sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ele está aqui - Parte I

        Dizem as boas almas que no início dos mundos ou sei lá de que forma de vida era o verbo. Conjugado, imagino, assim: eu estou aqui, tu estás aqui, ele está aqui.  Digo eu, apenas alma dentro de um corpo, que apesar do futuro ter feito do presente um passado, o verbo, quando escapa da boca, continua a conjugar-se com o eu estou aqui, tu estás aqui, ele está aqui­, ao menos na minha história. E essa minha história é uma narrativa bastante simples sobre como o ele está aqui conseguiu continuar a ser um ele está aqui depois de sete anos anos ausente, dado como desaparecido, esquecido, morto. Talvez, seja necessário explicar como esse ele está aqui nasceu para ter conseguido em um tique-taque de relógio nos colocar no mesmo ponto zero, sob o mesmo céu, dentro das mesmas paredes nesse exato momento em que escrevo. Então, passemos ao nascimento.
        O nascimento do ele está aqui não envolve nenhuma fêmea, nem sangue e nenhum tipo de parto. Está mais ligado a um tipo de pato sem penas e sem asas também conhecido como bípede humano. No caso, a um exemplar masculino, de tamanho padrão, silencioso e com ficha suficiente para pagar um seguro fiança de uma imobiliária também padrão, alugar e se mudar para um apartamento em um prédio discreto, pequeno e habitado por uma única família: o meu e a minha. Em síntese, um pato suficientemente quá-quá para trazer com ele um outro tipo de ave.
       Eis o prédio: quarentão recauchutado, quatro apartamentos, garagem com vagas limitadas para o uso de dois, desbotado por livre e espontânea vontade de algumas latas de tinta, uma escadaria dada a vertigens e a um corpo que cai, é bem verdade um pouco imperfeita para um assassinato, porém ideal para uns dois meses de gesso e de imobilização, flores nas janelas, câmeras de vigilância desligadas pelo excesso de auto-estima, tradição e espírito pacífico dos moradores, ou seja, o meu e o do meu pessoal, ou mais ou menos isso.
        O meu pessoal. Conte até três e você o terá na palma da sua mão. Somos ele, ele e eu, sendo o ele do meio uma criança. O ele mais velho, o mais bem humorado. O do meio, o segundo mais bem humorado, e o eu eu, bem,  o eu em questão, siga me lendo e você poderá definir com as suas próprias palavras.  De qualquer forma, não se preocupe. Ajudarei. E vai ser fácil porque sou a mãe do ele do meio e por essa condição declaro-me, por livre e espontânea vontade, que sou a antidesnaturada na máxima potência, o que, traduzindo, significa que posso ser uma pedra, um rochedo, uma cordilheira no caminho de alguém se o caminho desse alguém atropelar o da minha cria. Aí, para me derrubar, só usando dinamite. E, ainda assim dinamitada, acho que eu encontraria um jeito de retornar, nem que fosse em forma de asteróide em rota de colisão.
        Mas voltemos ao pato e ao nascimento do ele que está aqui outra vez depois de sete anos. Pois bem, sei que esse ele está aqui não entrou dentro de uma mala sem rodinhas ou alça devido ao seu visível excesso de peso. Talvez, tenha entrado em uma caixa de madeira, infelizmente, não despachada para Timbuktu. Não sei. Sei que o ele está aqui entrou e ganhou uma chave e que a primeira vez que o vi, vi um desenho surreal personificado em uma face humana. Dentro da cabeça de ovo brigavam um par de óculos sem olhos com um sorriso mole cheio de dentes muito grandes como os de um lobo e entre eles cicatrizes e tatuagens, espécies de gárgulas presas a pele. Isso foi o que eu vi em uma visão impressionista ou intuitiva, porque cicatrizes existiam. As tatuagens de gárgulas ficam por conta da minha interpretação. Eu gosto de interpretar e adoro a estética impressionitas. Acredito que o cérebro compreende coisas sobre as coisas antes de formatá-las por inteira. Eu costumo ser criticada por ter esse jeito. "Não seja dura com as pessoas. Você está vendo coisas onde não há. Ih, cuidado com a paranóia" são alguns exemplos de frases ouvidas pelas minhas orelhas cuidadosas. Aliás, orelhas, nariz e olhos cuidadosos, que, ao contrário das famosas figuras do macaco que nada escuta, vê ou  sente, eu sou uma xereta perspicaz. Minha curiosidade, em um certo ponto de vista, é a minha grande adversária. A personagem do James Stewart, no Janela Indiscreta, é uma das minhas favoritas. E já que o assunto janelas entra em pauta,  aproveito a deixa para falar do pato que alugou o apartamento e que trouxe com ele essa gaiola que é o ele que está aqui.
        O pato que alugou o apartamento e trouxe o ele que está aqui era, ou queria ser, um artista. Todos os anoiteceres, acendia a luz do quarto que dá de frente para o meu escritório e, de cortinas escancaradas, jogava cores sobre telas enormes. Daqui de cima, eu não podia ver detalhes, mas via os movimentos e os tons. Então, na primeira oportunidade que tive, perguntei a ele se uma hora dessas eu poderia ver um quadro de perto. Claro que poderia. Fui lá ver sem perceber que entrar em casa alheia significaria abrir a porta da minha.     
        

28 comentários:

  1. Gostei de estar neste blogue e de ler este
    texto.Voltarei,sempre que possa.
    Bj./Irene

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  2. Quando ficção e realidade se confundem é melhor
    mesmo ser "paranóica", como diziam meus avós:
    "o seguro morreu de velho, mas o desconfiado
    vive até hoje!" Um futuro que foi passado se transformando em presente é muito mais do que
    a nossa vã filosofia. Que estória insólita e
    preocupante, Lelena, fico imaginando como será
    o seu desfecho...<:))

    beijosss

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  3. E agora, além de ficar também curiosa com o desfecho (teremos parte II, parte III?)...gostei muito desse final provisório...
    Beijos,

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  4. Muito interessante...fico em "espera".

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  5. Nada a declarar por enquanto, sou um expectante curioso. Mas sei que a agulha e linha estão seguras em sua mão. É esperar...
    beijoss

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  6. vejo que é dada a recomeços...abençoada paciência!

    PS: também sou meio paranóica, mas chamo isso de auto-preservação ;)

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  7. O que é ficção? O que é a realidade!
    Gostei da descrição linda e carinhosa da tua família e da tua casa... enfim, do teu mundo!

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  8. abrir puertas...y, por qué no, ventanas


    yo estoy aquí, esperando

    adoré!*

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  9. Gosto da prosa, mas o caso parece ser demasiado sério para estar a avaliar a qualidade da escrita. Creio que todos desejamos um final feliz.

    Força!

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  10. "narrativa bastante simples"
    foi o melhor texto que li nestas 348h

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  11. Estou aqui rindo e me perguntando para onde essa moça quer nos conduzir? Ou o que ela esconde ou tão bem revela?

    Voltaremos com certeza!

    bjs

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  12. Lelena, queria poder comentar este texto, mas a sensação que ele me traz não me permite...sei lá, acho que as coisas andam passando muito por dentro de mim...
    espero que o desfecho seja bom

    beijos

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  13. Andrea, o desfecho será bom! Acredite :) beijoss

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  14. Patrícia, a moça sofre mas ri também :) Que entre a comédia e o drama não existe quase mesmo nenhum espaço :)
    beijoss

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  15. ediney, 348 horas de bipedices rsrsrs
    beijoss

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  16. AC, caso sério, sim. Mas solucionável :) Em breve, trago, o desfecho para cá.
    beijoss

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  17. Rayuela, por essas janelas entram ventos e também brisas. Já estou com a continuação em andamento e logo a trarei para cá.
    beijoss

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  18. mfc, sabe que essas perguntas me perseguem porque tem coisas que acontecem por aqui e me levam a escrever que eu mal acredito que existam!
    beijoss

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  19. Maray, adorei o autopreservação! Eu também sou seguidora do autopreservacionismo radical :)
    beijoss

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  20. José Carlos, a costura está se realizando e logo trarei mais um retalhinho do ele que está aqui :)
    beijoss

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  21. Blue Shell, o resto do resto vem vindo!
    beijoss

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  22. Tania, teremos teremos teremos rs
    O ele que está aqui terá de estar em algum outro lugar :)
    beijoss

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  23. Ci, tá tudo bem. O pesadelo renderá só em palavras. Pode apostar. Eu logo trago mais um pouquinho.
    beijoss

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  24. Silenciosamente ouvindo, seja bem-vindo. Volte fazendo bastante barulho :)
    beijoss

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  25. O aperitivo abriu-me o apetite. Vou esperar pela refeição completa.

    bjs

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Leituras a partir de 1 de janeiro de 2012

1. Bilhete seco - Elisa Nazarian
2. Quando fui morto em Cuba - Roberto Drummond
3. O retrato de Oscar Wilde Fragmentos
4. Estrela miúda breve romance infinito - Fabio Daflon
5. Poemas - Wislawa Szymborska
6. Mar me quer - Mia Couto
7. Estive em Lisboa e lembrei de você - Luiz Ruffato
8. O pai invisível - Kledir Ramil
9. Poemas de Eugénio de Andrade - Seleção, estudo e notas de Arnaldo Saraiva
10. Os da minha rua - Ondjaki
11. A máquina de fazer espanhóis - Walter Hugo Mãe
12. Vigílias - Al Berto
13. Poemas concebidos sem pecado - Manoel de Barros
14. Face imóvel - Manoel de Barros
15. Poesias - Manoel de Barros
16. Compêndio para uso dos pássaros - Manoel de Barros
17. Gramática expositiva do chão - Manoel de Barros
18. Matéria de Poesia - Manoel de Barros
19. Arranjos para assobio - Manoel de Barros
20. Livro de pré-coisas - Manoel de Barros
21. O guardador de águas - Manoel de Barros
22. Concerto a céu aberto para solos de ave- Manoel de Barros
23. Quinta Avenida, 5 da manhã - S. Wasson
24. A literatura em perigo - Tzvean Todorov
25. O remorso de Baltazar Serapião- Walter Hugo Mãe
26. Lotte & Zweig - Deonísio da Silva
27. Indícios flutuantes (poemas) - Marina Tsvetáieva
28. A duração do dia - Adélia Prado
29. Rua do mundo - Eucanaã Ferraz
30. Destino poesia Antologia - organização Italo Moriconi. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Paulo Leminski, Torquato Neto e Waly Salomão
31. Tarde - Paulo Henriques Britto
32. Correnteza e escombros - Olavo Amaral
33. Nelson Rodrigues por ele mesmo
34. A última coisa que eu pretendo fazer na vida é morrer - Ciro Pellicano
35. O encontro marcado - Fernando Sabino
36. O óbvio ululante - Nelson Rodrigues
37. O grande mentecapto- Fernando Sabino
38. O homem despedaçado - Gustavo Melo Czekster
39. Dia de São Nunca à tarde - Roberto Drummond
40. O canto do vento nos ciprestes - Maria do Rosário Pedreira
41. Antes que os espelhos se tornem opacos - Juarez Guedes Cruz
41. Desvãos - Susana Vernieri
42. Um pai de cinema - Antonio Skármeta
43. No inferno é sempre assim - Daniela Langer
44. Crônicas de Roberto Drummond.
45. Correio do tempo - Mario Benedetti
45. Gatos bravos morrem pelo chute - Tiago Ferrari
46. Gesso & Caliça - Alberto Daflon Filho e Fabio Daflon
47. A educação pela pedra - João de Cabral de Melo Neto
48. O fio da palavra - Bartolomeu Campos de Queirós
49. Meu amor - Beatriz Bracher
50. Os vinte e cinco poemas da triste alegria - Carlos Drummond de Andrade
51. A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
52. Cemitério de pianos - José Luis Peixoto
53. O amante - Marguerite Duras
54. Bonsai - Alejandro Zambra
55. Diciodiário - Valesca de Assis
56. Não tenho culpa que a vida seja como ela é - Nelson Rodrigues
57. Lero-lero - Cacaso
58. O livro das ignorãças - Manoel de Barros
59. Livro sobre nada - Manoel de Barros
60. Retrato do artista quando coisa - Manoel de Barros
61. Ensaios fotográficos - Manoel de Barros
62. A queda - as memórias de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi
63. Junco - Nuno Ramos
64. Os verbos auxiliares do coração - Peter Estérhazy
65. Monstros fora do armário - Flavio Torres
66. Viagem - Cecília Meireles
67. Cora Coralina - Seleção Darcy França Denófrio
68. Instante - Wislawa Szymborska
69. Dobras do tempo - Carmen Silvia Presotto
70. Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
71. Romanceiro da inconfidência - Cecília Meireles
72. De mim já nem se lembra - Luiz Ruffato
73. O perseguidor - Júlio Cortázar
74. Paráguas verdes - Luiz Ruffato
75. Todas as palavras poesia reunida - Manuel António Pina
76. Vidas secas - Graciliano Ramos
77. Inferno Provisório Volume II O mundo inimigo - Luiz Ruffato
78. O ano em que Fidel foi excomungado - José de Assis Freitas Filho
79. Boneca russa em casa de silêncios - Daniela Delias
80. As cidades e as musas - Manuel Bandeira
81. Billie Holiday e a biografia de uma canção Strange Fruit - David Margolick
82. Inferno Provisório Volume III Vista parcial da noite - Luiz Ruffato
83. Inferno Provisório Volume V - Domingos sem Deus
84. Inferno Provisório Volume IV - O Livro das impossibilidades - Luiz Ruffato
85. Pedro Páramo - Juan Rulfo
86. Zazie no metrô - Raymond Queneau
87. Fora do lugar - Rodrigo Rosp
88. Salvador abaixo de zero - Herculano Neto
89. Inferno Provisório Volume I - Mamma, son tanto felice - Luiz Ruffato
90. A virgem que não conhecia Picasso - Rodrigo Rosp
91. Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
92. Tempo dividido - Sophia de Mello Breyer Andersen
93. A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

Leituras a partir de 1 de janeiro de 2011

1.Desgracida - Dalton Trevisan
2.Diário de um banana - Jeff Kinney
3. Poemas escolhidos, seleção de Vilma Arêas - Sophia de Mello Breyner Andresen
4. Oportunidade para um pequeno desespero - Franz Kafka
5. Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
6. Ventos do Apocalipse - Paulina Chiziane
7. Para gostar de ler - Contos Africanos
8. Vinte e zinco - Mia Couto
9. O Vendedor de passados - José Eduardo Agualusa
10. O Fazedor - Jorge Luís Borges
11. Terra Sonâmbula - Mia Couto
12. Barroco Tropical - José Eduardo Agualusa
13. Quem de nós - Mario Benedetti
14. O último voo do flamingo - Mia Couto
15. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil - Silvio Castro
16. Na berma de nenhuma estrada e outros contos - Mia Couto
17.O reino deste mundo - Alejo Carpentier
18. Como veias finas na terra - Paula Tavares
19. Baía dos Tigres - Pedro Rosa Mendes
20. O português que nos pariu - Angela Dutra de Menezes
21. Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
22. Vermelho amargo - Bartolomeu Campos de Queirós
23. Meu tipo de garota - Buddhadeva Bose
24. Tradutor de Chuvas - Mia Couto
25. O livro das perguntas - Pablo Neruda
26. O fio das missangas - Mia Couto
27. Luka e o fogo da vida - Salman Rushdie
28. Pawana - J.M.G. Le Clézio
29. O africano - J.M.G. Le Clézio
30. O pescador de almas - Flamarion Silva
31. Um erro emocional - Cristovão Tezza
32. O amor, as mulheres e a vida - Mario Benedetti
33. A cidade e a infância - José Luandino Vieira
34. História do olho - Georges Bataille
35. Destino de bai- antologia de poesia inédita caboverdiana
36. O tigre de veludo- E. E. Cummings
37. Poesia Soviética - Seleção, tradução e notas de Lauro Machado Coelho
38. A cicatriz do ar - Jorge Fallorca
39. Refrão da fome - J.M.G. Le Clézio
40. As avós - Doris Lessing
41. Vozes Anoitecidas - Mia Couto
42. O livro dos guerrilheiros - José Luandino Vieira
43. Trabalhar cansa - Cesare Pavese
44. No teu deserto - Miguel Sousa Tavares
45. Uma canção para Renata Maria - Ediney Santana
46. Sete sonetos e um quarto - Manuel Alegre
47. Trópico de Capricórnio - Henry Miller
48. Sinais do Mar - Ana Maria Machado
49. Carta a D. - Andre Gorz
50. E se o Obama fosse africano? E outras interinvenções - Mia Couto
51. De A a X - John Berger
52. Diz-me a verdade acerca do amor - W.H. Auden
53. Poemas malditos, gozosos e devotos - Hilda Hilst
54. Outro tempo - W.H. Auden
55. nem sempre a lápis - Jorge Fallorca
56. Elvis&Madona - Luiz Biajoni
57. Budapeste - Chico Buarque
58. José - Rubem Fonseca
59. Axilas e outras histórias indecorosas - Rubem Fonseca
60. Instruções para salvar o mundo - Rosa Montero
61. A chuva de Maria - Martha Galrão
62. Rimas da vida e da morte - Amós Oz
63. Aqui nos encontramos - John Berger
64. Pensatempos textos de opinião - Mia Couto
65. Os verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy
66. Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
67. A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristovão Rilke - Rainer Maria Rilke
68. Adultérios - Woody Allen
69. Quem me dera ser onda - Manuel Rui
70. Satolep - Vítor Ramil
71. Homem Comum - Philip Roth
72. O animal agonizante - Philip Roth
73. Paisagem com dromedário - Carola Saavedra
74. Não te deixarei morrer, David Crockett - Miguel Sousa Tavares
75. Orelhas de Aluguel - Deonísio da Silva
76. Travessia de verão - Truman Capote
77. Avante, soldados: para trás - Deonísio da Silva
78. Antes das primeiras estórias - João Guimarães Rosa
79. O outro pé da sereia - Mia Couto
80. O cemitério de Praga - Umberto Eco
81. A mulher silenciosa - Deonísio da Siva
82. Livrai-me das tentações - Deonísio da Silva
83. A mesa dos inocentes - Deonísio da Silva
84. Hilda Furacão - Roberto Drummond
85. A estética do frio - Vitor Ramil
86. Poetas de França - Guilherme de Almeida
87. Tarde com anões 7 minicontistas - Carlos Barbosa, Elieser césar, Igor Rossoni, Lidiane Nunes, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins.
88. Pensageiro Frequente - Mia Couto.
89. A palavra ausente - Marcelo Moutinho
90. Uma mulher -Péter Esterházy
91. Cartas de amor - Fernando Pessoa
92. A última entrevista de José Saramago - José Rodrigues dos Santos
93. A morte de D.J. em Paris - Roberto Drummond
94. Do desejo - Hilda Hilst
95. Cenas indecorosas - Deonísio da Silva

Leituras a partir de 19 de Julho de 2010

1. La Hermandad de la uva - John Fante
2. Nem mesmo os passarinhos tristes - Mayrant Gallo
3. Um mau começo - Lemony Snicket
4. Recordações de andar exausto - Mayrant Gallo
5. Ladrões de cadáveres - Patrícia Melo
6. O mar que a noite esconde - Aramis Ribeiro Costa
7. Há prendisajens com o xão - Ondjaki
8. E se amanhã o medo - Ondjaki
9. O último leitor - Ricardo Piglia
10. Par e ímpar - Tatiana Druck
11. Paris França - Gertrude Stein
12. Quirelas e cintilações - Luiz Coronel
13. AvóDezanove e o segredo do soviético - Ondjaki
14. Luaanda - José Luandino Vieira
15. Poemas para Antonio - Ângela Vilma
16. Estranhamentos - Mônica Menezes
17. A vida é sonho - Calderón
18. A varanda do Frangipani - Mia Couto
19. Um copo de cólera - Raduan Nassar
20. Antes de nascer o mundo - Mia Couto
21.Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
22- Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser - Eduardo White
23. Manual para amantes desesperados - Paula Tavares
24. Materiais para confecção de um espanador de tristezas - Ondjaki
25. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa
26. Felicidade e outros contos - Katherine Mansfield
27. Estórias abensonhadas - Mia Couto
28. Fábulas delicadas - Eliana Mara Chiossi
29. O Ulisses no Supermercado - José de Assis Freitas Filho
30. Cartas Exemplares - Gustave Flaubert
31. A Moça do pai - Vera Cardoni
32. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto
33. Dentro de mim faz sul seguido de Acto Sanguíneo - Ondjaki
34. Bonequinha de Luxo - Truman Capote
35. 125 Poemas - Joaquim Pessoa.

Mundo bípede


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