sigo estudando.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Difícil


O computador do senhor bípede é mais veloz que o meu e tem um monitor muito maior, mas cada macaco com seu teclado e seu mouse. Esses daqui definitivamente não são o meu galho.

Janela Indiscreta


Meu micro foi atingido. Não é paranóia. Havia um espião, certamente, iludido, tentanto encontrar alguma riqueza em minhas dependências tecnológicas. Frustrado, atacou a máquina e agora a pobrezinha, em repouso forçado, espera o atendimento do doutor Daniel. Enquanto, esse não chega, pego emprestado o computador do caríssimo senhor bípede, dono de invejável sistema de anti-vírus e de melhor ainda arquivo de imagens. Novidades interessantes não tenho. Segue a rotina vidrada em canetas e leis. Por hora, não me é permitido virar a página.

P.S. A imagem é do filme Janela Indiscreta. Adoro!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os irmãos Karamázov

Não é a hora, nem o momento. Não poderei abrir antes do famoso dia. Mas eu quero, eu preciso, eu tenho de ter e tenho porque a tradução é direta do russo, porque já li todos os outros livros que a 34 publicou dele e porque a gente pode passar a vida sem tomar chá com o Fiodor, mas sem lê-lo, não.

antes de amanhecer


Está para lá de tarde, mas minha bipedice me levou a navegar por outros blogs e, sem querer, encontrei aquele poema que uma vez quis e nem sei por que não procurei.

"Parem todos os relógios, desliguem o telefone.
Evitem o ladrar do cão com um osso apetitoso.
Silenciem os pianos e com tambores surdos
Tragam o caixão, deixem vir os que choram.

Deixem que os aviões gemam lá em cima,
Escrevendo no céu a mensagem Ele está morto.
Ponham laços de crepe nos pescoços brancos das pombas públicas,
Façam o guarda de trânsito usar luvas negras de algodão.

Ele era o meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste.
Minha semana de trabalho e meu descanso de domingo.
Minha lua, minha meia-noite, minha fala, minha canção;
Pensei que o amor ia durar para sempre - estava enganado.

Não preciso mais das estrelas, apaguem todas;
Guardem a lua e desmontem o sol;
Esvaziem o oceano e acabem com as florestas,
Pois nada agora pode ter qualquer utilidade."

Parece que pesquei do blog não leia (não tenho certeza)em que o bloguista diz: poema declamado no filme Quatro casamentos e um funeral, de Mike Newell, e atribuído a W. H. AUDEN (1907-1973), poeta inglês de estilo solene e coloquial.

Já é madrugada


Three o´clock in the morning outra vez. Nas últimas noites, dormiu um pouco mais cedo. Uma dor na ponta do dedo polegar rumo ao ombro e a enorme lentidão para escrever a colocaram em leve molho. Na piscina, alongou feito um elástico. Tomou uns comprimidos de Tandrilax, em casa, porque não vai morrer agora que vislumbra a areia fina e branquinha. Depois do dia 14 de dezembro, é nela que deitará feito um lagarto. Certamente, o pequeno bípede estará por perto. A lista de coisas para a mamãe bípede fazer com ele não para de crescer. Os dois não param de crescer. Como no filme Pequena Miss Sunshine, a bípede acredita que vencer é tentar e de verdade. Houve um tempo em que ela não pensava exatamente assim; um tempo em que a criatura sofria de cretinice aguda. Agora, sofre de cretinice ocasional. Pode ser quem um dia sofra de rara. Talvez, fosse o caso de fazer uma aposta, ou, então, de marcar a resposta certa. Mas a bípede está tão cansada e, além do mais, já é madrugada.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Bicho de sete cabeças



Um bicho de sete cabeças se esconde na minha. Um bicho de olho na tocaia alimenta minhas paranóias enquanto as devora com prazer. Um bicho de sete cabeças gira meus instintos e sacode minhas certezas. Aguça minha fúria pedindo a ela por ternura. O bicho não se enamora da Hidra nem de seu Hércules mutilador. O bicho move o sangue, aniquila invasores. O bicho tem sete cabeças. Não tem sete vidas. Por certo, não há de ter também sete corações.

Bípede, o construtor

Ele é pequeno, tem as mãos pequenas, uma certa dificuldade para usá-las e quer ser arquiteto. Mamãe bípede gostaria de ter sido arquiteta. Não diz nada para não influenciar. Vai ficar quietinha, torcendo. Quem sabe um dia ele será?



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Calmaria


Parece que os relógios pararam. A criatura está estudando, calma. Estado de necessidade total. Chorando ninguém aprende; com raiva, menos ainda. Se não der tudo certo, não deu. Dará um dia. A marcha continua; não de coturnos que as pernas e a mente preferem a disciplina das bailarinas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dica do blog do Maia



Sempre tem alguém igualzinho a gente ! No caso, o careca ali sou eu, ainda que eu tenha uma cabeleira.
http://ffffound.com/

raiva nos raios de sol


Meu livro segue adormecido à espera do beijo meu. Na caixa de papelão e em um arquivo .doc, guarda a raiva sem os raios de sol. Odeia a minha insubordinação, pisoteado por traças e pelo silêncio. Inveja as páginas, bordadas à mão, que dedico a estupidez humana decodificada em leis. Não entende a mecânica dos interesses modernos. Sofre com a criatividade mutilada, com o eterno retorno ao último lugar da fila de espera. Meu livro não conhece o do Fernando; talvez, nunca o conheça, porque, por alguma razão, eu posso muito bem ser apenas uma farsa.

Imagem: capa do livro
raiva nos raios de sol
Fernando Mantelli
http://www.naoeditora.com.br/sobre/
No site, dá para ler um conto - Medo e delírio em Alvorada -, by the way, um dos meus favoritos.

domingo, 2 de novembro de 2008

Mil e uma


Não tem mil e uma utilidades, não são mil e uma noites, são quase mil e uma páginas do dia 9 de junho para cá. Antes do nascimento dos arquivos, havia os cadernos. Não foram numeradas as folhas; logo, não se sabe quantas são. Talvez mil e uma também. No início da década de 80, ela era uma menina; no final, uma moça. Na de 90, começou moça e terminou uma mulher. Nesse milênio, deu a largada se sentindo mulheríssima, parindo o pequeno bípede. Agora, chora sentada de cansaço físico e mental. Nem se olha no espelho, apesar de seguir com os cremes, se olhar, tem certeza de que vai enxergar uma velha, velhíssima e de óculos, mesmo que ela ainda enxergue sem eles mil e uma páginas e muito além.

O livro da minha vida


Já que a folga tá rendendo, e a minha bipedice não me levou, ainda, de volta para a mesa de estudos, segue a minha homenagem ao livro da minha vida, que me acolhe mesmo quando jorram as minhas lágrimas sobre suas páginas. Eu não vivo sem você, Lavourinha!

Small town girl



Nos anos 80, arrumar as malas e pegar um ônibus. Deixar o café com leite, as bonecas e as referências para trás. Percorrer as curvas da estrada fatal até memorizar o caminho e reescrever as dores. Desenhar no canto do caderno uma casinha e depois chorar e chorar sem lenço e comprimidos. Caminhar quadras errantes na cidade desconhecida. Entrar em pânico, sair do pânico, ganhar o pânico. Percorrer corredores de ensino, aulas, músicas, corpos sarados e agitados. Eliminar os não quereres. Procurar os novos. Fazer e desfazer e refazer e dançar e correr pelo parque, pelas festas, sem pai, nem mãe, nem um olhar pra viver e poder arrumar as malas e pegar outros ônibus e beber de outros líquidos e brincar outras vezes em outros lugares, sobrevivendo as surpresas e às mágoas sem melodia.
You leave in the morning
With everything you own
In a little black case
Alone on a platform
The wind and the rain
On a sad and lonely face

Mother will never understand
Why you had to leave
But the answers you seek
Will never be found at home
The love that you need
Will never be found at home

Run away, turn away, run away, turn away, run away.
Run away, turn away, run away, turn away, run away.

Pushed around and kicked around
Always a lonely boy
You were the one
That theyd talk about around town
As they put you down

And as hard as they would try
Theyd hurt to make you cry
But you never cried to them
Just to your soul
No you never cried to them
Just to your soul

Run away, turn away, run away, turn away, run away.
Run away, turn away, run away, turn away, run away.

Cry , boy, cry...

You leave in the morning
With everything you own
In a little black case
Alone on a platform
The wind and the rain
On a sad and lonely face

Run away, turn away, run away, turn away, run away.
Run away, turn away, run away, turn away, run away.

Ontem assistindo o Live 8 London



Lembrei de que gosto de Keane... e desisti de ser, na próxima vida, macaca para ser britânica, que é quase a mesma coisa que ser uma insana livre e feliz e romântica... porque a minha bipedice não me leva a nenhum lugar além da minha mente movediça e sentimental...

"Somewhere Only We Know"

I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete
Oh simple thing where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me?
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?

Oh simple thing where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

So if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?

Oh simple thing where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

So if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
So why don't we go

This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lavoura Arcaica


Minha homenagem ao livro que mais li e lerei na minha vida. Amo você, Lavourinha.

Livros doces livros


Começou a feira do livro. Eu não gosto da feira do livro. E também não tenho nada contra quem gosta. Não aprecio porque escolher um livro é muito mais do que comprá-lo. Porque eu preciso olhar a capa, tocar o papel, cheirar as folhas e ler um trechinho até me decidir, e na feira tem de tudo, menos tempo e espaço. E é preciso interesse, para não dizer envolvimento, na hora de escolher um livro, porque eles carregam mais que histórias. Livros são como um lar, doce lar. Não são objetos inanimados e solitários, ainda que assim eles passem a maior parte do tempo. Eles nos abrigam e acolhem, oferecem facetas, sentimentos e idéias a qualquer hora e em qualquer contexto. Ignoram nossas olheiras, nosso mau-humor, nossas mesquinharias. Simplesmente se entregam e sempre. Nada como ler o mesmo duas, três, quatro, cinco vezes.Livros, quando de verdade, nos transformam e mudam, e como, dentro das próprias palavras.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

E a macaca

Bah, a Heleninha tá tão magrinha. Ninguém dá uma banana pra ela!

Pensando bem...

Nem todo mundo é ao vivo e em cores na minha vida, mas ainda assim tem vida e cores e gosto deles assim sem ser mas sendo.

Em cores


Estava lendo o Família amo vocês, do Luc Ferry, quando parei de ser lente para ser estudande em regime de colégio interno. Outro dia, dei de cara com ele, o homem, nas páginas amarelas da Veja. Outro dia é modo de dizer, já faz algumas semanas. Sei lá. Eu estava gostando muito da história de que a grande revolução do século passado, o meu, diga-se de passagem (nada como ser old fashion e ter um filho de terceiro milênio), é a da intimidade. Até então, casava-se e tinha-se filhos e fazia-se amigos por todo e qualquer motivo, except love. Porque o amor era uma bobagem pouco importante. E ninguém amava ninguém, nem João a Maria e Maria a Joana e por aí vai. Ou, se amava, não se incomodava de abrir mão. Sei lá. O que sei é que me incomodo em abrir mão dos meus amores ou de largar a mão, para não dizer o pé, sobre eles, porque os meus afetos são as minhas inspirações, os meus motores e a minha revolução. É por eles e com eles, com suas singularidades e variadas idades, que a rotina tem graça e os sonhos, sonhos. Porque eles não são muitos, mas são ao vivo e em cores, ainda que, em certas épocas, a gente não se veja ou se veja tão pouco.

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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