Nessa madrugada, escolhi o De Verdade, do Sándor Márai.
Pé por pé caminhei até a prateleira de autores húngaros.
Poucos na estante por razões editoriais. Não por falha minha.
Eu corro atrás, mas às vezes não tem nada na frente.
Encontrei dois. Dois De verdade. Dupla verdade.
O meu todo riscadinho.
E o outro meu com a dedicatória de uma amiga.
O meu todo riscadinho terminei de ler em vinte e dois de maio de dois mil e cinco.
Um ano bom. Ou eu pensava que era.
Alguns anos são bons como vinho.
Outros são leite derramado.
Este ano, dois mil e doze, apesar de quase liquidado, está sendo mais sólido.
Um ano em que é preciso mastigar bem antes de engolir.
Mastigar antes de engolir dos grãos às verdades e suas mentiras.
Há de se dizer a verdade mesmo que seja mentira.
E eu queria contar a minha verdade para alguém uma vez na vida.
Uma vez na vida é uma vez e só.
Uma única vez como é o amor.
E o amor não é amar um no passado, outro no presente e alguém mais no futuro.
O amor não é um mar entre ilhas.
Talvez seja, nem sei, porque tudo o que um dia foi dito pode ser no seguinte desdito, e as chances de eu estar enganada são altas.
Bem mais longilíneas que eu com a minha estatura mediana e meu peso leve no corpo e inversamente proporcional na alma.
O inversamente proporcional não deixa de ser um eufemismo.
A palavra certa seria neurótica na alma.
Neurótica e dependente de sessões de terapia.
O que pode também ser um eufemismo da minha condição de burguesia.
Pago para poder dizer o que sinto, penso e logo existo a uma pessoa em quem confio.
E me sinto, penso e logo existo, sim, exatamente como escrevi na página 392 do meu De Verdade todo riscadinho: eu sou uma burguesa imbecil.
Sou uma burguesa imbecil e também uma babaquinha. Não muito grande, mas sou.
Faço parte do grupo de pessoas que guardam todo tipo de coisas inúteis nas muitas coleções.
Faço parte do grupo de pessoas que costuma se iludir dizendo que está a guardar informação, cultura, afeto etc.
E é mentira.
De verdade, guardo solidão e fantasias.
Belo texto, parabéns. (carlos barbosa)
ResponderExcluirObrigada, Carlos.
ExcluirFazia um bocado de tempo que esse texto queria escapar de mim.
Beijos
"Eu corro atrás, mas às vezes não tem nada na frente..."
ResponderExcluirÊ Bí! Eu também queria contar minha verdade, mas não sei bem qual é ainda... mas tem um tanto bem gordo de imbecilidade. porém, a chance de eu estar enganada também e alta..huahaha
esse assunto podia render um café. as vezes as relações cibers tem mais verdade que muitas que respiram no nosso cangote. anyway, sempre cronicando belamente.
quanto ao amor, eu ia brindar à ele, mas sabe como é, este ano esta mais para vodka ruim entornada...
um beijo!
Conte mesmo sem saber.
ExcluirConte para tentar saber.
Ou não conte. Nem sei. O que é bom para um pode não ser para outro.
Eu tenho tentado me ver melhor porque preciso me ver melhor e cada vez fico mais tempo diante do meu maior espelho para que ele me revela as coisas grandes e também as pequenas.
Beijoss
ps. Um brinde às palavras enquanto o amor estiver engarrafado!
Solidão e fantasias assim como Marai sentia em sua vida burguesa de colecionador. Outro dia alguém me falou exatamente isso: quem coleciona tem sangue burguês -- que não é azul.
ResponderExcluirE quem coleciona idéias o que é?
Administramos, contemporizamos porque o objetivo final é mesmo tocar a vida da melhor forma possível de acordo com as nossas deliciosas e babacas neuroses.
Maia,
ExcluirNão sei.
Faltam-me respostas sobre mim mesma. Sobre os outros nem se fala.
Eu sou uma burguesa imbecil.
Infelizmente.
E um tanto babaquinha.
Mas esse ser não precisa ser definitivo.
Quem sabe consigo fazer alguma coisa melhor de mim reconhecendo meu lado B, o lado negro da força, aceitando que o Darth Wader é também meu pai.
Quem sabe?!
Beijos
Helena,
ResponderExcluirÀs vezes gostaria de dizer, numa única frase, um montão de coisas. Mas não dá. Fica apenas a certeza de me sentir bem no navegar das suas águas. O que, parecendo pouco, é muito.
Beijo :)
AC, você diz muito com poucas frases.
ExcluirDiz em seus comentários e diz no seu blog.
Aprendo e sinto muitas emoções quando te leio.
Navego em mar aberto e em terra firme com o seu talento. E em nuvens, é claro, que é nelas que eu me amacio.
Beijoss
em tudo eu concordo com o que você escreveu, guardamos coisas para nos proteger da ideia de que um dia vamos desaparecer...
ResponderExcluirguardo as suas palavras, principalmente quando você diz a verdade.:)
gosto da forma como você guarda os amigos dentro de si,
guardo a impressão de que você é uma das pessoas mais sensíveis que conheço.
guardo a crônica e o Oswaldo. guardo porque gostei.
o «guardar» ideal seria o do Antônio Cícero:
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso, melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que de um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
#
gosto muito de vir aqui!
um beijo.
Eleonora, aderi ao blog do Antonio Cícero um pouco antes de vir aqui responder os comentários.
ExcluirSempre gostei tanto dele.
Decidi guardá-lo melhor, em um lugar mais perto do que sinto. E decidi porque você veio me presentear com o seu guardar.
Você é uma guardadora também. Uma especial, forte e generosa.
Beijoss
Helena, bienvenida sea tu verdad. La guardaré en un estante de mi memoria.
ResponderExcluirbeijo*
Silvia,
ExcluirA verdade tem de ser bem-vinda por ser uma verdade.
Nem sempre é fácil.
Muitas vezes não é.
Mas sem ela como poderemos melhorar um pouco essa coisa ambulante, falante e falhante que a gente é?
besos*
OI LELENA!
ResponderExcluirSEMPRE QUE VOU A UM BLOG GOSTO DE ME DIRIGIR Á PESSOA PELO SEU NOME, ACHO QUE O TEU É MARIA HELENA, MAS, EM ALGUM LUGAR LI ESTE COM O QUAL ME DIRIJO A TI.
TEU TEXTO ME DEIXOU PENSANDO E ACHO QUE A MAIORIA DAS PESSOAS QUE AQUI VIERAM, BASTA SE VER O TAMANHO DOS COMENTÁRIOS.
DEVE SER PELA TUA VERDADE ALI DECLARADA, MAS, TENHO PARA TE DIZER QUE É APENAS MEIA VERDADE,PELO QUE VI, ÉS LEITORA, MEIO, ATÉ COMPULSIVA E NESTAS ANDANÇAS PELA LITERATURA, ALGO SEMPRE FICA DAS COISAS QUE SE LÊ, ENTÃO, REFUTO TUA AFIRMAÇÃO, ESTÁS GUARDANDO MUITAS INFORMAÇÕES E CULTURA SIM, QUANTO AOS AFETOS, PODE SER QUE NESTE MOMENTO TE VEJAS ASSIM, MAS, NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO E TENHO CERTEZA QUE DEVES TER PESSOAS QUE GOSTAM DE TI E SENTEM AFETO, SERÁ QUE NÃO ESTÁ APENAS FECHADA Á ELES?
ENFIM, BOLA PRA FRENTE...
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
Click AQUI
Zilani,
ExcluirÉ Marta Helena.
Uma combinação um pouco incomum.
Seja bem vinda ao bloguinho.
Sobre esse post, ele é, sim, a minha verdade sobre minha condição burguesa.
E minha burguesia é fonte de inquietação pra mim. Não que eu seja contra mim mesma, mas também tenho de tomar cuidado para não ser tão a favor.
Sei lá :)
É difícil explicar com poucas palavras.
E também o que penso não importa.
O importante é que o post possa ser útil a alguém.
Beijoss
Eu gosto de Marta Helena.
ExcluirPois é: Marta Helena.
Excluira verdade, a verdade, queria eu saber dela e ela de mim, apenas arde, arde
ResponderExcluirbeijooo
Assis, como em outro livro do Márai: As cinzas ardem até o fim.
ExcluirAqui no Brasil, editado como As Brasas.
Pois que a verdade arda para a gente se descobrir.
Descobrir como quem descobre uma América, um Brasil, um pedaço de céu, um pequeno caminho para ser mais feliz.
Beijoss
Um dos textos mais fortes que já li dos teus. Nossa, eu já paguei muitas sessões terapêuticas para aprender qual a minha verdade. Ou minhas verdades. às vezes doía, achava estranho pagar para poder "sentir de verdade". Hoje compreendo, contudo, que viver é renovar verdades. É descobrir que tudo não passa de uma cebola: vamos tirando as peles até que cehegamos...ao nada? ao Deus? anós mesmos? ao outro? Não sei. Sempre "escutei" por vocação e amor à complexidade humana. Escutarei sempre. Às vezes haverei de ganhar dinheiro com isso, já que fiz da escuta também uma profissão. Mas amarei sempre as verdades destampadas, essas que vêm e virão a mim pelo coração. Em qualquer lugar e a qualquer tempo. Mesmo que doa.
ResponderExcluirTexto maravilhoso. Fletando com a transparência que a gente procura sempre.
Beijos,
Tania, renovar verdades!
ExcluirAnotei.
A vida não pode ser estática. Os planos não devem se manter inabaláveis e inflexíveis.
Nossas atitudes e opiniões tem de andar como andamos.
Você tem uma ótima escuta, uma recepção muito apurada das emoções alheias.
É uma sorte ser sua amiga.
Seria também uma sorte ser sua paciente.
Os seus pacientes estarão em boas e generosas mãos.
Beijoss
Ah, esqueci de dizer: Oswaldo é um pisciano que me encantou desde a primeira vez. Bandolins? Um sonho. :-)
ResponderExcluirGosto dele desde menina.
ExcluirTive uma fase em que o enjoei um pouco.
Mas passou :)
beijoss
Que riqueza: essa imagem, saber dos teus rabiscos... Que honra!
ResponderExcluirSua sensibilidade salta a tela de LCD. Toca-me!
É tua maior riqueza. O ano de 2005 foi tão intenso para mim! O amor passou a ter outra percepção a partir de então; como você disse amor é só um!
Beijo, Lelena.
Adri,
ExcluirObrigada, guria :)
Que bom que o seu 2005 foi memorável.
Em 2005 o meu pequeno bípede se formou na escolinha rsrs
Eu achei o máximo!!
Beijoss
Bípede, somos uma verdade a cada amanhecer!
ResponderExcluirNossa, Oswaldo e Bípede, Bípede e Oswaldo é tudo de bom!Beijos no coração!
Olara, que comentário querido :)
ExcluirE tens razão.
Somos uma verdade a cada amanhecer.
Beijoss
Bipe rodopiando ao som dos bandolins...
ResponderExcluirNão encuca com a verdade, guria, escolha a tua verdade do momento, vista-a com todo o charme e saia a passear.
Eu não acredito em verdades verdadeiras.
E discordo que amor seja "só um". Pra mim foram dois. E podem ser muitos, e infinitos, assim como as verdades que a gente escolhe pra vestir!
beijocas
Tati,
Excluircom algumas, eu não encuco.
Mas, sabe, algumas têm de ser mais bem cuidadas e reveladas, algumas são essenciais para manter o norte dentro da bússola.
E não é porque sejam mais verdadeiras, mas porque se refletem também em outras vidas.
Sobre o amor, well, eu não sei se o amor é só um. Não sei. É provável que não.
Você é uma prova viva de que um coração bate forte mais de uma vez.
Mas acho tão bonitinha a ideia de um único e raro amor.
Coisa de romântica (para não dizer de menina).
Beijoss :)
Todos um dia contamos nossas verdades e mentiras.
ResponderExcluirMuito bom o texto, ou melhor, ótimo e me vi exatamente igual em algumas das tuas situações. Eufemismo são floreios, ou dar aparência as palavras e eu acho que não houve eufemismo no que disse (algumas idéias). Gostei muito! Obrigada pela boa leitura.
Beijos!
Marisete, essa aqui é a minha casinha virtual.
ExcluirFico feliz que você está nela.
E feliz que você tenha gostado de vir aqui.
Beijoss
Ei, Lelena
ResponderExcluirtexto de rasgar vestes
poucas horas atrás pensava sobre verdades, ligo a máquina e te leio.
pensava que a mais verdadeira verdade é que somos racionalmente imperfeit@s, chei@s de defeitos, que não existem santos nem santas, mas que o fato de sermos chei@s de defeitos não justifica, porque podemos fazer diferente.
e é tanta coisa, o mundo como é, as pessoas como são e nós não pairamos acima do nosso tempo, estamos dentro, fazemos parte, mesmo os excluídos que na conveniência se tornam bastante incluídos como nesta véspera de eleição e tem hora que é tudo uma podridão sem fim, e é a luta constante para não se deixar contaminar, para não reproduzir o que há de pior, e por aí vai, querida moça bípede falante.
deixo um troço que escrevi tempos atrás relatando andanças nas madrugadas
--A---Luci---n'ação----da----Realidade----
Saímos pela noite
Cada qual com sua sombra
Cada um carregando um fantasma
Nos bares, alguns bebiam, outras fumavam
Bebemos, fumamos
E nossas fumaças tomaram forma
Aspiramo-las todas com suas vozes
e elas foram subindo e gritando
até não podermos escutar mais nada.
A rua chamava-nos
Não andávamos.
Como sonâmbulos fomos levados ao portão
A noite era densa
O ar frio
Num repente, assaltamos os portais
- A Terra Sagrada dos Mortos -
AQUI SOMOS TODOS IGUAIS
- Mentira!
A superfície mente
Ostentação das catacumbas
Riqueza dos mausoléus
Simples são as placas. Humildes são as cruzes.
A verdade está nas larvas, debaixo dos sete palmos
Somos todos iguais
Não importa nada a elas, tudo podre e comido.
E os vivos caminham
em meio às sombras, anjos e santos
As palavras numa frenética dança, vão e vêm.
Numa corredeira louca,
a menina pula amarelinha nas catacumbas
Sai do inferno em busca do céu.
Novamente vozes:
- Por que abraça a árvore?
- É a árvore da morte. É a árvore dos mortos.
beijo grande
Guria,
ExcluirVou ler e reler o seu comentário porque ele traz esse texto tão forte, carregado de tantos símbolos muito significativos pra mim.
Obrigada e me aguarde!!
Beijoss
"Um homem só pode ser chamado de experiente nos assuntos deste mundo quando sentir até o fundos dos passos o fato de ser terrivelmente vil." [Natsume Soseki, in Eu sou um gato.]
ResponderExcluirDjabal!!!
ExcluirHá quanto tempo!!
Você anda tão recolhido.
Que saudades!
Vou responder um pouco mais de comentários e depois vou procurar se o seu blog voltou a ativa.
Adorei a citação.
Experiência implica reconhecer as próprias vilanias.
Beijoss
... ))
ResponderExcluirSalvador,
ExcluirBeijooooooooooooo!
Qué lindo sería, abismarse en ese mar de cosas inútiles suyas...Un abrazo.
ResponderExcluirDarío, queria, quero, um dia encontrar um modo de me desapegar dessas coisas inúteis.
ExcluirNão sei se conseguirei, se me será possível.
Não sei.
Mas questionar-me já me ajuda!
Beijoss :)
É incrível como você descreve as coisas com tamanho realismo e poesia ao mesmo tempo. Uma delícia ler esse poema.
ResponderExcluirBjss
Dade, obrigada.
ExcluirEu sou dada a realismos. Meu lado "Nelson Rodrigues" é mais definido que o lado "José de Alencar".
E sou uma pessoa bem simples apesar da minha burguesia carregada de imbecilidades.
Beijoss
...traigo
ResponderExcluirecos
de
la
tarde
callada
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
COMPARTIENDO ILUSION
BIPEDE FALANTE
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE LEYENDAS DE PASIÓN, BAILANDO CON LOBOS, THE ARTIST, TITANIC SIÉNTEME DE CRIADAS Y SEÑORAS, FLOR DE PASCUA ENEMIGOS PUBLICOS HÁLITO DESAYUNO CON DIAMANTES TIFÓN PULP FICTION, ESTALLIDO MAMMA MIA,JEAN EYRE , TOQUE DE CANELA, STAR WARS,
José
Ramón...
José Ramón, gosto desse mix de gentes, coisas e ideias!
ExcluirObrigada por trazer o seu poema, suas palavras como quem traz um ramalhete.
beijoss
Lena,
ResponderExcluirNão sei se queria dizer-lhe uma verdade. Aliás, talvez queira ver-lhe a face, quem sabe, talvez ela sangrasse, chorasse, risse... Muitas vezes impassível contemplei a verdade. Nunca como o faço agora. Parabéns pelo belo texto.
beijoss
José Carlos,
ExcluirQuerer, acho que a gente não quer. Não quer por temor do que não enfrentamos todos os dias ainda que tenhamos intimidade.
A verdade pode ser ácida e imperdoável. Mas, em grande parte das vezes, ela perde para o peso da imaginação e das mentiras.
Beijoss :)
Queria dizer um montão de coisas. Só consigo dizer que a última frase ficou retumbando dentro de mim...
ResponderExcluirBjo, Lelena. Texto lindo demais.
Obrigada, Dani :)
ExcluirSe reverbera, me sinto contente e compreendida.
beijoss
ResponderExcluirSou péssima para comentar! Péssima!
Mas, eu queria que você soubesse que adoro tuas crônicas! Dizer o quê? Completar? Para quê? Leio num gargalo só, num trago de prazer.
Outra ótima crônica!
Beijos,
Suzana Guimarães-Lily
Lily,
ExcluirFico contente que beba de um gole só :)
Eu bebo bem lá no seu blog também.
Me descem as palavras redondas como falavam em uma propaganda de TV.
Beijoss
"Alguns anos são bons como vinho", e ler seus textos são como estes anos,e torna possível conhecer uma pessoa pelos seus sentimentos, como fazíamos antigamente com os amigos reais. abs.
ResponderExcluirFc,
ExcluirAinda acredito que a única maneira de se conhecer alguém é aproximando-se das emoções.
As ideias podem ser racionalizadas e estruturadas para atingirem um determinado fim.
Mas as emoções nos escapam.
Beijoss
Abri duas vezes o blog, para agora escrever ao som dos bandolins. Gostei desta psicanalítica prosa disposta em versos, ritmada. Gostei e deixo meu apreço, sem preço :)) Beijos
ResponderExcluirFrancisco,
ExcluirObrigada pelo seu apreço.
De verdade, aprecio.
Estou em uma fase mais crítica e muito muito necessária.
Não tenho nada contra a minha burguesia ou a alheia, mas também já não tenho a favor rsrs
Beijoss
depois de te ler pensei que preciso parar de deixar o melhor para o final (mas que final?)... estou sempre economizando no melhor... poupando um bocadinho pra usar mais adiante... um eufemismo para idiotice? (rs!)
ResponderExcluirbeijo, Lelena!
Joelma, temos eufemismos pra tudo!
ExcluirQue é fácil tapar o sol com a peneira.
Não guarde o meio para para o final.
Cada etapa há de estar em seu lugar.
Beijoss :)
"Faço parte do grupo de pessoas que guardam todo tipo de coisas inúteis "
ResponderExcluireu também, eu também
Ediney,
ExcluirVocê é uma das pessoas mais bacanas que conheço.
Fez Salvador tem um perfume e uma cor inesquecíveis para mim.
Se você também guarda, sinto até um certo alívio em ser do jeito que sou :)
beijoss
Lelena,
ResponderExcluirInteressante esse redemoinho de reflexões disparado com a abertura de um livro relido na estante. Tenho pra mim que você guarda muito bem a todos eles dentro de si, ao contrário do que acontece comigo. Aliás, isso me deixe muito deprê: li muitos livros, vi muitos filmes - mas esqueço de quase tudo um tempo depois. No caso de alguns, fica uma espécie de névoa, onde tenho uma vaga ideia do que se trata... estranho, né? Um beijo e parabéns pelo ótimo poema.
Marcelo, eu gosto de guardar sensações, mas esqueço livros também. Esqueço e lembro e esqueço outra vez :)
ExcluirPor isso, vou marcando as páginas, fazendo das palavras o meu gado.
Minha névoa se acentua no cinema. Com exceção dos filmes que realmente me encantaram, posso rever vários sem fazer a mínima ideia se já vi ou não.
Obrigada pelo comentário!
beijoss
Já estou me habituando à ideia - à ideia (possibilidade rsrs) - de doar minha pequena biblioteca para a Biblioteca Comunitária de Botelhos. Mas vou ficar com alguns xodós, é óbvio. Não dá pra deixar de ter fantasia de uma hora pra outra. rsrs
ResponderExcluirAbraços!
Nanini, não dá mesmo rsrs
ExcluirNão dê sua biblioteca!
Manter um pouco de burguesia não é um crime. A gente não exagerando nem fazendo disso uma bandeira de vida, deve ser perdoado :)
Beijoss
Bípede! Contar essa verdade tão humana é virtude de raros.
ResponderExcluirbeijos
Luiza, se olhar no espelho não é tão mal.
ExcluirMuitos defeitos são perdoáveis.
A gente pode se melhorar sempre.
E saber que precisa melhorar é um bom começo :)
Beijoss
Voltando, Lê, voltando aos trancos e barrancos
ResponderExcluirmas voltando, e dizendo que tua crônica está muito boa, que as minhas verdades vivem mudando de significados porque os tempos mudam
e acabo percebendo que não sou nada, que não tenho nada (embora tente iludir-me), que o amor é tanto até o dia em que o sangue parar de circular nas veias e mesmo assim ele continuará a bombear sentimentos em outras pessoas:caindo, tropeçando, levantando e arrastando-se com os pés da solidão, essa que
apesar de tudo vive à procura do amor!
beijoss
Ci, voltando e poetizando!
ExcluirSenti sua falta.
As minhas verdades também são flexíveis. Algumas menos, outra mais.
Batem-se entre si.
Pulsam feito meu coração.
Beijossssss :)
E a verdade existe? O que é a verdade?
ResponderExcluirbj
Sônia,talvez, a verdade seja uma mentira honesta rsrs
ExcluirBeijoss
O conceito da verdade é mto subjetivo né?
ResponderExcluirMuitas vezes, nossas verdadees mudam, e nem sempre nós sabemos o que queremos que seja verdade ou mentira!
bj
opinandoemtudo.blogspot.com
Moça, é sim.
ExcluirE depende muito do ponto de vista.
Não vemos a verdade sob o mesmo ângulo ainda que algumas sejam tão explícitas.
Vou lá conhecer seu blog essa semana.
Beijoss
e a solidão de tão vasta
ResponderExcluirainda nos guarda mais segredos
ou mentiras ou réstias de verdades,
sabe-se lá
...
beijo carinhoso,
Lelena.
Domingos,
ExcluirTão vasta que não cabe nas mãos.
sabe-se lá o que seria de nós se coubesse.
Beijo carinhoso, Domingos :)
Quando venho aqui, rolo a pagina toda, adoro! Fico lhe conhecendo, xeretando. Voce me deu uma ideia! Se acontecer, lhe direi.
ResponderExcluirBeijos,
Suzana/Lily
Lily, tomara que aconteça!!
ExcluirFiquei curiosa!
beijosss
Quando te leio assim, confessional (ou não? Talvez magistralmente ficcional, quem sabe), fico pensando nas coisas que não escrevo e continuo a não escrever.
ResponderExcluirBeijos muitos e que permaneça sempre essa bendita dúvida.
Dade, você escreve tão bem e com tanto sentimento.
ExcluirTem assuntos que a gente precisa encontrar a hora certa para abordar.
Às vezes, essa hora demora. Às vezes, nem acontece.
E se não acontece, a gente tem de seguir em frente em busca de um novo tempo, nem que seja um instante.
Fiquei muito contente com seu comentário.
Obrigada :)
beijoss
Este ano, dois mil e doze, apesar de quase liquidado, está sendo mais sólido.
ResponderExcluirUm ano em que é preciso mastigar bem antes de engolir.
Deveria escrever algo, mas fiquei sem palavras, depois do "liquidado, sólido, mastigar, engolir"... pois eu simplesmente amo isso.Belo demais!
Beijinhos, querida.
Parole, que bom te encontrar aqui.
ExcluirPensei que você tinha saído da Net.
A sua poesia está entre as que mais admiro aqui nesse mundo vasto de blogs.
Vasto como as palavras, as emoções, as desilusões.
Beijoss
Confesso que não consigo achar a palavra certa para definir os teus lindos versos, mas me sinto bem ao lê-los. Poesia é, às vezes, indefinível.
ResponderExcluirObrigada, Carlos :)
ExcluirFico lisonjeada com suas palavras.
E muito contente que você se sinta bem ao me ler.
beijos
O ano pode estar sólido, com cascalho difícil de engolir, mas esse teu texto me deixou feliz em ver que os teus textos continuam com uma qualidade excepcional.
ResponderExcluir:)
ExcluirObrigada, Marcelinho!
E " a gente vai levando " rsrs
beijoss
"Há de se dizer a verdade mesmo que seja mentira." - adorei!
ResponderExcluirE quantas verdades são ditas quando fingimos estar mentindo? E quantas mentiras dizemos como se estivéssemos falando a mais pura verdade...
Lucia
ExcluirQuantas...
Me entendeste.
Muito.
Beijoss e saudades!