quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cabeça de vento

Lá estava ela, de novo,  perguntando, na gerência, se alguém havia encontrado a sua carteira do clube, ela não tem muita afinidade com clubes, mas, nesse, faz suas aulas de dança e precisa dançar, mesmo que seja mal, porque a dança poetiza o seu corpo, às vezes, um tanto teimoso. E nada. Nada. Não,  não foi encontrada, diz a recepcionista já com cara de espanto, que nunca viu uma moça com tamanha insistência, se encontrar avisa. Então, a moça vira as costas e se dirige ao clube, carregando um caminhão de culpas porque, deus, onde estás, que permite que ela esqueça de fechar o zíper da bolsa e fique sem óculos, sem carteira, sem código de barras quase todos os dias, e deus não responde porque o gato comeu-lhe a língua ou a existência, e ela que trate de ir logo providenciar uma nova nesse lindo dia de sol, que, deus, como está azul a água da piscina e como parecem felizes as criaturas debaixo do céu, menos ela e ela que não se distraía e que siga, ainda que sem pressa, para a secretaria, e que mal deixe o sol dar sua  leve tostadinha nos braços antes de entrar e de dizer: olá, bom dia, perdi minha carteira, porque depois que ela entrar, é possível que o rapaz atrás do balcão levante-se e dê só uma espiadinha, uma única olhada e reconheça, na moça, a moça sorridente e de plástico 3x4 que está guardada na gaveta porque a moça da gaveta é uma moça de sorte e moças de sorte são encontradas nem que seja rolando entre bananas e laranjas do piso de frio de um supermercado.

34 comentários:

  1. O moço atrás do balcão tb é um moço de sorte, pq afinal pode poetizar o corpo com a moça de sorte que não teve tanta sorte pq perdeu a carteira do clube. (Entendi bem?)

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  2. Sorte existe. Ontem encontrei a carteira de um senhor, com todos os documentos, fotos preto e branco da esposa tirada nos anos 50/60, dos filhos e netos, cartão de crédito, dinheiro, etc, descobri o telefone dele, e dei um jeito de restituir. Quem sabe isso não acontece contigo também? Beijos.

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  3. essas histórias transtornadas do dia a dia são surreais, claro, pelo menos para quem a está vivendo,


    beijo

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  4. Bem ao estilo Mafalda mesmo, em Bípede. Em meio à visita à administração do clube, questionando a existência de deus. Que coisa!

    *Adoro Mafalda.

    **Adoro a Bípede, que de cabeça de vento, certeza, não tem nada.

    Forte abraço

    ##

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  5. ...que também é uma moça de sorte e quando menos esperar vai encontrar a carteira...

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  6. Ô Bípede, eu sou um moço (vá lá, nem tão moço assim) de sorte porque posso ler tudo o que aqui você despudoradamente transforma de vivência em escrita e poesia. "Como parecem felizes as criaturas debaixo do céu". Rs.

    Conhece algum bípede que se comova ao extremo com a Mafalda e com tudo o mais que o Quino faz, a ponto de ficar com lágrimas nos olhos? Eu! (Deixa de ser besta, rapaz!).

    Beijo.

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  7. A menina pode, às vezes, descer da sua confortável nuvem, para se aborrecer com assuntos plásticos, terrenos.
    Eles não são biodegradáveis, entretanto quando transformados em carteirinhas de clube, podem nos auxiliar "a poder trazer de volta ao seu coração sem ajuda de ninguém. Sentia-se sozinha: queria se sentar ao sol em uma pequena ilha, ou talvez, afinal, juntar-se aos salva-vidas em sua marcha: as bandas agrupadas a animariam, sim, sim, seria divertido andar ao ritmo das bandas."
    Fiz uma brincadeira com o seu texto, as minhas impressões, e outro que estava diante de mim, da Janet Frame, que falava de coisas parecidas. E os misturei para sentir o sabor do acaso.
    Sorriso (e quase sempre eu o percebo aqui) é a menor distância entre as pessoas.
    Beijos.

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  8. Engraçado como o bicho homem passa a ficar abaladinho quando qualquer um dos seus propósitos são frustrados. A nossa força hercúlea cai por terra, até mesmo com a perda da carteirinha do clube. Socorro, Freud!!!
    Bjs.

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  9. sólo diré, más bien, gritaré:bravooooooooooooooooo!!!!!!

    besos mafaldenses*

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  10. Resumo da história: a carteirinha do clube estava no clube. Um sócio encontrou e entregou. Não precisei gastar nada nem esperar por uma nova. Fiquei muito contente porque fui muitas vezes ao supermercado saber se alguém a tinha encontrado. A carteirinha não era mesmo um problema. Essas coisas são só uma chateação. Problema tem sido esses óculos novos que não houve achados e perdidos que me devolvessem os antigos e esses novos dão-me uma terrível dor de cabeça.

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  11. Rayuela, às vezes, penso que Freud não me entende nem a metade do que a Mafalda entende...
    Talvez, fosse o caso de eu me concentrar mais nela e menos no divã :)
    besos*

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  12. Jairo, o dr.Freud teve sua língua comida junto com a de deus, que ele não me ajuda a fechar direito a bolsa, que ele não entende o suficiente de bolsas e mulheres, que eu perco coisas, perco coisas e perco coisas. Pode ser que seja apenas uma herança maldita vinda da minha avó paterna, a grande perdedora da família, a diferença é que eu aceito que perdi enquanto ela tinha certeza de que o que acontecia com ela era um atentado violento de um espírito desmaterializador! Oh, vida!! :)
    beijos

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  13. Djabal, de verdade, odeio perder coisas porque eu sou excessivamente organizada. Se eu não acho uma coisa é porque ela foi perdida. Não há chance de ter sido largada em qualquer lugar. E esse ano, em particular, tem sido um ano de esquisitices e por que não dizer: de prejuízos, que as porcarias de plástico, de pano, de madeira, do que for sempre custam alguma grana para serem repostas. Mas tudo bem. Dos males o menor e, como já tive uma cota dos males grandes, não devo mesmo reclamar muito porque um pouco reclamo, nem que seja para me exercitar :)
    beijos

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  14. Marcantonio, pelo visto você também se encaixa na categoria velho bem moço, que um dos meus sobrinhos mais queridos se nega a perder um jogo para mim porque ele não é gente de perder uma partida seja do que for para uma velha bem moça. Aliás, ele se nega a perder, mas isso já é outra história que ele um dia vai ter de saber. Porque a gente perde, sim, e como perde na vida, do inútil ao imprescendível sabendo ou não guardar o que se tem. beijos

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  15. Ivonete, pois encontrou lá na gaveta, bem descansada e limpinha, a menina de sorte perdida no sábado passado e pode ir para a academia lépida e faceira dançar uns sambas, que a temporada é de samba porque em fevereiro (ou quase) tem carnaval :)
    beijos

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  16. Diego, a cabeça pode ser de vento feito um pastel de vento, que, ah, que coisa boa é um pastel de vento :)
    beijos

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  17. Assis, eu nem me importo de perder uma coisa que possa ser reposta, o problema é esse efeito cascata de perder uma e depois outra e mais outra sem saber o porquê disso estar acontecendo, ou de saber, que, talvez, saiba, mas prefira se fazer de burra :)
    beijos

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  18. Terráqueo, já estou com a carteira. E que sorte teve esse senhor de ter perdido a carteira na rua em que você passava :)
    beijos

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  19. Dario, entendeu, sim. O moço estava muito feliz em me entregar a carteira, mas não porque houvesse poesia e sim porque era uma coisa a menos para ele providenciar :)
    beijos

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  20. Os dramas do cotidiano são mini tormentos... e são daquele tipo: arranje um e leve 3... de cada tormento surgem vários outros tão idiotas quanto o primeiro, mas que tiram o sossego, a calma e baixam a auto estima. "Como pude fazer isso?"
    Ainda bem que vc consegue fazer poesia.
    Beijokas e saudades.

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  21. Boa noite, Bípede...))

    As coisas que as Mulheres fazem para comprarem uma carteira nova... rsrsr.
    Não se zangue, brinco apenas. E a carteira? Encontrou? De qualquer modo, vá dançar... quem dança seus males espanta...))

    Beijo

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  22. Tudo vai bem quando acaba bem.
    Eu não sou muito de perder coisas, mas passo a vida à procura dum objecto que me faz muita falta, os óculos de leitura. De tal maneira, que a forma mais recorrente dos meus alunos me caricaturarem é a utilização da frase "onde estão os meus óculos?", ou "alguém viu os meus óculos?". Claro que a maior parte das vezes estão mesmo junto de mim. :) Não, eu não sou do género distraído, mas quando lecciono embrulho-me de tal forma no que estou a dizer que tudo à minha volta se eclipsa. Só eu não me eclipso. :)
    Também cultivo a BD, de preferência a franco-belga. Mas o Quino, principalmente com a Mafalda, faz parte das minhas referências.
    Quanto à cabeça de vento, confesso-me admirador do vento encantado das baladas de Corto Maltese...

    Beijo :)

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  23. Lua, os meus vêm em cascata, adoram derramar-se uns sobre os outros e o que me enlouquece é que sou organizada e uma organizada a perder coisas é uma coisa tão contraditória que quase que põe por água baixo o senso de organização :)
    beijos

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  24. Salvador, eu sei :) Achei no dia da postagem. Fiquei 5 esperando por ela, mas já estou a dançar bem faceira!
    beijos

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  25. AC, essa foi a minha última grande perda. Perdi um óculo que eu tinha há bastante tempo, muito muito confortável e a quem eu estava completamente adaptada. Caiu da bolsa. Não tem explicação. Acho que foi em um shopping. Já estive lá nos achados e perdidos torturando o pessoal, porque eu sou torturante de tão insistente. Mas nada, nada, nada dele aparecer. Mandei fazer uns novos. E esses novos e eu ainda não nos acertamos, que eles me dão um pouco de dor de cabeça, eu acho. Pode ser que seja uma rejeição aos que ele representam também, que o meu corpo e a minha cabeça interagem com maior frequência do que eu gostaria e do que é saudável :) Eu adoro a Mafalda. Tenho um livro lindo com todas as tirinhas dela. Beijos

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  26. Isso parece a minha secção de perdidos e achados.
    beijo grande
    GED

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  27. Delícia de texto. O Patife adorou!

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  28. a carteirinha esteve onde sempre esteve, ele só queria motivo para viver e de-viver suas razões
    Ps- não há uma senhora Ediney, gostei dos ditos amenos

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  29. Patife, estive lá no seu patife blog e também adorei a sua patifaria criativa e bem humorada :)

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  30. GED, olhei a sua lá no seu blog e, sinceramente, fico com a minha, que pelo menos na minha eu existo com ou sem documentos, que ninguém me pediu para eu provar que eu era eu mesma e muito menos com o documento que estava perdido e com um registro de polícia! Me diz uma coisa: a tal senhora ainda está viva??? :)
    bjs

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  31. Ediney, a pobre voltou para o lugar de onde saiu. Carteirinha esperta, não é? Com bom senso de localização. Eu teria de ter uma bússola :)
    E sobre a senhora Ediney, a gente nunca sabe e como somos todas (as mulheres) um tanto dadas a ciúmes sempre é bom explicármos quem somos, não acha?
    beijos

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  32. Tenho um irmão que perder tudo, só não perde a cabeça porque é grudada no pescoço... e o bom, sabe o que é? É que ele tem sorte, sempre tem alguém que guarda em algum canto.

    Beijo.

    Rebeca

    -

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Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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