segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Bolas de Natal

Em pleno espírito natalino de visa, mastercard e american express, eis algumas bolas de natal do pinheirinho de infância da bípede:
Primeira bola: a bípede nunca acreditou em Papai Noel, nem por um único minuto, que na casa da bípede havia pinheirinho com bolas vermelhas, havia ceia, havia presentes e havia também uma mãe e um pai sem o mínimo pudor de dizer aos filhos que quem comprava os pacotes eram as pessoas e que caberia agradecer a elas cada prenda recebida. Assim, o tal velhinho existia para a bípede tanto quanto o velho do saco, menos que o velho do saco, porque o velho do saco poderia aparecer em um dia qualquer para levar uma certa menininha;
Segunda bola: na casa da bípede, essa mesma mãe e esse mesmo pai, principalmente esse mesmo pai, repetiam aos quatro cantos e aos quatro ventos que  todas as pessoas eram feitas da mesma farinha e que todas deveriam receber o mesmo pão, mas, na hora de repartir, para algumas, entregavam farelos, muitos farelos embrulhados para presente, que o embrulho enganava a torcida e combinava com o pinheirinho e com as bolas vermelhas;
Terceira bola: a bípede nunca acreditou em Papai Noel, mas acreditava piamente na família e ser da família deveria trazer no pacote um bocado de amor, quatro letras dificeis de se materializar. Recebia gritos, chantagens e tapas, mais gritos e chantagens, que tapas não ficavam bem em gente de família;
Quarta bola: na casa da bípede, na noite de natal, não dormiam o menino Jesus e nem os demais habitantes em paz ou qualquer coisa parecida porque durante o dia o pai da bípede brigava com a mãe da bípede que brigava com todos porque a casa não estava limpa e os quartos não estavam prontos e alguém não queria ceder um quarto para os primos, e os primos eram a única alegria de verdade em meio a sucessão de afagos, e a mãe da bípede brigava também com a tia da bípede que brigava com a avó da bípede e com os filhos  e, apesar de tudo isso,  a mãe da bípede antes de descer a escadaria a la Scarlet O'hara, tinha de descansar a pele e  se maquiar até parecer uma diva e vestir um longo exuberante e descer, de lado, os degraus, fingindo ser  uma rainha quando, na verdade, tinha um enorme talento para protagonizar um triste  número de bruxa.

31 comentários:

  1. Toda vez que vem o Natal, lembro do meu irmão com a boca cheia de caco de vidro, foi horrível. Ele era pequeno, colocou uma bola de natal na boca e estourou. Ainda bem que a coisa não foi tão séria, tudo acabou bem.

    Beijo, Bípede querida.

    Rebeca

    -

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  2. Bolas de natal. Algumas são bolas, outras são boladas. O natal é sempre assim, parece que a data tem um quê que trás consigo lembranças, algumas boas, outra nem tanto. Minha casa também nunca recebeu visita de Papai Noel, Bípede. Sei lá, vai ver é por que não tínhamos chaminé em casa, ou por que faltava ludicidade a meus pais. Era “toma seu carrinho filho e vai brincar”. Curioso, mas me parece que as crianças de hoje em dia também não fazem tanta questão do Velhinho. Bem, posso estar errado, sei lá...

    O bom é que a Bípede tem uma desculpa para torrar os cartões de crédito na livraria, pois não sei não, mas tenho minhas dúvidas de que a tentação será derrotada e os livros (do outro post) comprados serão embrulhados e ofertados.

    Forte abraço, Bípede.

    ##

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  3. Sabe como são as águas em que crescem os nenúfares? (a propósito, diz-se que as mães-índias, na Amazónia, colocavam os seus bebés nas folhas de nenúfares gigantes, como se estivessem num berço).
    Apesar de nascerem de águas paradas a sua beleza e protecção para pequenos animais tornou-a um símbolo espiritual. Adelante querida Bípede. Adelante.
    Bjs

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  4. querida, também não acredito em papai noel.

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  5. Maria, eu estou com ganas de acabar com o papai noel, de me vestir de black mamba e me juntar a turma do kill Bill, que esse papai noel não convence ninguém, começando pela idade, que ele tem idade para ser trisavô de uma criança e não pai, que o meu pai era moço e bonito quando eu era menina! bjs.

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  6. Cduxa, esse tal nenúfares seria uma vitória régia? Que coisa é essa? Não tem nada a ver com bitacais, tem? Que as suas palavras costumam gerar polêmicas!! :)
    Eu sigo adelante. O problema é que o passado também *risos*.
    beijos

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  7. Diego, o natal está mais para boladas nos bolsos dos lojistas, que nunca vi tanto consumo como agora. Eu tenho vontade de jogar umas bolas em algumas cabeças, para ver se tem algo dentro ou se rolam. Se forem vazias, não tenho mesmo de presenteá-las com nada, muito menos com os meus estimados livros. Dois já peguei para mim, mas os outros estão mesmo embrulhados, prontos para o esquecimento eterno :(
    beijoss

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  8. Nossa, Rebeca, que cena e que trauma! Pobrezinho :( Não posso nem imaginar o horror. Eu nunca fui de colocar coisas na boca. Tinha os irmãos maiores para trilhar o caminho das tragédias, mas um dia tive a infeliz ideia de colocar uma pilha, não acabei sem boca por um triz. Já imaginou uma bípede falante a la Hello Kitty (sem boca porque só fala com o coração) ahahaha
    beijos

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  9. Passado é passado. Tem um sítio certo para estar.
    E a propósito em nenúfares não crescem bitacaias. Coitados dos bichos que não os deixam em paz.
    Eu, desculpem mas continuo a creditar no Pai Natal e vou espalhar a notícia até que dê frutos.
    Bjs
    GED

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  10. GED, o passado é indestrutível, frase atribuída a Borges em um filme que agora não lembro o nome, porque é também esquecível para quem tem má memória, o que, de vez em quando, me acontece. Então, não concordo que tenha um lugar certo para estar, aliás, lugar certo para estar é aquele que está a nossa espera, frase que ouvi há uma semana no filme José e Pilar. Outros não sei. Sobre as pobres vitórias tão cheias de graça, jamais sonhei que pudessem ter um nome como esse de afundar os sonhos de tão pesado, mas, enfim, essa é a nossa língua. E, GED, sinceramente, conta outra, que nessa eu não caio. Se você conhece o Papai Noel, eu sou amiga do fada dos dentes!!! :) beijos.

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  11. Pra mim essa é a pior época do ano. Acho-a insuportável! É só consumo, consumo, consumo
    e muita, mas muuuiiita hipocrisia!

    beijo

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  12. Ci, e por que será que ninguém diz nada e as pessoas seguem comprando e comprando sem parar e as mães ainda levam os filhos para ver o papai noel em troca de uns pirulitos? Eu, cretina que sou, levei o meu quando pequeno. Ele se arrepiou, abriu um berreiro e nunca mais quis voltar. Ainda bem! :)
    beijo

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  13. Sabe as suas bolas de natal me lembraram Fanny e Alesander de Bergman. Não tanto pelo que tem de real, mas pelo que ele tem de sonho. As escadas de Scarlet O'Hara talvez despertaram a minha fábula. Como as bolas despertaram a sua. O mais , como disseram os demais, é apenas consumo. Ansiedade, medo da morte, e apatia.
    Beijos.

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  14. Djabal, minhas bolas de Natal mudam de tamanho conforme o horários e as lembranças de cada dia.
    bjs

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  15. Bípede
    Mas que bipedíce a sua (ups!), dizer que as minhas palavras coisa e tal... Assim nem a fada das palavras a safa...
    Acredito que o passado é uma mochila que carregamos, até ao dia em que ela nos pesa demais nas costas.
    E quanto à magia, só quem não lida com a magia das crianças é que pode ficar impune a ela.
    Eu ainda tenho dentro de mim a criança que fui.
    Beijinhos

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  16. Cduxa, você tem um vocabulário, no mínimo, explosivo, qualquer oscilação e, BUM, saltam bitacaias e outras letras :)
    O meu passado está mais para uma mala, vem com rodinhas para facilitar o trânsito, mas, de vez em quando, umas delas emperra, a mala fica capenga e haja astúcia para contatar o pessoal da manutenção.
    Sobre a magia, sabe-se lá onde cada um busca a sua. Eu não fui uma criança que gostava de se fantasiar de princesa, nem acreditava mesmo em papai noel, coelhinho da Páscoa e essas coisas, eu gostava de enxergar índios em cima das árvores e tocas de onça no meio do mato e de me esconder na grande caverna debaixo da escada ou de passar sob o vão do gabinete do meu pai, esse que agora está comigo, é que é tão pequeno que nem sei como conseguia. De certo é porque eu não abria mão da minha teoria de que onde a cabeça passasse, o corpo ia :)
    beijos

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  17. eu nunca acreditei em papai noel mas era como se ele existisse independente da minha vontade ou crença, pelo menos havia vários deles em séries intermináveis de sonho e realidade,


    beijo

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  18. Le, o consumismo cresceu de uma tal maneira que
    já conseguiu coisificar as pessoas. É muito comum por aqui, ver crianças de poucos meses de
    vida sendo carregadas dentro do carrinho do supermercado, misturada com as compras! É uma coisa de louco, e o pior é que todo mundo acha
    "natural", "normal"...As crianças são induzidas
    sob as mais variadas formas a se tornarem cada vez mais consumidoras do supérfluo. Acho autofágico, sinceramente. E depois dizem que os
    índios são canibais!?

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  19. Ci, a gente está no começo do mês, eu montei a árvore de Natal na sexta-feira passada com o meu pequeno bípede, coloquei todos os enfeites no mesmo lugar em que ela está (em outros anos espalhava pela casa) e já não posso mais vê-la que o excesso de brilhos me dá enjoos, mas o pequeno gosta, gosta de olhar porque afinal ele ainda é um menino, mas é um menino já bem esperto e compreensivo, porque havia dito que queria de Natal um playstation III, uma coisa super legal no mundo dele, mas super caríssima também, e ele já tem o II e tem o Wii, que é outra coisa super legal e super caríssima, aí, eu falei para ele que não é que ele não fosse um dia ganhar, mas que ele já tinha os outros dois e que um presente assim, comprado aqui no Brasil era o equivalente a sofrer um assalto e que a gente poderia comprar no futuro em uma viagem, e ele disse, sem problema algum, que estava tudo bem, que pode esperar sem pressa. Você não faz ideia do alívio que fiquei porque tenho medo de que ele se torne um ansioso por coisas e um dependente do que os amigos têm, porque os amigos dele têm essas coisas, mas talvez não tenham as outras que o visa, o mastercard e o american express não podem pagar.
    Sei lá.
    beijos

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  20. Assis, parece que a coisa existe mesmo com a gente não acreditando porque ele usa sempre a mesma roupa e os mesmos apelos, mas não passa de um grande malandro a faturar com as novidades desse pseudo progresso.
    beijos

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  21. purgar o passado dói mas deve ser feito. Tem que deixar sair todo o pus pra coisa cicatrizar. Mas, enquanto isso, olha pra frente e pro lado. Tem coisa boa demais por aí. Pra usar como tijolo e construir um futuro legal!
    bjs

    maray

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  22. Maray, o meu passado está purgado, já convivo com a cicatriz e, como ela coça um pouco, de vez em quando nós nos arranhamos, mas é só isso, que eu olho para frente e para os lados, o que eu não aguento mesmo é olhar para o hipócrita do papai noel, pobre velhinho. Nesse Natal, certamente há de me enviar toneladas de carvão :)
    beijo

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  23. Pessoal,

    Eu acredito no Papai Noel. Um pouco de ilusão ajuda a vida a melhorar, e se prestarmos atenção nos sinais vocês verão que ele existe. Já foi comprovado inclusive cientificamente. Basta você emprestar o seu ectoplasma e o seu cartão de crédito que ele aparece. Se Deus é brasileiro, St. Antonio é casamenteiro, Iemanjá atende seus desejos e traz o amor perdido em uma semana, como não vou acreditar no Papai Noel? Um feliz Natal a todos. Bjs

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  24. Nossa, com essas bolas nenhuma árvore de Natal fica em pé!
    Nem me lembro de acreditar em papai noel (com minúsculas mesmo)ou trisavô noel, se preferir. Aliás, o que tem a ver esse cabra lá do norte da Europa com o aniversariante natural do Oriente Médio? Mas, apesar de ter barbas brancas em vez de castanho alourado como Jesus, o bom velhinho parece mais apropriado para o nosso tempo, mais moderno, mesmo para climas tropicais, porque, afinal, como o Playstation ele é globalizado e se adapta bem à diversidade climática, como o Visa, American Express, etc., também. Desconfio que a culpa disso tudo, do nosso consumismo, remonta aos três reis magos (assim com minúsculas) pois foram os primeiros a levar os presentes.
    Mas todo o desconforto do natal vem de uma diferença de expectativas que surgiu pela união de uma festa pagã à uma celebração cristã. Então, a culpa deve ter sido de Juliano, o apóstata, que não foi suficientemente rígido. Tivesse tudo permanecido pagão e estaria tudo bem justificado e conforme os nossos instintos naturais. E o natal só seria mesmo libação.
    Pior que o meu mundo dá tanta volta que, além de descrer do noel, já pus em dúvida a existência do próprio dono da festa. Mas, já era tarde, os convivas já estavam todos à mesa...

    Beijo, Bípede.

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  25. Gostei muito deste texto.
    Eu tive a sorte de ter passado (quase) sempre belos e felizes Natais. E a razões nunca, mas nunca foram materiais. Por isso, quando olho para esta histérica atitude consumista, penso quanto as pessoas deve estar tristes para comprarem prendas bastante caras como forma de compensação. É triste.

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  26. Marco, alguma coisa está tentando ser compensada, sim :(
    É triste. Bastante.
    beijo

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  27. Esse papai também aparece para mim, seu debochado :)
    beijos

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  28. Marcantonio, a realeza sempre nos sacaneou, não tem jeito, eles acabam com a plebe e com a conta da plebe e ficam redondos feito as bolas e pesados como as bolas, só não se quebram como as bolas, nem no chão nem na boca das crianças tal qual aconteceu com o irmãozinho da Rebeca, que ficou com a boca vermelha de Natal, o pobre anjo, que esse, tenho certeza, deve duvidar até o último fio de cabelo da existência do bom velhinho.
    beijos

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  29. Eu tivé várias infâncias. Em uma delas eu acreditei em papai Noel, inocentemente, tentando segurar o sono para ve-lo colocando o presente ao pé da cama. É uma das boas lembranças... as más lembranças, melhor esquecer, ou pelo menos tentar.
    Bj:)

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  30. Lucia, deve ser emocionante esperar por um sonho como esse. As más lembranças a gente guarda em um gaveta com chave, mas guarda porque elas se negam a ir embora.
    beijos :)

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Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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