segunda-feira, 25 de junho de 2012

Desencontro marcado



Ouvi na televisão (televisão para mim é rádio) uma jornalista dizendo que o telefone, o objeto que faz trim trim e a gente atende dizendo alô, tou, hello, está em extinção.
Segundo a matéria, nos EUA, a já baixa média de conversa de três minutos por ligação caiu para um minuto.
Falar caiu. Não foi a linha.
O lance agora é ir direto ao assunto e por escrito usando um smart phone.
Smart phone é uma geringonça, um tipo de mutação telefônica portadora de Internet que se pode levar de lá para cá em um bolso da calça.
Internet, por sua vez, pode ser um sintoma, um vírus, uma doença.
Talvez uma síndrome.
Internet é praticamente um novo cromossomo.
O cromossomo I, criatura mais poderosa que o X e que o Y.
O cromossomo I estabelece que letras, setinhas, corações e um zilhão de novos sinais devem ser digitados quando A quer falar, falar não, entrar em contato, com B ou com C ou com quem for.
E nada de pensar em escrever à mão e usar um envelope e o serviço de correio.
Mão também está em queda.
Cordas vocais mais ainda, mesmo que permaneça em pé o fã clube dos papagaios, catorritas e outros passarinhos violados da Amazônia.
Mas esse é um outro assunto. Gaiolas ficam para depois.
O assunto é o silêncio.
Um novo tipo de silêncio.
A quietude de quem cala a voz e se pensa presente sem perceber a superficialidade das relações sem corpo no mundo moderno.
Dizer mundo moderno é uma coisa antiga.
Não sei como me referir ao atual porque sou cria do passado. Nasci no milênio das trevas.
Falta-me luz para dar a ele um nome.
Faltam-me os olhares, os cheiros, o toque, os gestos humanos de outrora.
E falta-me luz para me dar um upgrade.
Não me falta, no entanto, chama.
Eventualmente, sofro alguma pane e quase apago. Minha mecânica não é de primeira.
Minha curiosidade, sim.
De curiosidade em curiosidade, não mato o gato.
Monto é o meu quebra cabeças mesmo que entre as minhas peça exista um smart phone.
Eu tenho uma geringonça, mutação telefônica portadora de Internet.
Tenho e quase me deixei levar por ela.
Eu estive por um fio usando rede wireless.
Ia esquecendo que tinha boca.
Mas não me contentei em esperar menos de onde devo esperar mais.
E um a um abocanhei os meus desencontros.

78 comentários:

  1. Lembrei o tempo que as pessoas colocavam cadeiras nas calçadas e batiam maior papo, faziam visitas... Você é ótima Bípede, mexe nas emoções mais profundas. Beijos no coração!

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  2. bípede, FALANTE, não "digitante"!

    :)

    boa crítica em crônica que me faz pensar: já estou perdida!!!

    ainda bem que tenho boca ativa, pois falo pelos cotovelos, joelhos, articulações e interrogações. falo como um papagaio!


    mas tenho wireless, smart phone, portátil, pc tradicional e adoraria ter um tablet... na verdade, com o meio do céu em aquário, amo tecnologia, mas o ascendente em touro garante a falação com megafone!

    adorei a ponderação em prol da ação linguística!


    um beijo!

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    1. Betina,

      Tenho toda essa parafernália e morro de saudades da minha máquina de escrever, do tempo em que nada disso era preciso e que me era facultativo escolher.
      Agora, quase não tenho escolha.
      Faço o que posso para eliminar os excessos e manter inteiro o que nunca é sobra.
      beijoss

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  3. Adorei! Ótima crônica! A mais pura verdade... e eu sou igual a você, igualzinha. Ando até dando pane, preciso sempre de conserto, igual às televisões e geladeiras do passado. Hoje em dia, joga-se tudo fora e compra-se novo.

    Beijos,

    Suzana Guimarães - Lily

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    1. Lily, saí do prazo de garantia, minhas peças não são mais fabricadas, dou choque, levo choque e funciono depois de uns tapas rsrs
      Beijoss

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  4. Lelena, eu também penso bem assim :)

    e, guria, tuas crônicas estão um absurdo! está é perfeita. Também sou do outro século, sou no máximo moderna, ainda bem...

    Qualquer dia te conto da minha experiência recente com os seres "contemporâneos"...rs

    adorei o cromossoma I.

    beijoss

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    1. Dea, que experiência?
      Fiquei curiosa!
      Escreve sobre ela.
      Escreve com seus olhos de antigamente :)
      beijoss

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  5. oh criatura antiga, porque padeces assim, também me rendi a tudo que move em bites, inclusive minhas mãos inábeis, minha lavra de palavras sem conexão, o desencontro é um achado: avis rara,



    beijo

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    1. Padece de antigamentes a criatura rendida e sem rendas!

      beijoss

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  6. Quisiera comunicarme por el humo de las fogatas. Esto es muy decepcionantes, deshumanizante...Un abrazo.

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    1. Darío, não percebemos o quanto vamos nos tornando peças de uma máquina até a hora em que sofremos um curto-circuito.
      beijoss

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  7. EXCELENTE!

    Estamos unidas sem-fio! Ninguém pensa que o primeiro sinal das usinas nucleares é a falta de energia. Com a tsunami, no Japão não havia comunicação com nada.

    Enlouqueceremos? Antes disso sempre tiro um dia e desligo tudo.

    Beijo

    Mirze

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    1. Mirze, estou tentando me reeducar e ser mais lúcida e menos tecnológica. Tentando resgatar minha natureza pra tomar um bom banho de sol mesmo que seja no inverno :)
      beijoss

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  8. e eu ando tão distante também, até sonho com pixels rs

    beijos

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    1. Luiza, eu sonho com lápis de cor.
      E zelo tanto por essa tela que me resta.

      Beijoss

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  9. E pensar que foi graças ao desenvolvimento das cordas vocais, ao desenvolvimento das mãos que o Homem deixou sua condição de isolamento, deixou de ser um quadrúpede e passou a pensar, a desenvolver o seu cérebro! Bem que o Woody Allen uma vez falou: "Dizem que o Homem veio do
    macaco, mas muitos ainda estão chegando". A tecnologia só é interessante quando conseguimos
    usá-la para nosso benefício, mas quando ignoramos isso é como de cuspíssemos no prato que comemos, como se déssemos um tiro no próprio pé. A sociedade de consumo, a busca desenfreada pelo lucro, pelo desejo de ter cada vez mais bens materiais, de "não querer ficar para trás", de sermos "avançados", nos afasta cada vez mais uns dos outros, nos tornando cada vez mais egocêntricos. Estamos na era da egolatria, infelizmente!

    beijosss

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    1. Ci, o planeta é dos macacos. A gente se esforça pra ser bípede! rsrs
      Eu me dou muito bem com árvores e adoro comer frutas.
      E sei ficar no meu galho, ou tento saber.
      Mas aí vem uma sarna, a gente começa a coçar e quando vê já se mudou pra um zoológico com ar condicionado e flores artificiais.
      Sei lá.
      Tentar resistir é o lema!
      Beijoss

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  10. eu lá me fui rendendo a algumas coisas,
    primeiro telemóvel, depois blogue, depois hi5, e por último facebook... falta-me o smartphone...

    mas guardo pequenas pedrinhas que os amigos me trazem, pedacinhos de papel e tenho de confessar algumas mensagens que me enviam

    mas é tão bom estarmos juntos, com os que gostamos, beber um café partilhar um minuto que seja

    é preciso não esquecer o passado e ir entrando no futuro, devagar devagarinho...

    [bela crónica a tua...]

    beijinho

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    1. Laura, tantas rendições de mãos abertas.
      Quando a gente vê, tem e não tem nada.
      Talvez, seja falta de habilidade com o tempo.
      beijoss

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  11. Respostas
    1. Sabe, guria, que tento ser moderna, mas sou pra lá de antiga. Nem sou bípede coisa nenhuma. Sou um dinossauro e dos bem grandes. E eu sou o Golfo do México prestes a ser atingido por um pedaço de céu sem nuvens. Que como cai o céu. Cai mais que pedra.
      Beijoss

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  12. Os novos modernos ou modernos novos são chamados de "mudernos". Sabe de uma coisa, eu acho que sou um desses "mudernos"! Sei lá, essas novas tecnologias com "designs" chamativos e que fazem tudo o que a gente quer -- e não quer -- são realmente uma atração. A gente passa (ou perde) o tempo tentando descobrir para que eles servem? Você sabe para que eles servem?

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    1. Sou lenta, lerda, lesada, lelena.
      Demoro para trocar de micro.
      Demoro para trocar de telefone.
      Demorei para entrar no facebook.
      Tem coisas que ainda estou no processo de demora.
      Enfim, demoro.
      Devo ser CONSERVADORA. E não sei para que essas coisas servem.
      Sei para que servem as que tenho que eu LEIO os manuais de instrução, Maia.
      Beijoss

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  13. No que agiu com justeza. Acho uma chatice sem nome essa coisa de sms, recados sem fala. Texto dos bons, Lelena, dos muito bons.

    Beijo comemorativo.

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    1. dade, sms nunca tive. E acho que nunca terei. Página de Orkut também não tive. Tou lá no facebook, levemente, entediada.
      Desse mundo I gosto mesmo é dos blogs.
      Alguns são verdadeiras obras de arte.
      Alguns escritores são mesmo escritores.
      E isso me encanta.
      De resto, sei lá, é o resto e pronto.
      beijoss :)

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  14. Lelena, eu estou ainda na pedra lascada. Mas o seu texto é supimpa! Este encadeamento flecha certeiramente o caroço da fruta. É a chamada nostalgia madura.
    Não há como não admitir que tudo ocorra à margem dos sentidos. E, se bobearmos, esta tecnologia nos faz perdê-los. Aí estaremos irremediavelmente perdidos.

    bjss,
    José Carlos

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    1. José Carlos, se você vir uma criatura de ossinho no cabelo, sou eu :)
      Eu só não tenho a roupa de oncinha por causa do politicamente correto.
      Mas devo ter uma de Eva versão inverno,leia-se, um traje completo de alface ou repolho.
      E, sim, sinto nostalgia (pra não dizer banzo) do passado e dos meus sentidos, os físicos e os abstratos.
      Beijoss

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  15. Lelena...dizem os astrólogos que os cancerianos, como tu, são mesmo assim (das lembranças, do antigo). Eu, que nunca te vi de pertinho, chego a sentir aqui o cheirinho de quintal da casa de infância nas tuas mãos, das teclas da máquina de escrever. Lindo o texto...

    Bjão!

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    1. Dani, eu tenho síndrome de casa, de lar, quase de Amélia rsrs
      Gosto de casa perfumada, de flores, de café cheirando na cozinha e gosto muito muito de receber amigos. Dizem que é do meu signo. É um bom signo ainda que um tanto derramado e sentimental.
      E por falar em receber, quando é que você vem pra outra vez???
      beijoss :)

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  16. Bípede,

    já comentei com você que estou viciado?

    Pois, Déborah me deu um passa fora outro dia, disse que me coloca para dormir no sofá se eu insistir em fazer mais conexões...

    Bom texto, como de costume aqui, mocinha.
    Crítica leve e inteligente!

    Se quiser ver a auto biografia do Francisco, já lá está. Espero a sua auto biografia e a biorgrafia do Francisco. Mãos na massa, uns biografando os outros e se "biografando"...

    Tudo para manter vivo o meu blog!
    hahahaha


    beijinho.

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    1. Coelho, me atrapalhei essa semana. Tou mais atrasada que o coelho maluco. Mas não vou deixar de cair lá no seu buraco de Alice que adoro flutuar no seu mundo de peripécias. Diz a Débora pra fazer um blog também. Aí, ela esquece que tem o sofá em casa :)
      Beijoss

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  17. Lelena,
    quando comecei nas escrevinhações a minha mãe comprou pra mim (na falecida mesbla), uma olivetti portátil, cor de carne, e que foi quitada em 12 prestações. jamais me esqueci do sacrifício feito, e procurei fazer bom uso do presente.
    na vida, devemos reconhecer, sempre, o barco que parte a todo momento. e embarcar com fé de que chegaremos a algum lugar que nos dê uma oportunidade melhor.

    com esta maquininha comecei a construir uma pequena história que me permitiu sustento e me levou em suas asas para um país bem distante do meu.
    eu guardo essa maquininha com muito carinho aqui nos eua.

    mudando de assunto, sinto orgulho de ver você evoluindo em sua escrita, transitando com facilidade (e habilidade) entre pensamento e palavra, no que constrói suas crônicas.

    celebro você.

    r.

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    1. Roberto, sua trajetória é admirável. Quase literária de tão incomum. Você em si já é um raro livro. Que bacana que você tem sua máquina aí contigo. Essa não é uma máquina qualquer. De certa forma, é sua testemunha. Testemunha do seu empenho, disciplina, talento e coragem.
      beijoss :)

      ps. Obrigada pelo celebro. Dá até pra ouvir um tim tim!

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  18. a tecnologia é legal quando a nosso serviço. Mas a gente ainda pode dizer não praquilo que não gosta. Causa espécie, eu sei. Mas também causa espécie ter opinião própria nos dias de hoje.

    bjs

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    1. Tá certíssima. Tem de estar a nosso serviço. Todas as coisas devem estar. Não devemos nos submeter ao império da matéria e,menos ainda, do da alienação.
      beijoss :)

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  19. Oi Dona!
    Ando recolhendo dados para sua biografia…
    «… tento ser moderna, mas sou pra lá de antiga. Nem sou bípede coisa nenhuma. Sou um dinossauro e dos bem grandes. (…) sou o Golfo do México prestes a ser atingido por um pedaço de céu sem nuvens»
    Beijos

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    1. Francisco, tou meio atrapalhada essa semana. Já estive lá olhando sua biografia, mas ainda não comentei. Comentarei. Eu gosto muito das ideias do Coelho. E, ah, mais do que tudo, dizem por aqui - os que convivem comigo - que eu sou dose pra mamute rsrs
      beijoss

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    2. ESPELHOS IMPREFEITOS
      Bípede Falante (Helena Terra Camargo)

      A minha tentação matricial não vai mais longe que ser autor dum conto breve capaz de integrar os Contos Breves, o que me transformaria num entre muitos, sem a tentação de ser autor de coisa nenhuma. Com essa ideia e uma disposição inerente ao facto de a estar a ter, tenho então a tentação de ser um biógrafo precário, capaz de dar por inacabado o que ainda estou a tentar.
      Uma criatura como eu, traçando a hipotenusa duma hipótese, jamais se poderia contentar em ser criador, nem para falar duma criadora. A criadora é alguém que comunica e cria num blog, traçando metas onde o Futuro se alarga a cada dia. Onde, através da palavra, se dá a conhecer. Mas, esta ideia de biografar a autora, fez com que me enchesse de coragem e, quando isso aconteceu escrevi isto e, não satisfeito ainda, fui deixar o seguinte comentário e… foi este:
      «Oi Dona!
      Ando recolhendo dados para sua biografia…
      "… tento ser moderna, mas sou pra lá de antiga. Nem sou bípede coisa nenhuma. Sou um dinossauro e dos bem grandes. (…) sou o Golfo do México prestes a ser atingido por um pedaço de céu sem nuvens"
      Beijos»
      Espero que a minha biografia encontre eco nos espelhos imperfeitos onde, por vezes, nos conseguimos ver nos écrans dos computadores, onde… lemos e escrevemos.
      (biografo precário)
      Francisco Coimbra
      [No seu dia de anos, espero lhe agrade e transmita ao Carlos Coelho, se ele se puder servir desta "biografia" (cada um atribui o género que queira, vai ver é um conto… ;) em O COELHO DE DÉBORAH]

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  20. A liberdade ilusória que a escravidão da tecnologia transporta!

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    1. mfc, é não é pequena a ilusão. A gente pensa que pode estar em todos os lugares perto de todos o tempo todo e não é bem assim. É preciso investimento emocional e zelo como os que a gente tem, ou deveria ter, com tudo que é importante na vida.
      beijoss :)

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  21. Helena,
    Através das palavras já todos sabemos da sua sensibilidade, da sua grandeza. Hoje queria apenas dizer-lhe do quanto bem me sinto por aqui, nesta casa arejada e bem frequentada. É que a Helena é uma excelente anfitriã.

    Beijo :)

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    1. AC, fico muito feliz que você se sinta bem por aqui. Eu gosto muito de ir na sua também. Eu gosto de estar "perto" mesmo que longe.
      Beijoss :)

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  22. sou pouco tecnológico, lelena; há, aliás, amigos que me chamam de jurássico:). o meu telefone deve ser de primeira geração, só não faz trim trim. dos meus atrevimentos e oisadias, o blogue: apenas um meio, não um fim ou não fossem a escrita e a leitura os propósitos maiores, sabendo que é nas letras (nas nossas e nas dos outros) que tantas vezes nos (re)definimos. e há, sim, rostos de pele, cérebros que dialogam, mãos que se estendem do outro lado do "nada" material que, como neomito, se faz "tudo". porque, se a internet mascara, a palavra delimita. para mim sempre foi assim. e não vejo como deixe de ser.
    beijo grande!

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    1. Jorge, um bom fóssil pelo menos não se encaixa no tal tudo que é sólido se desmancha no ar. Não é fácil resistir ao 2001 uma odisseia no espaço. Os outros alienígenas nos olham com espanto e a gente acaba embarcando em naves que não sabe navegar. O bom é que elas despencam, nos atiram de volta à terra e a gente aprende a se situar. Siga na resistência! Admirável resistência. Beijoss :)

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  23. Eu, Lelena, ainda sofro com as cartas escritas a mão, que não vêm...lembro dos meus papéis de carta, tão bonitinhos, e a minha letraamorosamente desenhada...antes da máquina de escrever. Acho que essa tecnologia toda me confunde pra caramba.
    Quanto à tua escrita, guria, você escreve cada vez melhor, viu? Leitura gostoooosa! :-)
    Beijos

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    1. Tania, fui uma menina que escrevia cartas e perfumava os envelopes. Tinha uma caixa com papéis coloridos. Caprichava na letra, no carinho. Ia até o correio, tentava escolher um selo bonito. Quando chegava uma cartinha pra mim ou um cartão postal de uma amiga, da minha vó, da minha mãe, eu ficava tão tão feliz. Mas a gente cresce, o mundo muda, nós mudamos, coisas boas nos acontecem, coisas más nos acontecem, a gente fica doente de confuso, mas, no fim, como não tem escolha, segue com a vida do jeito que ela é, que vida difícil é mesmo pleonasmo :)
      Beijoss

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  24. Respostas
    1. Poetíssima, obrigada pela visita.
      Vou retribuí-la :)
      beijos

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  25. Vim pela primeira vez, na certa, seguindo algum caminho que vc deixou em outro blog.
    Li duas entradas, gostei muito delas, com o tempo vou conhecer melhor o seu espaço.
    O telefone está em extinção e eu que ainda não conheço o meu ao certo!
    Abraços.
    HD

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    1. Humberto, já estive no seu blog. Gostei muitíssimo. Também quero conhecê-lo melhor.
      E, sim, a gente nem decifrou a charada, e a esfinge já não existe mais.
      beijos :)

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  26. "A quietude de quem cala a voz e se pensa presente sem perceber a superficialidade das relações sem corpo no mundo moderno.
    Dizer mundo moderno é uma coisa antiga.
    Não sei como me referir ao atual porque sou cria do passado. Nasci no milênio das trevas." E aqui pura poesia e folofosia. Perfeito

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    1. Ediney, fico tão feliz com seu comentário. Respeito muito sua sensibilidade e sua opinião.
      Obrigada :)
      Beijos

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  27. - o cromossomo I deve ter feito parte dos nascimentos de 1981 em diante - obviamente não de todos. e o mais interessante que as pessoas que portam o cromossomo I em seu DNA tem língua nos dedos fazendo silêncio com a boca. XD

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    1. Luís Gustavo, que boa frase a sua: o mais interessante que as pessoas que portam o cromossomo I em seu DNA tem língua nos dedos fazendo silêncio com a boca.
      Muito boa!
      Adorei :)
      Beijos

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  28. Bípede fala ante(s)! Que lindas crônicas ando lendo por aqui!! Hoje passeei com calma por tudo, que há muito não dava tempo de visita prolongada, e terminei aportada neste texto, encantadíssima com teu croniquês - que consegue carregar junto tua linda poesia. Ela deveria ser sempre o ponto final da tua prosa, assim penso. Parabéns! Beijo de admiração

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    1. Tati, quanto tempo!!
      Tenho visto suas delícias no facebook :)
      E o seu blog como está?
      Vou lá te ler.
      Beijos :)

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  29. Glup, nem vá. ando com raras postagens - sucumbi ao "novo tipo de silêncio" do mundo (..como é mesmo?..) moderno. Mas tua crônica sacudiu. Fiquei com vontade de pôr a boca nos amigos em viva-e-alta-voz, e quem sabe postar um pouco mais, que meu bicho de estimação já quase me morde. O que prometo mesmo é que volto cá pra te ler mais! Besos

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    1. Guria, pobre bichinho, deve estar carente. Vá lá escrever, sim!
      Deixa os dedos serem felizes também :)
      Besos*

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  30. Lo cierto es que internet es como un virus,
    engancha mucho, y parece que ya no se puede vivir sin ese virus.
    que tengas un feliz semana.
    saludos.

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    1. Ricardo, se engancham muito sim. Gosto do verbo enganchar. Fazia tempo que eu não o ouvia, lia :)
      Boa semana pra você também.
      beijos

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  31. bípede, bípede, tu tens um smart phone??? ah como eu queria ser um....

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    1. Adriana, tive de rir :)
      Você é engraçada!
      Beijoss
      ps. Compra um e depois suporte a dependência!!!

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  32. Vim passar um Bip para a Bípede:

    «está no ar a minha versão para a Biografia do Coimbra. Aguardo sua vista d'olhos.»

    Beijinho.

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  33. Respostas
    1. Inspisinharei :)

      Adorei o verbo. Tem mais efeito que o implicar!

      Beijoss

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  34. Lelena, com certeza uma das melhores crônicas que li sobre o assunto.Parabéns, querida.

    Quando perguntaram sobre os tais 140 caracteres do twitter para o Saramago ele respondeu que de degrau em degrau vamos voltando ao grunhido.Se ele estivesse vivo veria que a coisa é muito pior... nem grunhido, mas sim a mudez completa.

    Beijos.

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    1. Parole, obrigada :)
      Que a gente tá andando, tá.
      Só não sei pra donde rsrs
      Beijoss

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  35. Pois é. Ter parafernalhas, ou não ter parafernalhas? Esse é o novo "to be, or not to be" moderno... a diferença é que Shakespeare é muito verborrágico.. xD

    #Matei meu facebook. Agora as pessoas me ligam, nem que seja para falar apenas 1 minuto... acho que melhorou, e tu?..huahahahaa

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    1. Guria, eu tou por um fio ou uma face. Passei dois dias sem e não fui mal, mas voltei pras coisas que eu deixei rsrs
      Sei lá.
      Eu quero uma casa no campo e quero um telefone na bolsa.
      Vai entender, né? :)
      Beijosss

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    2. Aiai dona moça. É preciso muita força de vontade e uma dose de decepção também. Mas a casa no campo, essa eu também quero...huahaha

      PS* Incluí-se o resto da letra, amigos, livros e nada mais...

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  36. Boa sacada! Tua crônica me fez refletir. Também sou do século das trevas, e toda essas parafernálias modernas dão um nó na cabeça, mas vamos nos acostumando até que estas se tornem coisa do passado.
    Apesar de tudo isso, no fundo, mas no fundo mesmo, gostamos das coisas simples...

    Gostei de conhecer seu blog. Bjs!

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Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

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