sábado, 23 de outubro de 2010

A marcha do pijama

Ah, chateação que me persegue em forma de espirro e me faz tossir o sábado à noite e me deixa com o rosto pálido e um tanto febril e sem força dentro de um pijaminha de pinguins e sem saber se tomo mais um antiflamatório ou abro a caixa do antibiótico, que o tal antibiótico aciona uma dor maior no estômago e eu já carrego as da cabeça e de suas memórias, e sigo sem usar pantufas, que a teimosia não cede nesse império do contra ataque de um vírus fora de hora, que o inverno foi calmo e vacinado, e não tem quem me faça gostar de meias, que quem inventou as meias deve ter sido também um opressor quase tão mau quanto o que inventou as meias elásticas, tortura moderna disfarçada de medicina ainda que exista quem jure que a sensação é a mesma da água de uma piscina, o que é a  maior das mentiras e que me faz sentir vontade de usar as minhas para amarrar o falante no fundo de um riacho nada doce, bem diferente da receita antitosse, sei lá se com hífen ou sem hífen que eu abomino a reforma ortográfica, de um doutor entendido de bitacaias e nem perguntem nada que esse assunto rende e é outra história, e que, para mim, a dona da casa sem açúcar, é difícil de digerir porque o meu açúcar é o que se esconde nas frutas ou que vem em mimos, que eu gosto de ser mimada para compensar a minha infância de noites brancas repleta de recordações da casa Karamazov, sempre cheia  de idiotas e de demônios e outras criaturas imunes tanto aos seus crimes quanto aos seus castigos.

50 comentários:

  1. Começa com uma gripe, passa pelo (des)acordo ortográfico e acaba no Dostoiévski. Há por aí um fervilhar de ideias prestes a saltar cá para fora, tá visto ;-)

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  2. Texto retadinho. Fluxo e associações que arrastam o leitor. Também acho esse negócio de hífen o diabo. Citar Karamazov me fez lembrar que li Os Irmãos Karamazov quando eu era criança, em fotonovela, em preto e branco. Nunca esqueço o Dimitri Karamazov. Mas isto faz tempo, foi no outro milênio.
    Beijo.

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  3. Bípede, acho que sofremos das mesmas mazelas. Também estou em casa, a baixo de antibióticos, com uma tremenda dor de cabeça e de estômago, recuperando-me aos poucos. Beijos e melhoras.

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  4. olha gostei muito deste texto. Mesmo :))




    post-Scriptum- tem meia que é fofinha e não aperta coisa nenhuma, menina :))

    e que os espirros acabem rapidinho bjo

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  5. Maria, e eu estou quase sem respirar, com a garganta e o nariz trancados. Nem sei como estou viva. Será que sou um peixe?? :)
    bjs.

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  6. CS,
    Não vejo a hora. E sei que tem meia fofinha. É que sou implicante e não gosto de usar. Tem duas coisas que me oprimem: meias que não são fofinhas e roupa de cama presa no colchão. A primeira coisa que faço em um hotel é soltar as cobertas, que dá me nos nervos estar ensacada enquanto durmo.
    Normalzinha eu, hein? hahahaha
    beijos :)

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  7. Terráqueo, não tenho a mínima dúvida de que fomos atingidos pelas mesmas bactérias e víruas desde o início do início, lá na era do gelo perto da casa do Dr. Jivago.
    beijos.
    Fique bom logo querido irmão. I love you!

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  8. Centelhas, quando criança eu não li. Atuei na história como se fosse uma atriz. Coisa de louco o meu papel. Pena que não tinham inventado ainda a filmadora doméstica igualizinha ao meu lar.
    Falando sério, leia de novo se leu quando pequeno. E me empresta a edição em fotonovela, que eu achava esse lance de figurinhas a coisa mais incrível :)
    beijos.
    Por falar em figurinhas, há algumas edições em quadrinhos de alguns livros muito legais.

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  9. MCS, esse desacordo é mesmo uma grande farsa que a nossa língua se presta a muitas brincadeiras para estar unificada. E alguma coisa tem de saltar para fora. No atual momento, espero que seja o vírus :) Que ele está acabando com o meu charme, deixando-me literalmente pronta para o dia das bruxas!
    beijos.

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  10. Bípede, querida, venho te trazer um abraço amigo, tome chás, faça escalda pés, fique na cama.

    Um beijo grande, melhoras!

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  11. Patrícia,
    Obrigada :)
    Estou me cuidando e tomando muitos chás, que além de saúde, me trazem prazer.
    Beijos.

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  12. Bípede...
    o texto está lindo mesmo...
    já passei por dias assim...
    ao redor de pijamas...remédios e outros alívios...
    beijos
    melhoras

    Leca

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  13. eu lembrei de um poema do Bandeira:

    Pneumotórax

    Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
    A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
    Tosse, tosse, tosse.


    Beijo


    p.s. e tem aquele final do tango argentino

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  14. Bípede minha Flor sererá que estamos qcom falta de chuva ou as previsões até as eleições estão nos assutando? Estou a duas semanas em Casa. Meu Gastro já me fez aqueles dois exames horríveis, e estou com antibiótico e antiflamatório. Seu texto diz muito bem como me sinto. amei a casa Karamazov. Acredita que eu precisei mentir minha idade para assistir?
    Espero que já esteja melhor. Sinto saudades de um retalho seu lá em Casa.
    Beijos com amor e carinho e saúde para nós!
    Sílvia

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  15. Oi, Bípede.
    Meu pai tinha uma loja, que chamávamos de venda, era principalmente loja de tecidos, mas também era farmácia, casa de ferragens, vendia tábuas para caixão - de morto - e emblemas para enfeitar o caixão, e o pano roxo que recobria o caixão, etc, e meu pai, quando vinha para Salvador, em compras, levava um monte de revistas: Grande Hotel, Manchete, e no meio dessas revistas estava lá a fotonovela de Os Irmãos Karamazov, aquelas imagens me impressionaram, e daí comecei a ler. Mas aquelas relíquias de meu pai se perderam todas. Para ele eram só revistas. Tinha um livro também com umas figuras de Gustave Doré, pavorosas, mas lindas. Fico por aqui.
    Beijos.

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  16. Fluxo da consciência é como se chama a escrita ao sabor dos pensamentos. Adorei.

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  17. Melhoras, Lelena.

    Essa sua ligação com o Terráqueo é impressionante. Tanto quanto essa sua aversão por meias, ainda mais morando em POA e por ser nascida na serra. Eu ri muito quando você falou de dormir ensacada. Bom saber que também tem suas manias.

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  18. Ah sim, esqueci de dizer. O Título é originalíssimo.
    Bj

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  19. aplaudo tu corriente de pensamiento, y te mando besos azucarados para que se pase el dolor de memoria...*

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  20. Leca, eu fico um tanto mau humorada quando fico assim pestiada, mas agora a tarde já estou bem melhor. Sinto que estou ficando boa e isso me anima :)
    bjs.
    Adorei a imagem do menino navegando em uma tartaruga!!

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  21. Rayuela, os beijos açucarados sempre vêm bem e dão mesmo um jeito no que está amolado na memória.
    Obrigada :)
    besos*

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  22. Cho, se tenho. Você não faz ideia :) E, sinceramente, não é horrível dormir ensacada? Pelo menos quando se dorme, uma criatura tem de estar livre, se bem que uso pijamas, o que significa que ainda vivo um pouco presa. Coisas da vida! Beijos!!!
    Já começou a segunda fase do teste? Eu ainda não me animei.
    Ah, o Marcelo é gêmeo da minha irmã, mas fui ocupando territórios e agora ele é meu!! Que eu amo o meu Marcelinho :)

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  23. Ai, G, fluxo de resfriado também :) Eu hoje estou bem melhor. Ontem, estava que era a dama das camélias a tossir em um drama sem fim.
    beijos!!

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  24. Bah, Centelhas, como é que essas revistas se perderam? Como é que você não guardou OS Karamazov em fotonovela? Deve ser uma coisa incrível uma história dessas. Vou procurar pela Internet. Na casa da minha família, que ainda não está desmontada apesar dos donos já estarem mortos, resta uma grande coleção (se é que a bruxa que vivia com o meu pai não colocou fora) de revistas de cinema, Cinelândia. Lembra? O seu pai não tinha dessas?
    beijo

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  25. Silc, eu já estou melhor. Duas semanas é bastante tempo. Espero que você também já esteja entrando na reta final da recuperação. Eu não tenho navegado muito. Esse mês de outubro está sendo um fiasco no meu blog. Até agora coloquei só 13 posts. Eu costumava colocar muito muito mais. Mas vou tomar providências. Faço uma visita lá na sua colcha, sim.
    Beijo :)

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  26. Assis, assim pesteada, perco completamente a poesia. Sinto-me que é uma coisa, mas passa, não passa? :)
    bjs

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  27. Oi, Bípede.
    Reparou que usei o gênero fotonovela o tempo todo? Você está certa, era em quadrinhos. As revistas da Cinelândia, acho que ele não tinha não. Vou procurar os Karamazov em quadrinhos também na Internet, quem sabe não acho...
    Beijo.

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  28. Minha amiga,
    Que coisa mais triste, imaginar uma bípede, por sinal falante, tossindo e espirrando a todo instante (saúde!), em vez de tagarelar…e, ainda por cima febril, sem forças nas suas fragilizadas perninhas e com os pezinhos gelados, só porque se recusa a usar meias… que coisa mais dolorosa… quase tão, quanto o que sinto quando tomo uma aspirina…
    Bem, desta vez vou mesmo ser persistente, incorrendo até no risco de parecer um tanto teimoso… As pantufas ou os carapins, daqueles de lã, como se impõe, pura lã virgem (não sei porquê, sempre gostei disto, não dos carapins, da pura lã virgem…) é isso que deves usar! Estava até tentado aprender a fazer uns e enviar-tos, mas, como não sei se chegariam a tempo… vão para o próximo inverno. Agora há também uma lã que não sei se é virgem, mas é anti-alérgica ou antialérgica! Depois escolhes (a lã. A alergia, só no prontuário). Tens é de mandar o número do pezinho, ou o seu tamanho em polegadas, palmos, ou ambos.
    Já agora, para complementar o receituário, cá vai: Abifa-te, avinha-te (com vinho daquele que o Sr. Bípede vai buscar…) e abafa-te! É remédio santo!
    Mas, se quiseres uma opinião mais científica e avalizada nestes assuntos, podes aproveitar e pedir ajuda ao nosso amigo GED que de medicina entende ele. Ora bolas! Já me esquecia… a área dele não tem a ver com tosses e espirros, é mais corações, as bitacaias são só para disfarçar… nada de equívocos! Não trata corações partidos, paixões ou outras dores da alma que afectam o órgão, trata este mesmo, o músculo… embora ache que de paixões e de outras malandrices, ele… não interessa para o caso. Atrevo-me a dizer-te sem lhe pedir opinião nem enviar nenhum inquérito que ele estaria e está sempre ao dispor.
    Quanto ao tão falado acordo ou reforma, depende do ponto de vista, aconselho-te vivamente a não cutucar muito o homem que ele ainda vive um pouco a ilusão do galaico-português e das cantigas de amigo de D. Dinis: “Ai flores, ai flores do verde pinho, se sabedes novas do meu amigo! Ai Deus, e u é?” (adoro isto…)
    Eu também tenho alguns problemas com o acordo ou melhor com a ortografia, não com os amigos. É bom que se entendam de uma vez para eu abordar e estudar definitivamente, e finalmente eliminar o montão de dúvidas que me vão surgindo, deixando assim, de incomodar a minha Bípede Metade:
    - Ó Ilda como se escreve isto?
    - Então não vês? “Por isto… ou por aquilo” Que é assim?
    - Deixa isso pra lá! Como se escreve afinal?
    - Já te expliquei isso, um sem número de vezes…
    - E depois? Esqueci-me! Quando acordarem de vez o acordo, compro um prontuário e nunca mais te chateio!
    E assim corre a minha vida… Realmente, com um acordo que todos acordem, seria bem mais fácil e acabavam quantas quezílias familiares… (também… tamanha ignorância… a minha, claro!). Dostoiévski, assim como tantos autores importantes, passou-me um pouco ao lado. Desse crime terei ou já tenho, pela certa, o meu castigo. Por hoje, doce e mimalha dona de casa, já basta e, como está de chuva e um pouco mais fresco, vou já para a cama, de carapins calçados, mas, sem pijama.
    Despeço-me com votos de melhoras.
    Bj
    FMN

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  30. FMN, a minha bipedice não chega mesmo aos pés da sua com ou sem pantufas, que dormir de meias e sem pijamas bate a minha esquisitice e deixa a minha imaginação praticamente perplexa, mas não chocada, que ela é dada a extravagâncias, tanto que me leva a usar na realidade pijamas com estampas de pinguins, que essa coisinha aí da foto é um pedaço de mim, oh, pobre de mim, marchando dentro de um resfriado que prefere tosse a tambores, tosses bravamente combatidas com o apoio do Dr.Bitacaia, que o Dr.GED é coisa muito fina e para outro público, e a brasileira não se atreve a marcar uma consulta a la Coimbra e, mesmo tem um coração bem forte, sem rachaduras ou emendas ainda que tenha crescido nos campos de cima da serra sem girassóis mas gelados como as da Rússia, lugar que a pobre eu ainda não conhece, que a pobre eu não conhece o mundo, só um tantinho, e por hora precisa mesmo é de uma receita caseira mais doce que um antiinflamatório e menos agressiva que um antibiótico, que até poderia ser um cálice de vinho, mas acho que o senhor bípede pensaria com as suas rolhas que é um desperdício oferecer para uma bípede sem olfato um gole das suas aventuras, então, tomo os meus chás do planeta, lembra que ganhei algumas caixinhas? e espero ansiosa o trem das onze que há de levar os tais vírus embora com as suas porcarias. Bj. BF

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  31. Centelhas, estava muito louco para ser verdade! Uma fotonovela dos Karamazov é coisa que nem Nelson Rodrigues pensaria. Só um senhor Centelhas mesmo com suas faicas criativas para imaginar tal publicação! :) Eu tinha achado a ideia tão genial. Aliás, acho fotonovelas uma coisa interessantíssima, que daria muito pano para manga, no caso, quadrinhos para as histórias, deixaria tudo cafona como é a vida, e, deus dos russos, como aprecio as pessoas que não tem medo do ridículo, que as que se levam muito a sério são realmente um porre! :)
    beijos.

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  32. E ela a dar-lhe!
    Não são meias, que isso é uma porcaria! São carapins, aquilo que se coloca nos pezinhos dos bebés/nenéns, depois confirmo no prontuário... a Ilda já dorme.
    Tenho uns (carapins) que a minha avó fez há já alguns anos.
    Admito no entanto de admitir que tens razão numa coisa: um indivíduo como eu, "ligeiramente" arredondado, de cuecas e carapins, é no mínimo deprimente!
    Quanto ao nosso amigo Dr., pensando bem, talvez seja melhor não. É que ele como médico tem fama de difícil e, poderia até receitar-te aquele tal uísque/whiskie/whisky/whisky marado... ai de ti se não o tomasses todo!
    Mas vale o tal bom e grande bife, 2,3 ou 4 copos de vinho, tinto e do Douro, quanto mais melhor... um é pouco! De seguida, carapins e... cama!
    Bj
    FMN

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  33. As meias também me oprimem; mais ainda essa opressão sem nome, feita de castigos e crimes velados.
    Grande abraço, Bípede, adorei seu texto, rico em associação de imagens e sentidos.

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  34. FMN, sapatinhos de bebê eu conheço bem~(não precisa perguntar a Ilda) e sei até mesmo fazer, ou sabia, que desde a gestação do pequeno bípede nunca mais comprei agulhas e lãs virgens ou sintéticas, que a minha vontade diminuiu ou a preguiça cresceu ou mudei para pior ou melhor. Não sei. Sei que não tomo uísque independente de como ele seja escrito e de quantos anos tenha e de onde venha e não tomo porque não gosto, porque não me desce redondo como dizia uma propaganda de TV que passava por aqui, assim como não me desce o antibiótico, que nesse momento está a me apunhalar a boca do estômago para salvar a garganta, que é assim, alguém sempre paga a conta seja ela devida ou não. Beijos. Boa noite. No seu caso, bom dia :)
    bj.

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  35. Aero,
    Você me entende tão bem que nem preciso dizer nada porque nada tem nome quando se trata mesmo de opressão e eu, a essa hora da noite, estou cansada e um tanto melancólica depois de ter visto o Robert Redford morrer em uma história de amor.
    bj.

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  36. eu tb gostei muito de ler :)Bípede...
    e - meus deus - quase me deu um ataque de tosse quando li a "cena" do dormir ensacado!!!! é que eu tb faço mesmo :) :) :)

    as melhoras, bjo

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  37. Marta, estou melhorando :) Espero que essa semana seja bem saudável! Eu realmente não consigo dormir ensacada. Dá-me uma sensação de sufoco como se eu estivesse amarrada.
    Vai ver me ensacavam quando eu era pequena. Alguma coisa deve ter acontecido. Eu levei pontos na testa depois de ter caído do berço, que me cuidavam tão bem. Quem sabe depois disso me ensacaram?!
    bjs.

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  38. Gostei do desabafo. Eu não gosto de dormir de meias, mesmo quando faz um frio de lascar lá fora.

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  39. Eu achei que vocês fossem gêmeos! Acho legal irmãos unidos, embora separados... vc entendeu.

    O que eu nem imaginava era que vc tinha uma irmã. Eu devo ter perdido alguma coisa, pois eu te leio há muito tempo e sou daqueles que volta à primeira postagem. Por isso me sinto assim, tão íntimo.
    Bj e espero que já esteja 100%.

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  40. Cho, eu tenho o familião de Ramos: dois irmãos e duas irmãs e sou a caçula ou a sobrevivente da enchete, como alguns gostavam de me chamar porque eu andava sempre com bolachas Maria na mão para o caso de um estado de sítio!! :) ahahahaha
    E o pior é que é verdade!!!
    bjs

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  41. Como estou toda corrida e perdida com o tempo que nunca soube dividir bem só cheguei aqui agora e vi o fluxo de consciência misturado com a gripe adorei o texto e já li que está melhor...ufa: que bom que está melhor!!! rs Adorei o texto.
    Beijos

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  42. ô querida, minha família acabou de passar por uma inflamação na garganta com rinite...ai, estamos relando hoje. ufa.
    e vc?
    beijo

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  43. Maria Muadiê, eu saí da crise e não tenho mais os sintomas de gripe, mas a garganta segue me arranhando e agora o pequeno bípede começa a dar sinais de que algo está a acontecer com a dele. Ou seja, a semana ainda promete!!
    bj

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  44. Tania, vou melhorando e, com a melhora, dando um jeito no meu mau humor, que passei um final de semana bem ruinzinho.
    beijos.

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  45. Fluxo de consciência sim. Mas tem também a consciência olhando a si mesma enquanto o fluxo ocorre. Nossa, que que eu inventei aqui? Bem, é impressionante, e da para entender um pouco a sua admiração pelo Raduan.

    Beijo.

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  46. Marcantonio, gostei do que você inventou aqui porque é por aí mesmo, a coisa não é só sentida é pensada também anos a fio...
    beijo

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  47. Uau, Bípede, texto escrito de um fôlego só, não?!
    Creio que vou começar a conter-me na adjectivação, pois é por demais evidente a identificação que sinto com a sua escrita.

    Beijo :)

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  48. AC, o que não faz a raiva! Que quando me tomo de ódios, é isso o que acontece: uma palavra caindo sobre a outra.
    bjs.

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Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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