sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lavoura Arcaica


Minha homenagem ao livro que mais li e lerei na minha vida. Amo você, Lavourinha.

Livros doces livros


Começou a feira do livro. Eu não gosto da feira do livro. E também não tenho nada contra quem gosta. Não aprecio porque escolher um livro é muito mais do que comprá-lo. Porque eu preciso olhar a capa, tocar o papel, cheirar as folhas e ler um trechinho até me decidir, e na feira tem de tudo, menos tempo e espaço. E é preciso interesse, para não dizer envolvimento, na hora de escolher um livro, porque eles carregam mais que histórias. Livros são como um lar, doce lar. Não são objetos inanimados e solitários, ainda que assim eles passem a maior parte do tempo. Eles nos abrigam e acolhem, oferecem facetas, sentimentos e idéias a qualquer hora e em qualquer contexto. Ignoram nossas olheiras, nosso mau-humor, nossas mesquinharias. Simplesmente se entregam e sempre. Nada como ler o mesmo duas, três, quatro, cinco vezes.Livros, quando de verdade, nos transformam e mudam, e como, dentro das próprias palavras.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

E a macaca

Bah, a Heleninha tá tão magrinha. Ninguém dá uma banana pra ela!

Pensando bem...

Nem todo mundo é ao vivo e em cores na minha vida, mas ainda assim tem vida e cores e gosto deles assim sem ser mas sendo.

Em cores


Estava lendo o Família amo vocês, do Luc Ferry, quando parei de ser lente para ser estudande em regime de colégio interno. Outro dia, dei de cara com ele, o homem, nas páginas amarelas da Veja. Outro dia é modo de dizer, já faz algumas semanas. Sei lá. Eu estava gostando muito da história de que a grande revolução do século passado, o meu, diga-se de passagem (nada como ser old fashion e ter um filho de terceiro milênio), é a da intimidade. Até então, casava-se e tinha-se filhos e fazia-se amigos por todo e qualquer motivo, except love. Porque o amor era uma bobagem pouco importante. E ninguém amava ninguém, nem João a Maria e Maria a Joana e por aí vai. Ou, se amava, não se incomodava de abrir mão. Sei lá. O que sei é que me incomodo em abrir mão dos meus amores ou de largar a mão, para não dizer o pé, sobre eles, porque os meus afetos são as minhas inspirações, os meus motores e a minha revolução. É por eles e com eles, com suas singularidades e variadas idades, que a rotina tem graça e os sonhos, sonhos. Porque eles não são muitos, mas são ao vivo e em cores, ainda que, em certas épocas, a gente não se veja ou se veja tão pouco.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Os dias



Do blog Sem Cerimônias, onde passo alguns instantes do meu dia, para esquecer um pouco as horas e a dor de cabeça:
"Nada.
Não.
Talvez.
Não sei.
Ler.
Reler.
Aprender.
Fazer.
Comer.
Escrever.
Surpreender.
Desfazer-se.
Escurecer.
Dormiu.
Partiu.
Não viu.
Sonhou.
Acordou.
Pulou.
E tudo de novo, recomeçou. Nada, não... "

É isso, mais ou menos,a rotina. Talvez, com um pouco menos de comida do que se deveria, porque de uns dias para cá, perdi a fome; com um pouco mais de fazer porque tem a vidinha do pequeno bípede com seus compromissos e necessidades de criança; e com um pouco de escurecer sem sonho porque quase já não durmo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sorry

É... a criatura tá meio surtadinha... com o sono atrasado...o braço direito pra lá de dolorido...e não dá pra sair de férias... não antes do tal dia...

Coagulada



Não abro. Tem gente feliz mandando email infeliz. Mandam porque não checam e não se importam. Se um cavalo defecar em seus micros, chamam um empregado para fazer a limpeza, ou, então, desligam o escolhido para se religar em um próximo. Porque sempre tem um próximo para ser usado e usado até segunda ordem. Porque tem gente que vive na mais perfeita ordem, na mais perfeita felicidade, com o mais absoluto controle. Povo que sai bem na foto, no filme, na falsidade. Gente winner, pra não falar dos loosers, que ninguém mais quer saber de quem não é e não tem nem será o que não sei. Porque o negócio é ser loira química e peituda. Loira e peituda é pura química, se usar esmaltes escuros nem se fala. Vira o prato favorito dos canalhas pela verosimilhança egocêntrica. Que ser macaco ou gente não tá com nada. Tem de ser uma loba e andar com lobos e trocar de roupa e de alma porque o lance é se lançar no nada e do nada fazer bastante sacanagem, que o corpo vale mais que a mente e adoece menos que a mente, que enraivece e surta e fecha as saídas e embaralha as escolhas e diz não abro, não abro e não abro nem que fique coagulada.

Pois é




Votamos. Ele votou. Escolheu, foi lá e digitou. Assisti na boa. Ninguém disse nada. Tudo normal. Rápido. O cara venceu. A mulher, putz. Cremada. Sempre assim. Voltou pra casa. Vai ver foi a lavar a louça. Ou será que tem quem a lave até no final de semana? Lava-louça lava, mas não coloca a tralha, nem tira, nem guarda. Ajuda uma ajuda de meia tigela. Igualzinha a da lava-roupa. Entrega centrifugada e amassada. Um lixo. Um luxo de lixo moderno para quem não tem modelo com secadora estilo Brastemp. E ninguém mais fala em Brastemp, nem os sacos de lixo, que rasgam se a gente puxa a cordinha, não o saco, a cordinha, que também não tem nada a ver com a história e nem com o supermercado, onde o empacotador vem e diz: quer levar as compras em caixas? E você pensa, não, obrigada, quem é que vai carregar? Aí, ele mostra as sacolas ecomundernas a dois real meu irmão, e a gente ganha algumas na promoção, sem pedir emprestada, nem nada. Vão vindo, o povo colecionando, gerundiando para dar nos nervos, e transformando tudo em luxo limpinho até a hora que tudo encarde e vira poeira, não pó, que esse é o jeito que a minha religião permite.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Lixomania


Cada macaco com seu blog ou blogs. Esse é o meu lema! Nos meus galhos, cabem montes. E adoro luxo e lixo, principalmente, quando se trata de lixomania. Sou fissurada em restos. Fui a raspa do tacho. Quando nasci, minha mãe me disse: vai, guria, vai ser criada pela Terezinha. Fui e de lá não saí. Sigo com a Terezinha. Tou com ela e não abro. Mãe é e não é mãe coisa nenhuma. Mãe é quem quer e ponto. Eu marco muitos. Me revelei boa de cria e boa de leite. Tá certo que só tenho um, mas cuido do um com C maiúsculo e sem preguiça, que não tenho preguiça, tenho banzo da pré-história e da minha vida de macaco. Saí pra lá minha vida de menina. Cedo, já queria ser gente grande pra ter minha própria árvore e arrancar minhas próprias folhas, que detesto quem tem mãos de tesoura. Lixo se rasga. Não se corta. Não sei como é que tem gente que não entende.

No sem cerimônias


Alimento uma ovelha e dou banho em um porco chuvinista: rosinha para facilitar o trabalho;
Leio contos e cacos azuis inteiros e aos pedaços de um vaso que eu poderia ter quebrado;
Nos detalhes, descubro ludicices, ou ludelícias desenhadas e aquareladas, pintadas e outros adas em forma de bonecas e de Rio de Janeiro. Ah... o Rio de Janeiro;
Anoto, também, a receita do bolo a ser feito, e penso sobre a hora certa de chegar no concurso, item importantíssimo;
No Sem Cerimônias, às vezes, fico feliz; outras, melancólica. Mas sempre a vontade, mais ou menos como em uma piscina, onde esqueço as palavras, o cansaço e o medo de não lembrar de tudo e do tanto que estudo.

No Sem Cerimônia

No

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ela é esquisitinha


Nunca mais foi ao cinema. Perdeu pouco. Não leu mais. O último livro foi fechado há tanto tempo que ela não sabe a data. Talvez, uns dois meses. Bastante para quem gosta de ler. Em frente ao prédio em que mora, uma vitrine natalina foi montada. Cedo para o Papai Noel, pensou ela, pedindo ao velhinho que lhe traga um bom dezembro. Ela não acredita em velhinhos, anjinhos, santinhos. Pediu por pedir, pelo vício da sociedade cristã. Foi à farmácia comprar remédios, foi a terapia procurar remédios, estuda remédios constitucionais. Uma dorzinha chata acompanha sua cabeça durante a maior parte do tempo. Dorme com ela, acorda com ela. O processador neurótico repassa conteúdos e lhe faz perguntas nas poucas horas de sono. Ela responde uns, mistura outros e, de um modo intruso, pede ao sonho obsessivo que se transforme em algo mais divertido. Ele não obedece. Deveria. Ela é obediente. Uma coisa não tem a ver com outra ou tem. Ela não sabe. A pergunta oferece múltipla escolha e por hora, essa é a última coisa que ela deseja fazer.

Eu nem acredito


" Meu partido
um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Freqüenta agora as festas do "Grand Monde"
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
O meu prazer
Agora risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem sou eu
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver"

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Socorro


Não tem sobrado tempo para o blog. Faltam 4 minutos para as quatro da madrugada, e só agora terminei a meta de hoje. O cálculo aproximado é de 39 dias para terminar toda a matéria. As duas semanas de dezembro serão apenas para releitura. Pelo volume, são pelo menos 8 horas por dia de estudo. Uma coisa de gente louca. Por que não montar com as amigas um negócio? Para fechar as 8 horas, tenho de estudar a metade durante a madrugada. Quando vem o dia, acorda o marido, depois o filho, recomeça a rotina, a casa, os compromissos, o vai e vem do trânsito. As 4 horas restantes são arrancadas à força, muita força pra enlouquecer e ainda manter a cabeça.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

De repente


De repente a sensação de que pode dar certo. Quarenta canetas sem tinta dentro da lata da Audrey; algumas centenas de páginas nos cadernos e no arquivo; a louca do concurso viciada em chá preto e em hidro-ginástica. Para tirar um tempo da banca, resolveu alguns exercícios do tribunal de SC. Viu que pode cair qualquer coisa e, como vem lendo toda e qualquer coisa, acertou tudo - até o fura fila dos precatórios quando se trata de pensão alimentícia. Conclusão, embora louco e desatinado estudo, muito além dos macetes e dicas do cursinho, a criatura escolheu o único caminho possível. O da sorte existe para os outros. Never for her. Porque a louca do concurso tem de exercitar os neurônios, mover os músculos e derrubar florestas quando quer algo, e ela não é de ter muitos quereres, mas quando quer, quer, e, se é assim, antes louca do que sem vontade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Coelhices


O coelho maluco não me deixa em paz. Engole minha calma, levando com ela o que resta do meu bom humor. Passa o tempo gritando nos meus ouvidos que os segundos passam. Eu já estou surda de ódio, procurando em leis o segredo do crime perfeito. Minha salvação é a piscina. Se eu não fosse gente, nem futura macaca, e pudesse escolher, seria água - potável, é claro - porque sou complicadinha, mas não sou tóxica. Meus venenos têm antídotos, e eu os distribuo, se for o caso, com prazer. Com o mesmo que como bananas e chocolates, aqueles escondidos, que o coelho maluco nunca vai comer.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Azul

Na minha piscina



Na minha piscina tem: um cheiro de azul, a água morna, o sal, as crianças, o movimento, o descanso, os pensamentos, a superação, as idéias, os planos, o prazer, as surpresas, o barulho, o silêncio, o tempo, a leveza, a força, a persistência, a amizade, as diferenças, os desafios, o equilíbrio e a Heleninha.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Journey



Don't stop believing

Just a small town Heleninha, livin in a lonely world
She took the midnight train goin anywhere
Just a city boy, born and raised in south detroit
He took the midnight train goin anywhere

A singer in a smokey room
A smell of wine and cheap perfume
For a smile they can share the night
It goes on and on and on and on

Strangers waiting, up and down the boulevard
Their shadows searching in the night
Streetlight people, living just to find emotion
Hiding, somewhere in the night

Working hard to get my fill,
Everybody wants a thrill
Payin anything to roll the dice,
Just one more time
Some will win, some will lose
Some were born to sing the blues
Oh, the movie never ends
It goes on and on and on and on

Dont stop believing
Hold on to the feelin
Streetlight people

lalalalá

Girando os ponteiros


À noite, meu relógio é generoso. Anda devagar pelas madrugadas, permitindo o estudo de o dobro e o triplo de matérias. Silencioso e regado a chás, alívia a angústia e o medo do tempo que se esgota. Pela manhã, cobra a gentileza, fechando os meus olhos doloridos com tantas palavras. Quando chega essa hora, me faz acreditar nas intermitências necessárias. E, então, mesmo correndo, gira os ponteiros a favor do blog, e lá venho eu, por uns minutos, com as minhas bipedices.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

So close, so close...


Three o’clock in the morning, it’s quiet and there’s no one around. Os dedos da mão direita doem. Novos calos surgiram nos últimos dias, e com eles, novas dores. Uma nuvem pesada competiu com o sono e o sol de domingo. A criatura, amedrontada, sentiu vontade de chorar. Esperança é a confiança no improvável, disse o senhor de idade doce. Ela guardou a frase. Ela guarda frases e frases há um ano. Palavras com sentido, mas sem significado se não for o contrário.

sábado, 11 de outubro de 2008

Preciso também ...


... fazer uma lista do que papai ensinou; e uma lista do que mamãe ensinou. Ela que começava, todo dia, a sua com as palavras "fazer a lista e depois passar para a Tere". Gente esperta... Gente sua, me diria a minha tia. É ... gente minha...100% fora da casinha.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Tentação


Caríssimo senhor bípede, seria possível passar em um supermercado no final do dia para comprar os seguintes ingredientes: maionese de leite, açúcar de confeiteiro e uma barra de chocolate meio-amargo? Eu sei que o senhor deve estar pensando que tem uma na dispensa, mas a verdade verdadeiríssima é que eu a comi inteirinha, pedaçinho por pedaçinho, sem oferecer nem uma lasquinha para os outros bípedes da família. Comi escondida feito um rato com seu queijo ou a Branca de Neve com a maçã vermelha ( se bem que a pobrezinha deu só uma mordida) e comi assim porque me deu um surto de gula homérico, digno de uma Odisséia. Foi algo assim como ser Penélope depois de um ano de ausência de seu estimado marido. O que ela poderia fazer além de tricotar e comer? Talvez, arrumar um bom emprego, mas a época era outra e, se o mundo não é dos melhores agora, imagine antes!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ah, não!


Não é que esfriou de novo. Eu não gosto quando faz frio, porque, quando faz frio, eu sinto fome, e, quando eu sinto fome, eu como e aí já viu. E eu to tão magrinha, com a cintura e as coxas mais fininhas, e eu não tava exatamente assim. E não foi tão fácil fechar a boca e aumentar os exercícios e tomar chá e mais chá e mais chá para não engordar. Porque, quando a primavera resolver existir, voltam os vestidinhos, e eu sou louca por vestinhos. E eu sou louca por tempo bom, e o frio não ajuda. Não ajuda o meu pequeno, que até agora não tinha se resfriado e, agora, tá com os olhos molhados e o corpo dolorido e a cabeçinha desanimada às vésperas do feriado das crianças. E amanhã tem festa na escola e na natação, e será um crime se ele não puder ir.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Em busca do eu existo


Mergulhada em leis, obrigações e outro blablablás, a bípede se deu conta de que o maior e mais importante direito de um homem é o de viver a própria vida. Ninguém, nenhum bebê desse mundo (nem dos macacos), deve viver a vida de seus pais, avós e outros mortos. O direito à própria história é o mais importante e significativo da existência.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Uma pulguinha


Então, tá. O primeiro turno foi. O segundo tá definido. Amanhã, recomeçam as loucuras. Não sou uma cidadã contente. Quanto estava chegando na minha zona de votação, estava saíndo um candidato; cercado, o coitado, por políticos e pela imprensa. Na minha cola não tinha nem o meu pequeno bípede. Este ano, queria votar por mim de verdade. Só apertar os botões, não. Queria eleger o seu candidato. O voto é para maiores de 16 anos e esse título é meu, eu disse. Mas a pressa do bichinho já ia me atropelando. Ficou em casa com o pai. Fui e voltei, pensando no cego que levou dez minutos para votar, no cara que morreu atrás da urna, no chão enlameado do Parcão e que não sou nota 10, como dizia a minha prof. de eleitoral. Quem é? Meus dois candidatos escolhi, na última semana, com uma pulguinha pulando sobre o meu título. Meu vereador está na lista do jornal. Uma votação significativa, vinda de insignificantes feito eu e você e ele, mas isso, agora, não interessa. Pelo menos por hora que o assunto ainda precisa ser pensado e, no momento, não penso, decoro pra ver se um dia eu existo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O direito a break


É sexta-feira. Não é 13. O dia está ensolarado. A criatura está mais bem humorada. A matéria está sendo estudada. Novos livros e leis foram incorporados. O tempo ficou curto, mas ainda existe. Então, ela vai sair, à noite para jantar e tomar um vinho, que a vida támbém é feita de família e de bons amigos!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

No planeta dos macacos

O pai da bípede é um cara muito espiritualizado. Diz que o planeta dos macacos se aproxima. Os espíritos de pouca luz, feito a bípede, devem ser removidos desse planeta de homens e recolocados no mundo dos galhos em breve. A bípede está tão preocupada, mas tão tão tão preocupada com possibilidade tão tão tão próxima, que resolveu já ir treinando suas macaquices e preparando o visual. Sangüínea do jeito que é, se for de vermelho, ficará até engraçadinha.

Um peixe pra chamar de meu mesmo que esse peixe seja eu





Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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